Fanfic: Marca de uma Lagrima-Vondy

Mas se perguntou se Dulce entenderia isso.
Ele estava sentado, esperando para gravar, pensando em como se explicaria, como se justificaria. Adorava Dulce, perder a amizade dela seria duro demais para ele. Ele se perguntou o que faria.
Maite o encontrou nesse estado desolador. Ela se sentou do lado dele. Christian ergueu o rosto.
Maite: Eu já estava te chamando fazia tempo.
Christian: Ah, oi May.
Maite: Tudo bem com vc? Temos que gravar, esqueceu? Cadê o Ucker?
Christian: Ele teve um compromisso sério... quanto a mim... não estou bem, não.
Maite: Quer conversar?
Christian queria. Mas não com Maite. sabia que ela era muito amiga de Anahi e não sabia até que ponto podia confiar nela.
Christian: Acho melhor não.
Maite: Sei o que está pensando e não tiro o seu direito. Apenas quero que saiba que... estou querendo sair dessa Christian. E pretendo. Estou assumindo publicamente uma posição de neutralidade e diplomacia em relação ao barraco Dulce x Anahi.
Christian riu.
Christian: Vc está pegando o meu lugar então, porque até mesmo eu tomei partido. Mas... quando vc teve essa luz?
Maite: Depois da última bomba, em que a quase foi demitida. Me senti muito mal por, mesmo que indiretamente fazer parte daquilo. Me revoltei, cansei, sei lá. Continuo amiga da Anahi, não tenho nada contra ela, mas... não quero saber dos barracos. Ela começa com isso, eu saio de fininho.
Christian: (segurando as mãos de Maite) Fico feliz May. Eu sempre soube que vc não fazia o tipo de barraqueira de plantão. Que bom que eu não me enganei.
Maite: Então, agora que já sabe... pode me contar o que está acontecendo com vc?
Christian: Nada de mais. Fiz o que achei que era certo mas posso pagar o preço pelas minhas ações. O de sempre. Só estou com medo de perder uma grande amiga.
Maite: A Dulce?
Christian: ela mesma.
Maite: Vc e a Dulce são quase irmãos. Não sei o que vc fez, mas por mais chateada que ela fique, no fim das contas ela vai desculpar vc. Ela gosta muito de vc, não acho que isso vá mudar.
Christian: Eu não sei... a Dul tem um temperamento tenebroso. Vc não a conhece, ela é terrível. E o que eu fiz é imperdoável no conceito dela.
Maite: Não existe nada imperdoável...
Christian: Bom, eu acho que existe. Por melhor que eu tenha feito, por mais correto que foi a minha ação... eu traí a minha melhor amiga, contei os segredos dela, me meti na vida dela.
Maite: (perplexa) Mas... por que vc fez isso?
Christian: Apenas para ajudá-la, e acredito que eu consegui. Mas mesmo assim... é complicado. (dando de ombros e querendo encerrar o assunto)
Maite: Minha opinião: vc fez o que achou que tinha de fazer. Isso é o correto. Se vc não tivesse feito, talvez vc nunca teria se perdoado. E pior do que perder uma amiga, por mais querida que seja, é perder o nosso amor próprio, a confiança em nós mesmos. Não estou dizendo que vc agiu certo, eu nem sei o que vc falou, estou apenas dizendo que vc fez o que tinha que fazer para ficar bem consigo mesmo.
Christian: Não estou bem comigo mesmo.
Maite: Mas esteve antes, não esteve?
Christian: Estive.
Maite: Então agora é apenas culpa. Não fique assim Christian. Tudo vai se resolver. A Anahí vai entender, talvez não no momento, mas vai.
Christian: É o que eu espero Maite.
Naquele momento, um Pedro muito irritado apareceu nos corredores.
Pedro: Ahh, aqui estão vcs. Temos cena agora caso se esqueceram.
Maite: Eu me esqueci. (rindo) Tinha vindo te avisar de que tínhamos cena.
Christian: Calma Pedro, vc está soltando fogo pelas ventas. Já estamos indo.
Pedro: Certo. E cadê o Ucker? Ele também tem que gravar.