Fanfic: Paris, tudo que eu sempre quis!
É, aqui estou eu depois de muitos anos sem escrever no meu próprio diário. Suspiro. As coisas que passam por minha cabeça nesse momento são absolutamente descartáveis, mas a idéia de escrever em meu antigo diário me pareceu ótima minutos atrás. Aqui vamos nós:
Querido Diário,
Hoje resolvi escrever em você. É... eu sei, me parece um velho hábito que eu não voltaria a praticar, mas como qualquer vício, mesmo depois de muito tempo lutando contra ele, eu desisti de tentar parar de escrever em você. Podem dizer o que for, mas pra mim, diários não são para menininhas, ao menos não agora! Não sei de onde tirei essa ideia idiota de que relatar seu dia em um caderninho é coisa de criança, crianças nem escrever sabem direito!
Ah, diário que saudades suas, tenho tanto o que escrever que nem sei por onde começar, farei um resumo da ultima semana, porque a essa altura nem lembro muitos dos fatos que vivi.
Segunda-feira, 13 de setembro:
Decidi que vou pra algum lugar diferente do acampamento de verão nas férias escolares, vou pra algum lugar mais inusitado, como por exemplo: PARIS. Sei que falando assim a ideia me parece descabida, o negócio é que eu não sou do tipo que quer uma coisa e ao primeiro impedimento desiste, pelo contrário! Sou uma daquelas que quanto maior o desafio, maior a vontade de continuar.
Terça-feira, 14 de setembro:
Conversei com meus pais sobre ir pra Paris sozinha nas férias. Eles disseram que é uma loucura adolescente - eu sinceramente não sou uma adolescente histérica e compulsiva como eles pensam - e que agora eu não vejo o quão impossível é disso acontecer porque na minha cabeça de jovenzinha nada está longe o bastante que eu não possa alcançar... Pura conversa fiada deles, não é diário?
Quinta-feira, 16 de setembro:
Depois de passar os últimos dois dias pedindo - e implorando - para meus pais me deixarem ir á cidade luz, os convenci e descobri que tenho uma tia lá: Tia Albertina. Não que ela vá me receber lá, mas eu sei que tenho essa tia, ao menos é um começo... não é? Amanhã vou ligar pra ela, espero que Albertina seja simpática e que ache super demais me receber, eu pensaria isso se tivesse uma sobrinha fofa que eu nunca vi mas quer se hospedar na minha casa durante as férias - eu acho.
Sexta-feira, 17 de setembro:
Falei com minha mais nova tia preferida, Tia Albertina é uma mulher jovem, que mora sozinha em uma casa modesta em Paris...
Nos demos muito bem. Vou pra lá na próxima semana. Ela achou super demais me receber, então está tudo certo! Paris, ai vou eu!
Sexta-feira, 24 de setembro:
Estou finalmente com as malas prontas, sim, eu sei que não é muito tempo - apenas duas semanas - mas eu preciso estar preparada para todas as possibilidades, essas que são infinitas, ainda mais se tratando de Paris. Estou sem tempo, sinto ter que deixá-lo Diário, mas é a vida! Paris me aguarda.
Ah, que cabeça a minha, esqueci de me apresentar: sou Anya e você está lendo o começo das minhas férias mais loucas. Tenho 17 anos e resolvi que essas férias vão ser o oposto das outras - totalmente paradas, por assim dizer - quero começar com o pé direito, então...
- HORA DE SAIR ANYA! - Grita minha querida mamãe.
- Já vou, mãe! - Grito em resposta.
Depois de me certificar - três vezes - que não esqueci nada, minha mãe me obrigou a me despedir pessoalmente de meu pai, isso significa que vou ter que ir até sua empresa e esperar que ele possa atender á própria filha.
Estou á aproximadamente hora e meia esperando meu pai terminar uma reunião. Quando estou quase indo embora e deixando um bilhete, sua secretária me chama para entrar em sua sala.
- Pai, estou indo e vim me despedir... - digo indiferente.
- Ah, filhos... Crescem tão rápido! Vá com deus minha pequena - diz Leoncio, meu pai.
- É... Pai, tenho que ir logo, eu esperei muito tempo, estou quase atrasada... - digo olhando o relógio em cima de sua mesa.
- Claro filha, me desculpe por te fazer esperar todo esse... - ele é interrompido no meio da frase por seu celular - desculpe An, tenho que atender - ele olha no visor - tchau, vou sentir saudades - ele fala colocando o aparelho na orelha.
Dirijo-me cabisbaixa até o elevador, não sei como ainda não me acostumei em receber pouca atenção de meus pais - principalmente de Leoncio - Minha mãe, Estela, pelo menos tenta parecer preocupada comigo ou com o que faço (me impedir de viajar sozinha demonstra claramente como ela tenta parecer responsável por mim).
Pode parecer insensível da minha parte não querer ligar para meus pais para avisar que acabei de aterrissar em Paris, mas penso que eles provavelmente vão me fazer deixar recado em suas caixas postais ou falar com alguns empregados para que repassem a informação; definitivamente não vou ligar.
Tia Albertina me recebeu muito bem em sua casa - que não é nenhum pouco modesta como eu imaginava - parece que eu e Tina (como ela me pediu para chamá-la) vamos nos dar melhor ainda.
Eu e Tina somos muito parecidas, o que torna as coisas mais fáceis pra nós. Ela tem muitos amigos e todos muito jovens (assim como ela), eles passam na casa dela muitas vezes ao dia, ela deve ser algum tipo de socialite por aqui... Ela resolveu me levar para conhecer vários pontos turísticos da cidade luz para que eu conheça o lugar onde ela vive; num desses passeios - no meu terceiro dia na cidade - passamos na entrada de um cybercafé, resolvemos entrar, pois o lugar era muito arrumado e passava impressão de ser `badalado`.
Nos sentamos e um moço que aparentava ser o dono do estabelecimento nos cumprimentou:
- Olá senhoritas - disse o homem que eu ainda não havia contemplado a face.
- Olá - respondemos juntas.
Foi aí que pude ver claramente o rosto do homem: ele era lindo, tinha traços másculos na linha da mandíbula, os cabelos eram jogados pro lado em um corte típico parisiense, tinhas leves covinhas nas bochechas, a pele era clara e seus olhos eram de um azul profundo como o oceano.
Eu percebi que estava me apaixonando por um cara que eu nem sabia o nome...
- Meu nome é Pietro e sou o dono do cyber - disse exibindo seus dentes perfeitos. É claro que fiquei sem fala - eu tenho esse defeito: fico muda quando me sinto deslumbrada - ele era tão lindo e eu não estava escutando nada á minha volta só via o rosto de um anjo bem na minha frente, então percebi que ele estava se afastando e saí do transe.
- Você achou esse cara lindo, não é?
- Deu pra perceber? - perguntei
- Um pouco... pedi um café pra você.
- Obrigada Tina.
Depois de alguns minutos conversando nosso café chegou - não foi meu Pietro que trouxe - e eu não estava com vontade de tomá-lo, porém senti que minha tia iria ficar chateada se eu recusasse.
Pegamos o telefone do lugar e saímos - eu precisava ver meu anjo novamente - voltamos para a casa de Tina.
Estou me arrumando pra ir á uma festa - minha tia quer que eu conheça a rotina dela - e Tina já está pronta me esperando no carro -um Audi cupê - acho que não devo demorar-me tanto...
- Garota você demora mais que sua tia pra se arrumar! - diz Tina.
- Me desculpe, eu não estava encontrando roupas e...
- Ah! Vamos resolver esse problema amanhã cedo, adoro compras e sei que você também vai amar - Tina tagarela me interrompendo.
- Ok, eu amo compras... só acho que não tenho dinheiro suficiente pra gastar em Paris, meus cartões estão em minha casa.
- Não se preocupe, sua tia tem dinheiro de sobra - diz sorrindo.
- Tia, você é a melhor - eu realmente adoro minha tia Albertina - só não posso permitir que você gaste muito comigo, eu já estou te causando prejuízos demais.
- Querida, você está me ajudando a superar a solidão - um sorriso amargo aparece em seus lábios rosados - pode não parecer, mas me sinto completamente sozinha.
- Mas você tem tantos amigos... - digo tentando fazê-la ver como é querida pelos amigos.
- Anya, antes de ter tanto dinheiro, nenhum dos meus amigos se importava comigo - ela olhou para longe como se tentasse lembrar de algo que ficou no passado - eu só tinha um amigo verdadeiro e eu deixei que ele fosse embora de minha vida sem ao menos tentar recuperá-lo - eu via lágrimas começarem a brotar em seus olhos cobertos de maquiagem - mas vamos esquecer das coisas ruins, afinal estamos indo para uma festa.
- É verdade, já podemos ir. - acrescentei com um sorriso forçado.
Pude sentir a atmosfera que pairava sobre nós dentro do carro, eu sabia que Tina não estava bem, ela estava com a cabeça longe da estrada e longe da musica que estava tocando - estava tentando distraí-la e resolvi ligar o MP3 do carro - eu estava tão feliz por estar com Tina que não queria vê-la cabisbaixa e pensativa enquanto eu estivesse por perto - fazia-me sentir culpada por sua angustia interna - nem quando fosse embora de volta pra casa.
Durante o caminho para o lugar da festa, Tina se manteve cabisbaixa e eu só pude ver que ela estava chorando quando chegamos na tal boate e ela enxugou os olhos com um lenço de papel. Claro que me senti mal por ela, mas quando saímos do carro reparei que o dono do carro atrás do nosso, era o meu Pietro - eu reconheceria aqueles cabelos castanhos até no fundo do mar - e bem, depois de vê-lo não consegui pensar em mais nada além de sua beleza e inteligência - tá certo que nunca conversamos, mas ele tem cara de inteligente.
N/A: Bom, é isso! Minha primeira história, escrevi alguns anos atrás e resolvi postar hoje. Espero que tenham gostado, vou continuar postando, mas antes vou revisar as paginas e isso pode demorar alguns dias.
Eu peço que comentem, nem que seja pra me xingar! Críticas são sempre bem vindas e os elogios mais ainda! BeijoBeijo! - J.
Autor(a): pinkelephant
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
primeiro olá para todo mundo (: como está a reta final do ano pra vcs? espero estejam todos bem! bom, o real aviso é: ninguém comentou em quase 1 mês de postagem! trágico, eu sei. eu não posso continuar a postar a história se aparentemente ninguém gosta... por isso eu vou desistir de postar. foi legal tentar e ex ...
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