Fanfic: Marca de uma Lagrima-Vondy

Enquanto isso, no outro canto do salão, Ucker estava com Anahi, que massageava o rosto. O tapa de Dulce havia deixado marcas. Ucker observou Dulce se afastar do grupo e sair da festa. Como Christian estava com as novatas e Dulce tinha vindo com ele, ele deduziu que ela teria chamado alguém para vir buscá-la. Ele olhou para Anahi que continuava bestemando.
Any: Ela me paga, ela me paga.
Ucker: Amor, eu vou sair daqui um pouquinho. Já volto.
Any: Onde vc vai?
Ucker: Vou lá fora, fazer uma coisinha. Depois eu te conto.
Any: Vc vai se vingar da Dulce, não vai?
Ucker: Pretendo.
Any: Então eu quero ver.
Ucker: Vc não pode. Se o Pedro ver vc e a Dul se pegando mais uma vez, vamos ter problemas. Confia em mim amor. Eu me vingo por nós dois.
Any: O que vc vai fazer?
Ucker: Vc vai ver.
Ucker: Ok, depois eu quero os detalhes. (dando um selinho nele)
Dulce estava nos fundos do salão, onde não havia fãs ou ninguém para incomodar. Ela discou para uma das vãs da televisa buscar ela, já que táxi seria perigoso naquela hora e pelo fato de ser famosa. Ela estava sentada no degrau de uma escada, esperando a van chegar. Foi assim que Ucker a avistou. Ele se aproximou dela, que estava distraída, olhando para cima. Se aproveitando da situação, ele a puxou pelos braços, fazendo ela ficar de pé.
Dul: Ei! (encarando ele) O que vc quer aqui? E quem vc pensa que é para me tratar desse jeito?
Ucker: Eu vim aqui para acertarmos as contas. Dessa vez não tem Christian ou Pedro para te defender. Hoje vc me paga por tudo o que tem feito para mim e para a Anahi, Dulce.
Dul: Uia. Precisa estar sem a Anahi e com uma mulher para mostrar o seu lado machão?
Ucker: Vc é insuportável garota. Mas quer saber? Eu sei porque vc é assim. Vc é uma invejosa.
Dul: Eu invejosa? Não sou eu que incomodo as pessoas 24 horas ao dia, apenas pelo prazer de incomodar, como vc e a Anahi fazem. Eu apenas me defendo.
Ucker: É invejosa sim.E sabe por quê? (a puxou para mais perto) Porque vc não tem ninguém que aguente vc. Vc tem amiguinhos, mas não tem mais nada além disso. VC inveja a Anahi porque ela tem a mim, um **CENSURADO** mandado como vc diz, para defender ela das suas impertinências. Já vc, o que tem? Nem sua família está aqui para te ajudar, vc estava sentada em um degrau nos fundos da festa, esperando uma vã para te levar para casa porque não tem sequer outro amigo além do Christian para te levar. VC não tem um namorado, não tem alguém que goste e cuide de vc. Já a Anahi, ela tem a mim, a família dela, os amigos... Ela sempre tem alguém defendendo ela, não vc que precisa contar os amigos nos dedos.
Dulce virou o rosto e começou a chorar. Ela não queria dar aquele gosto para Ucker, não queria fazer aquilo, mas foi mais forte do que ela. Ucker a olhou com um brilho de triunfo no rosto. Afinal, mesmo nas piores situações, Dulce nunca havia chorado na frente dele antes.
Ucker: E vc sabe por que isso aconteceu, não sabe? Por que vc é uma **CENSURADO** que trai o seu namorado no dia de um ano de namoro. Todo mundo sabe que vc é apenas uma vadia, um pouco famosa.
Dulce encarou Ucker, com os olhos ainda vermelhos, mas a voz estava fria como o gelo quando ela falou.

Dul: Eu nunca traí o Poncho. E eu te juro Christopher, um dia vc vai se arrepender de ter me dito isso.
É uma promessa. Daqui a um tempo, quando vc se arrepender, eu vou lembrar vc deste dia e vou te lembrar do que eu disse aqui. Se prepare.
Ucker: Ah é? Esse dia vai chegar, porque eu nunca vou me arrepender.
Dul: Vamos ver.
Ucker ainda segurava Dulce. Por um momento ele esqueceu da briga e a encarou. Dulce havia parado de chorar, mas o rosto ainda estava vermelho. Ela tinha um tom de voz firme e decidido, que por um momento o deixou com medo. A encarando um pouco melhor, Ucker constatou como ela estava linda. Como ela era linda. Ele nunca havia encarado Dulce como mulher, sempre a vira como uma inimiga, indigna de atenção. Agora olhando para ela, naquela situação que ele mesmo criara, ele sentira uma enorme vontade de consolá-la.
Dulce não se debatia, e o porquê ele não sabia. A verdade era que Dulce sabia que se debatesse, apenas ia ser pior, então esperou Ucker soltá-la por sua vontade. Ela não ia reagir com a força, não sabia porquê, mas teve o pressentimento que Ucker seria mais magoado com palavras do que com ações. Pois bem, ela sabia lidar com as palavras muito bem.
Ucker ainda a contemplava e viu o ódio e o desprezo que ela lhe lançava. Ficou esperando uma reação, mas como ela não veio, apenas continuou segurando Dulce pelos braços.
Dul: Vai me soltar ou terei que gritar? Nada pessoal, mas meus braços estão dormentes.
Ele não respondeu. Sentiu uma vontade inacreditável de puxar aquela mulher contra si e lhe dar um beijo. Ele não entendeu o que passava pela sua mente. Odiava ela, como poderia querer tê-la nos braços daquele jeito? Sem pensar, Ucke soltou os braços de Dulce e a puxou pela cintura, lhe dando um selinho. Ela foi pega de surpresa e o empurrou, limpando a boca com as mãos, o encarando com nojo.
Dul: Aturo qualquer coisa, menos isso.
Ucker: Perdão, não sei o que me deu, eu...
Dul: vc conhece a palavra "perdão"? Nossa, que milagre. Apenas quero que saiba que isso que acabou de fazer foi a pior agressão que podia fazer contra a minha pessoa. Nem mesmo suas palavras me machucaram tanto.
Ela se afastou dele e foi para a vã, que havia chegado naquele momento, deixando Ucker sozinho, confuso e com uma incrível sensação de culpa.
Dulce chegou em casa e se jogou em um sofá. "O que aconteceu? Por que ele fez isso?", eram as perguntas que ecoavam na mente de Dulce. Dulce tentou apagar a noite, mas não conseguiu. A maneira como Ucker a segurara, o que ele havia feito a havia deixado abalada, mais do que as suas palavras.

Dul: (pensando) É isso o que ele quer, te desconcentrar. É o jogo dele e vc está entrando. Trate de esquecer esse assunto, finja que não é com vc. O trate exatamente como ele é: um nada. Se ele pensa que vou dar motivos para falarem mal de mim e para me humilharem, ele está muito enganado. E ele vai ver o que o espera.
Dulce pensou isso enquanto tomava um banho e ia dormir. Após fechar os olhos, ela se esqueceu do que havia acontecido. Completamente.

Ucker voltou para a festa depois que Dulce saiu. Ele estava meio abobado. O que havia feito? Por um momento tentara beijar Dulce, por um momento cogitou trair Anahi, a mulher que ele amava. Mas se ele a amava, por que não conseguia tirar Dulce da cabeça? Por que ele apenas pensava em como seria dar um beijo de verdade nela e não apenas um selinho?