Fanfic: Adorável Magnata . d&c – adaptada / terminada

Comenteeem meninas, e novamente, perdão pela demora :/

— Não. Não ha ninguém.

— Mas houve alguém?

— Houve, porem compreendi que estava cometendo um engano.

— O romance terminou mal?

— Para ser franca, nem sei se foi um romance, realmente. – Ela dirigiu-se para a escada,

mas Christopher a deteve com um gesto.

— Fique aqui e olhe a casa de bonecas a vontade. Eu cuido de Marie, pois nada tenho para fazer. Virei chamá-la quando o jantar estiver pronto.

Ela aceitou a ideia sem argumentar, porque estava ansiosa para examinar em detalhes a preciosa casa. Christopher afastou-se, questionando-se sobre qual seria a razão de as mulheres ficarem tão apaixonadas por uma casa em miniatura. Achou que teria algo a ver com o instinto maternal.

Ao atravessar o patio calcado com pedras, já estava pensando na conversa que mantivera com Dulce. Quem sabe eles poderiam ajudar-se mutuamente. Ela faria com que ele superasse o trauma causado pela separação dos pais e ele com certeza seria o tônico de que ela precisava para recuperar-se daquele relacionamento que a desapontara.

Determinado a tornar essa noite especial, ele planejou tudo o que iria fazer. Em primeiro lugar cuidaria de Marie. Com um pouco de sorte e um dia de atividade ao ar livre ela iria dormir profundamente. Então ele prepararia um jantar romântico a luz de velas para que Dulce tirasse da mente qualquer outro homem e sò pensasse nele.

Uma hora mais tarde, Christopher adiantou o jantar e foi arrumar a mesa da sala de jantar. Encontrou velas numa gaveta e, não achando nenhum suporte, improvisou-os usando copos de cristal. No centro da mesa colocou o arranjo de flores feito por Maite. Deu uns passos para trás para admirar seu trabalho e convenceu-se de que Dulce iria ficar muito bem impressionada.

Diminuiu as luzes da sala e afastou-se cantarolando para chamar Dulce. Ao entrar

na sala, ela exclamou:

— A mesa esta maravilhosa! Merece um traje a altura. Vou trocar de roupa.

— Vá depressa — Christopher recomendou-lhe. — O jantar esta quase pronto, só faltam os últimos toques.

Dez minutos depois Dulce estava de volta usando um vestido preto, justo, que lhe realçava a figura maravilhosamente. A linha do decote era em formato de coração e as alcas roliças, bem estreitas, cruzavam-se nas costas formando um bonito desenho.

Christopher serviu o jantar. Ele havia preparado salada de verduras colhidas na sua horta e massa acompanhada de carne de porco e de boi, marinadas no vinho tinto e temperadas com pimenta e especiarias.

Acompanhava os pratos um excelente vinho Siraz, produzido por uma vinicola de

Craiglea, perto de Melbourne. Para sobremesa havia morangos e frutas silvestres de Musk Valey servidas com creme chantilly aromatizado com conhaque.

Christopher fez um brinde.

— A mulher que eu tive certeza de ser especial assim que entrou nesta casa, atravessando meu quarto.

A lembrança daquele dia fez Dulce enrubescer. Protestou:

— Só entrei no seu quarto porque a porta da frente estava trancada.

— Aceito a retificação —- tornou Christopher, admirando-a sobre a borda do copo de vinho. Não pode deixar de refletir que a luz tremula das velas sua aparência era delicada e eterea. Um anjo a sua mesa e, ele esperava, havia nela um toque de demônio também.

— Esta deliciosa — ela elogiou, experimentando a carne.

— Não mude de assunto.

— Estou admirando os seus talentos.

Ele fitou-a demoradamente.

— E eu os seus, acredite.

Nesse instante, o som do choro de Marie, reproduzido pela baba-eletronica que se

comunicava com a sala, chegou ate eles. Ambos ficaram de pé e disseram ao mesmo tempo:

— Vou vê-la.

— Iremos juntos — Christopher propôs, rindo.

Entrando no quarto, eles viram Marie de pé, segurando na grade do berço. Dulce trocou-a e deixou-a deitada, mas a menina ficou de pé novamente.

— Eu sei que você pode ficar de pé, amorzinho, mas precisa praticar no meio da noite? — Christopher reclamou.

— De nada adianta você tornar isto numa batalha de vontades. E exatamente o que Marie quer. — Dulce falou calmamente.

— O que devemos fazer?

Ela demonstrou ao mesmo tempo que falava:

— Coloque a criança no berço com firmeza e cubra-a bem. Provavelmente ela ira levantar-se uma ou duas vezes ate não achar mais graça nessa movimentação. É a sua maneira de aprender a controlar seu mundo e as pessoas que a cercam. Agora ela já sabe ficar de pé e sente vontade de levantar-se e sentar-se sozinha.

Por fim eles voltaram para a sala de jantar e Christopher comentou:

— Com um bebe interrompendo a todo instante o romance dos pais, é de admirar que

eles consigam ter mais de um filho.

O riso musical de Dulce deliciou os ouvidos bem treinados de Christopher.

— Deve haver um modo de resolver esse problema. Se não houvesse, o mundo estaria cheio de filhos únicos.

— Eu não ficaria contente com um filho só.

— Por que não? — Dulce indagou, um tanto tensa.

— Depois que minha mãe foi embora me senti muito sozinho.

— Mas você tinha um irmão e seu pai.

— Um pai que se fechou para o mundo e um irmão mais velho que foi estudar fora. Eu ficava a maior parte do tempo sozinho. Somente quando eu passava as ferias com tia Edna e seus filhos é que me sentia vivo. Desde então, desejei ter uma família grande como a dela. Marie terá todos os irmãos e irmas que eu puder lhe dar.

— E se você não puder?

— Segundo meu medico, não corro esse risco. E você? Também não quer ter muitos

filhos?

— Não. Tenho grandes planos para a minha carreira.

— Você poe a carreira em primeiro lugar? Antes mesmo da família? — Christopher admirou-se.

— Naturalmente. Você duvida?

O desapontamento no rosto de Christopher foi evidente. Ele levantou-se para tirar a mesa.

Antes de ir para a cozinha, respondeu:

— Duvido.

Fortes emoções daqui pra frente!!! *-*