Fanfic: Marca de uma Lagrima-Vondy

Era duas horas da tarde. Ucker e Dulce estavam no quarto do hotel. Os dois haviam sido liberados de gravar naquele dia porque estava chovendo. Ucker estava deitado, pensando em comprar um filme no pay per view, já que com chuva, não poderia aproveitar a praia. Dulce estava se arrumando. Ela estava usando um conjunto simples de calça jeans, blusa branca sem nenhum enfeite e um tamanco de salto alto. Ucker a viu pentear os cabelos rapidamente e passar apenas uma base leve no rosto. Ele estranhara aquilo. Sempre achara que Dulce se vestia com exagero, roupas de grifes, mas se enganou. Ela sempre usava roupas simples, leves e discretas. E dificilmente passava mais do que uma base, batom de cor clara e algo nos olhos.
Ele a viu terminar de passar a maquiagem, pegar a sua bolsa e conferir o celular. Ela digitou uma mensagem no celular e o desligou. O que ela escrevera, ele não vira. Ela já estava quase saindo quando a voz dele a deteve.
Ucker: Vai aonde? (franzindo a testa)
Dul: Sair ué. (sem se voltar) E por que o interesse?
Ucker: Por nada. Pensei que com a chuva não tivesse nada para fazer em Cancún.
Dulce apenas riu.
Dul: Nunca passou as férias aqui?
Ucker: Não.
Dul: Então vc saberia que Cancún tem muito mais do que uma praia e restaurantes abertos. Há lugares que turistas ocasionais não conhecem e outros pontos em que só algumas pessoas vão. Estou indo num desses pontos.
Ucker: É melhor do que ficar trancado no hotel. (ele se levantou) Posso ir com vc?
Dul: A nossa trégua permite isso?
Ucker: Acho que sim... Responda-me vc.
Dul: Vou responder com outra pergunta: não tem medo que a sua namorada te flagre comigo em um dos jornais matinais?
Ucker engasgou. Dulce colocou um tic-tac na franja e foi para a porta.
Dul: Foi o que eu pensei.
Os dois saíram. Ucker queria chamar um táxi, mas Dulce decidiu ir a pé. Ela adorava caminhar na chuva. Assim podia aproveitar um passeio pela cidade sem ser incomodada pelos fãs. Ucker a princípio protestou, mas como estava saindo com ela meio que de penetra, resolveu não discutir.
Os dois chegaram em um pequeno bar. Não era muito grande. Havia algumas mesas, algumas poucas pessoas e uma pequena pista de dança. Além disso, havia o local onde se pedia por bebidas e comidas e um pequeno palco onde se tocava música ao vivo. Definitivamente não era um lugar chique e muito menos frequentado por atores da Televisa. Ucker estranhou.
Dul: Muda a cara.
Ucker: Eu esperava um lugar mais... Mais...
Dul: Mais a nossa altura? (ele assentiu e ela riu) Odeio lugares a nossa altura. Já não basta as festas que somos obrigados a freqüentar e além disso temos que passar o nosso tempo livre fazendo a mesma coisa? Não, não. Eu gosto é de inovar.
Ucker: Realmente isso é inovador. Onde estamos?
Dul: Vc vai ver. (indo para o balcão) Ei... (ela cutucou o homem que estava de costas para ela. Ele se voltou e sorriu ao vê-la)
Homem: Dulce Maria, nossa estrela. (eles se abraçaram) Como vc está minha atriz favorita?
Dul: Estou muito bem Paulo.
Paulo: E vejo que está muito bem acompanhada. (Ucker deu um sorriso tímido) Quem é ele?
Ucker ficou surpreso. O homem não o conhecia? Mas como?
Dul: Paulo este é o Christopher. Christopher, este é o Paulo.
Ucker: Prazer.
Paulo estava na casa dos 35 anos. Ucker reparou que ele possuía um leve sotaque, mas não conseguia distinguir muito bem da onde ele vinha.
Dul: Paulo é brasileiro, mas mora aqui já faz 10 anos. Este é o bar restaurante dele. Aqui servem comidas típicas brasileiras e tem música brasileira também.
Paulo: Mas contamos com a melhor presença mexicana. (Dulce riu)