Fanfic: Adorável Magnata . d&c – adaptada / terminada

Obrigado pelos comentários minhas lindas *-*

Pouco depois, eles viajavam no carro de Christopher pela rodovia Calder. No banco de trás, bem segura no assento próprio para crianças, estava Marie, muito tranquila, balbuciando, sem demonstrar nenhum medo, apesar da trágica experiencia anterior, quando perdera os pais.

Chegando as fontes minerais de Kyneton, Christopher seguiu na direção do rio Coliban e informou Dulce que, no passado, aquela era uma área de garimpo. Ele estendeu o braco para indicar os trechos mais auríferos e ruínas de velhas minas, alem da ponte, mas Dulce distraiu-se admirando os muculos bem delineados sob a manga da camisa que estava enrolada ate o cotovelo. Com esforço, concentrou-se no que Christopher lhe explicava.

A certa altura, ele estacionou o carro perto da ponte, virou-se para trás, brincou com a sobrinha e depois disse:

— Vamos para um lugar muito bonito. Então veremos suas lindas pernas em atividade.

— Por favor, nem pense em deixar Marie de pé, no mato ou na terra — Dulce apressou-se em dizer, alarmada. — A menina não tem firmeza. Eu lhe disse que ela ainda não sabe andar.

Um sorriso iluminou o rosto de Christopher.

— Eu não me referia a Marie.

— Oh, eu pensei que…

— Você pensou que, por estar muito atarefado no escritório, eu não tive a curiosidade de ver suas lindas pernas, sempre que você usava short?

O riso e a expressão de Christopher deixaram Dulce vermelha. Encabulada, murmurou:

— Com o calor que tem feito e bem mais agradavel usar short.

— Só posso dizer que para mim foi um grande incentivo. Terminei o projeto o mais depressa possível para poder deixar o escritório, vestir também um short e sair a passeio com você. Vamos continuar a viagem. O lugar que mencionei e perfeito para o nosso piquenique. Mas teremos de andar um pouco.

Christopher tinha pedido a Maite para preparar um bom lanche e a moça havia

acondicionado tudo em uma cesta que estava no banco de trás do carro, perto do assento de Marie.

Eles seguiram pela margem oeste do rio ate uma floresta de eucaliptos. Christopher parou o carro, tirou Marie do assento e, com a ajuda de Dulce, colocou-a nas costas, em um suporte apropriado; depois pegou a cesta do piquenique. Eles andaram por entre as árvores, felizes, como uma família em ferias. Não tardaram a alcançar uma represa. Ao ver um bando de aves aquáticas nadando perto da margem, Marie pulou nas costas do tio, balbuciando sons que traduziam seu contentamento.

Quando alcançaram uma clareira onde havia uma profusão de flores silvestres, Dulce exclamou:

— Você tinha razão, que lugar lindo!

— Eu sabia que você iria gostar daqui — observou Christopher, contente ao ver o entusiasmo dela. — Na infância e na adolescência Alfonso e eu costumávamos vir aqui sempre que podíamos

— Você deve sentir muita falta do seu irmão — Dulce observou, olhando penalizada para Marie, acomodada no suporte, com a cabeça apoiada nas costas do tio.

Por um instante tentou imaginar como se sentiria se perdesse Sam, Joanie ou um dos irmãos adotivos.

— Eu gosto desta floresta, onde Alfonso e eu passamos tantos bons momentos juntos. Aqui sinto que Alfonso e Anahi estão vivos — Christopher comentou. — Quero que Marie cresça nos mesmos lugares onde os pais viveram e foram felizes. Apesar de não os ter conhecido, por ser um bebezinho quando morreram, ela guardara deles boas lembranças

— É uma linda ideia — Dulce aprovou. — A maioria dos homens não seria sensível para pensar assim.

— Você ainda não notou que não sou como a maioria dos homens?

É claro que ela havia notado, assim que o conhecera, que Christopher Uckermann era muito diferente dos outros homens. Para não revelar a sua certeza, baixou os olhos e sugeriu que parassem para o lanche.

— Estamos na extremidade oeste da represa Lauriston. Logo adiante ha uma área especial para piqueniques que fica em um promontório de onde se tem uma linda vista da água — Christopher explicou.

De fato, eles passaram por arvores exóticas e não tardaram a chegar ao local mencionado por Christopher. Era perfeito para saborearem o lanche preparado por Maite. Dulce estendeu uma toalha sobre a relva e abriu as vasilhas contendo rolinhos de frango, sanduíches, morangos frescos e suco de fruta. Para Marie havia papinha de frango com legumes e iogurte com polpa de pêssego

O passeio ao ar livre abriu o apetite da criança e ela comeu sem dar o menor trabalho.

Dulce trocou-a e deitou-a sobre uma manta para dormir. Em seguida encostou-se no tronco da arvore e observou a pequena adormecida.

— Por que os bebes tocam-nos tão fundo? — indagou a Christopher.

— Porque são frágeis, inocentes e precisam de nós — ele respondeu, sentando-se na manta, do lado de Dulce.

— A diretora do abrigo no qual eu trabalhava disse que somos programados geneticamente para cuidar de criaturas pequeninas, de modo a assegurar a sobrevivência da especie.

— Você acredita nisso? — Christopher indagou.

— Não. Se isso fosse verdade, todas as pessoas sentiriam a mesma coisa. Os abrigos e asilos contradizem essa teoria. Quantas crianças são deixadas nessas instituições pelos próprios pais. Tivemos um menino… — Dulce interrompeu o que ia dizer, com receio de estar revelando muito sobre si mesma.

— Continue — Christopher pediu com interesse.

Continuo?