Fanfic: Entrega especial (FINALIZADA) | Tema: AyA
perdón pela demora meninasssssssssss!!!
CAPÍTULO VI
Annie logo descobriu que "fazer compras de Natal" para Poncho significava pe¬gar quase tudo que via pela frente. Quarenta e cinco minutos depois de haverem entrado no shop¬ping, ele conferiu a lista que levara consigo e anunciou que terminara as compras.
- Vamos sair daqui - disse a Annie, segurando-a pelo braço. - Este lugar está virando um inferno.
Poncho parou em um estande onde alguns volun¬tários estavam embrulhando presentes de Natal para levantar fundos para fins beneficentes.
- Disseram que meus pacotes ficarão prontos por volta das nove e meia - anunciou ele, vol¬tando para junto de Annie i e olhando para o relógio.
- Isso nos dará tempo para jantar.
Pararam à porta do shopping para qué Annie ajei¬tasse o capuz de Kris.
- Ela está se comportando como uma princesinha - disse Annie, com orgulho. - Mas não acha que estaremos arriscando demais nossa sorte ao levá-la para jantar em um lugar público?
Poncho sorriu, tocando a ponta do nariz dela com a mão coberta por uma luva de napa.
-Dê um voto de confiança a ela.
Annie assentiu com um sorriso, sentindo uma agradável onda de calor preencher seu peito.
- Sim, eu sei que
- A Gio vai se comportar bem - anuiu ela, olhando a menina com um ar de carinho.
- Espere um pouco - pediu Poncho, de repente. - Tive uma ótima ideia.
Antes que ela pudesse dizer algo, ele foi até um grupo de telefones públicos, próximos da saída. Voltou pouco depois.
- Tudo certo - anunciou, com um sorriso animado.
Saíram do shopping e se dirigiram ao estacio¬namento, onde Poncho havia deixado seu luxuoso seda. Depois de estarem acomodados e aquecidos dentro do carro, Annie não conteve mais a curiosi¬dade e perguntou:
- Para onde vamos?
Poncho sorriu e fitou-a com um brilho diferente no olhar.
- Você verá.
Notando que ele preferia manter suspense, ela não insistiu. Porém, ficou intrigada quando, quin¬ze minutos depois, entraram em uma trilha de pedras que dava em um elegante condomínio. No mesmo instante ela deduziu que a casa dos pais dele deveria ficar ali. Poncho contara que seus pais moravam a vinte minutos do prédio deles. Annie sentiu-se apreensiva. Aquele telefonema fora pro¬vavelmente para avisá-los de que os dois iriam para lá com Gio.
- Poncho, eu não...
- Vai gostar do lugar onde jantaremos - ele a interrompeu, mantendo o sorriso charmoso.
Pararam diante de uma belíssima casa toda branca com detalhes em cinza.
- Espere um pouco aqui, sim? - pediu Poncho, saindo do carro, mas deixando o aquecimento e o motor ligados.
Annie estava se sentindo cada vez mais apreensiva. Não queria ser apresentada a estranhos e ter de dividir a atenção de Poncho com eles.
Estava considerando a possibilidade de dar marcha à ré e ir embora quando o portão auto¬mático começou a se levantar. Então Poncho surgiu por trás dele e voltou para o carro assim que pôde passar por baixo da estrutura.
- Poncho?
- O jantar será servido dentro de dez minutos, madame - brincou ele.
Após guardar o carro na garagem, desligou o motor e saiu para acionar o dispositivo que fe¬chava o portão.
- Pegue a sacola e a cadeirinha de Gio- lembrou ele, inclinando-se para pegar a menina, adormecida em sua cadeirinha, presa ao assento traseiro.
Annie atendeu ao pedido e o seguiu com hesitação. Esperava que eles fossem recebidos à porta por al¬guém, por isso ficou surpresa ao ver as luzes da entrada apagadas em meio a um intenso silêncio.
Mais adiante, surgiu uma sala iluminada. Na verdade, era a única com iluminação em toda a :asa. Quando eles continuaram andando sem que linguém aparecesse, Annie Esta é sua casa?
- Será assim que estiver terminada. Venho até aqui pelo menos uma vez por semana para ver como está o trabalho. Esta é a primeira chance que estou tendo esta semana.
- E o arquiteto não se importa que apareçamos assim, sem avisar?
Poncho deu de ombros.
- Ele me deu uma chave. E um amigo meu. Ligarei para ele mais tarde e avisarei que estivemos aqui, para que a equipe não pense que a casa foi invadida ou algo do género.
Annie se sobressaltou quando um rapazinho apa¬receu à porta.
- Sr. Herrera?
- Oh, então conseguiu encontrar a casa? - Poncho sorriu.
- Não foi difícil, já que o senhor disse que seria a única da rua com apenas um cómodo iluminado.
Poncho entregou Gioa Annie è deu uma boa gor¬jeta ao rapaz, agradecendo pela entrega. Quando o entregador partiu, ele olhou para Annie sorriu.
- Espero que goste de comida chinesa.
- Oh, eu adoro.
- Achei que seria melhor jantarmos aqui por¬que não precisaremos nos preocupar que o choro de Gioincomode outras pessoas. Além disso, eu queria lhe mostrar minha futura casa.
Dizendo isso, levou-a aos aposentos mais pró¬ximos. Annie ficou surpresa com o tamanho e a elegância da construção.
- A casa onde eu morava foi comprada por uma construtora de shoppings centers, juntamen¬te com outras da vizinhança. Eles pagaram um preço muito bom e meu amigo arquiteto sugeriu que eu construísse uma, em vez de comprá-la pronta. Assim, teria chance de morar em um lugar como eu queria.
- E está morando naquele prédio enquanto esta aqui fica pronta?
Poncho assentiu.
- E quando vai se mudar? - perguntou ela.
- Daqui a três ou quatro semanas.
Saber que Poncho podia arcar com um gasto tão alto, tornou-o ainda mais inacessível aos olhos de Annie. Enquanto imaginara que ele fosse o mero mo¬rador de um apartamento pequeno, como ela, senti-ra-o mais próximo de alguma maneira. Mas, pelo visto, ele era bem mais abastado do que demonstrava.
Começaram a jantar logo depois de Annie haver conhecido a casa. Porém, os pensamentos a man¬tiveram silenciosa e com um ar ausente.
- Qual o problema, Annie?
Ela levantou a vista ao ouvir a pergunta, mas abaixou-a em seguida e olhou para Gioadormecida em sua cadeirinha, a pouca distância da mesa.
- Eu não deveria tentar comer estando em cho¬que - disse ela. - Quem imaginaria, não?
- Imaginaria o quê?
- Eu pensei... - Ela hesitou. - Pensei que você fosse um advogado comum e, no entanto... Esta casa é muito luxuosa, Poncho.
Ele riu.
- Não é tanto assim. Ela é apenas grande, só isso.
- Pode mesmo pagar por ela?
Ele arqueou uma sobrancelha.
- E isso que a preocupa? Está com medo de que eu esteja esperando seu pagamento para arcar com as despesas com a casa?
- Espero que não - respondeu ela. - Do con¬trário, estarei perdida.
Poncho riu com divertimento.
- Acha que assumi um compromisso que não poderei cumprir?
- Claro que não, mas... - Ela levantou um ombro. - Não sei explicar direito, mas é como se você não combinasse com esse lugar.
- Por quê?
Annie respirou fundo.
- Talvez porque eu também não consiga me imaginar aqui - respondeu ela, com sinceridade.
- Por que iria querer morar sozinho em um lugar como este?
Poncho franziu o cenho, pensativo.
- Não pretendo ficar sozinho para sempre.
- Então já existe alguém...
- Não ainda - ele a interrompeu. Após uma pausa, perguntou: - Por que não consegue se imaginar em uma casa como essa?
- Ela é muito... Parece permanente demais.
Ele sorriu.
- E em uma casa assim que esperam que um juiz more - explicou.
- Juiz?!
- Estou tentando conseguir uma promoção para o cargo de juiz. Este é meu grande sonho desde que eu era garoto e acompanhei meu pai pela pri¬meira vez a um tribunal. Por isso estudei advocacia.
- Seu pai é juiz?
- Não, ele é advogado. E dos bons - acres¬centou com um sorriso.
- Você não gosta do que faz atualmente? - perguntou Annie.
- Sim e não. - Ele a olhou, pensativo. - Não sei se posso explicar. Nunca tenho poder sobre o que é decidido por último em um tribunal, e isso me deixa maluco. Quero mudar essa situação de alguma maneira.
- Como assim? - Annie franziu o cenho.
- Imagine dois ladrões de loja, por exemplo. Nenhum deles está certo, mas um roubou porque "tem vocação", estando em sua quarta reincidên¬cia, e o outro porque estava desesperado, com medo de não conseguir pagar a conta do médico de seu filho. Há uma grande diferença entre os dois casos.
- Portanto, haverá diferença no resultado - deduziu Annie.
- Exatamente. Agora vejamos você e Gio- continuou ele. - O fato de não haver avisado às autoridades me diz que você mesma tem noção de que não preenche os requisitos necessários para conseguir adotar uma criança.
- E, neste caso, o que você decidiria se fosse o juiz?
- Eu teria mais flexibilidade ao me submeter às regras. Só que tenho a vantagem de haver co¬nhecido você.
- Oh, não sei se isso me deixa muito tran¬quila - observou Annie, tentando manter um tom bem-humorado.
- Infelizmente, qualquer juiz ao qual o caso for apresentado vai encarar os fatos com frieza.
- Você poderia se oferecer para supervisionar pessoalmente minha conduta ou o que mais for solicitado.
Poncho já estava balançando a cabeça antes mes¬mo de ela terminar a frase.
- Você anda assistindo demais os episódios de Lei e Ordem, Annie. Isso não seria aceito.
- Nem mesmo se você fosse o juiz?
- Eu teria de me afastar do caso, devido ao meu envolvimento pessoal.
- Teria de se afastar por conhecer os fatos? Ele enrijeceu o maxilar.
- A justiça deve ser cega.
- Isso parece tão antiquado.
- De certa forma, é mesmo - anuiu Poncho.
- Muito bem, sr. Juiz - Annie falou. - Espero poder contar com sua ajuda por mais algum tempo.
Poncho a olhou com um ar de surpresa.
- Pretendo continuar sendo advogado por mais algum tempo. Pelo visto, o governador não se im¬pressionou muito comigo, exceto nos jornais.
- Como ele pode não haver ficado impressionado?
- Não levei muito a sério a chance que ele me deu ao me convidar para uma festa. Mas terei outra oportunidade em breve.
- Oh, Poncho, então foi a essa festa que você... - Ela lembrou-se do smoking e tudo mais. - Sinto muito.
- Ei, fiquei até tarde com você e cheguei atrasado à festa porque quis - explicou Poncho. - Além disso, eu já sabia que tinha desvantagens por ser pelo menos dez ou quinze anos mais jovem do que meus adversários. Ser solteiro também não ajuda muito.
Annie soube que ele estava dizendo aquilo apenas para deixá-la mais tranquila. Poncho arriscaria o grande sonho de sua vida por ela e por Gio. Em um gesto automático de agradecimento, tocou a mão dele sobre a mesa.
- Obrigada, Poncho - murmurou. - Eu não sabia... - Ela não terminou a frase.
- Não precisa agradecer.
Ele virou a mão e segurou a dela com gentileza.
- O que há de errado com o governador? - perguntou Annie, com ar de divertimento. - Você estava maravilhoso com aquele smoking.
Annie esperava que ele sorrisse, mas não espe¬rava o ar de admiração que viu no rosto dele.
- Achou mesmo?
Ela enrubesceu e não respondeu nada.
- Que importância tem tudo isso, Annie? - ques¬tionou ele, olhando ao redor. - Por que tenho a impressão de que trazê-la até aqui mudou algo?
- Eu... Eu não tenho certeza disso - mentiu ela, tentando afastar a mão da dele.
Poncho acariciou o dorso de sua mão com o po¬legar, fazendo-a sentir um arrepio pelo corpo. Ao notar que Annie ficara tensa, ele a soltou.
- Acha que isso me deixa fora do alcance das pessoas... "normais"? - indagou ele, arqueando uma sobrancelha.
- Bem, com certeza o diferencia de alguma maneira - anuiu ela. - Como poderia ser dife¬rente, Poncho?
Os lábios dele se curvaram em um sorriso.
- Alguma vez pensou nisso antes que eu a trouxesse até aqui?
Annie deu graças quando Poncho não demonstrou estar esperando uma resposta.
- Ficaria surpresa se soubesse que cresci em uma casa bem parecida com esta? - continuou ele. - Talvez até um pouco maior?
- Isso é verdade? - indagou ela.
- Como eu disse, meu pai é um advogado bem-sucedido. Meu avô também era e trabalhou para o Estado por mais de dezesseis anos. Meu tataravô fazia parte da Corte Suprema de Kansas. Como pode ver, nunca conheci um universo diferente.
- Então você faz parte da classe dos "privile¬giados" - brincou Annie, tentando recobrar o tom bem-humorado da conversa.
- Se com isso quer dizer que sou uma pessoa que sempre teve tudo que quis, então está enga¬nada. Meus pais foram rígidos na educação dos filhos e sempre nos deram o que precisávamos, e não necessariamente o que queríamos.
- Oh.
Poncho respirou fundo.
- Mas por que tenho a sensação de que não estamos falando apenas de dinheiro e de lares?
- Não, não estamos - confirmou Annie. - Tam¬bém estamos falando de detalhes judiciais. Mas eu gostaria que soubesse que se juízes fossem eleitos por votos, como eu pensei que fossem, eu seria a primeira a votar em você.
- Obrigado.
Poncho sorriu e ficou de pé, fazendo-a ficar tam¬bém. A pouca distância entre eles fez Annie conter o fôlego por um instante.
- Quero levá-la à casa de meus pais, Annie - anunciou ele, de repente.
- O quê? - Ela sentiu a pulsação acelerar.
- Quero levá-la para conhecê-los amanhã, e Gio também. Quero que passem o Natal conosco.
- Por quê?
Annie ia dar um passo atrás, mas Poncho segurou-a pelos ombros.
- Contei o problema à minha mãe...
- Pensei que iria manter segredo sobre isso - ela o interrompeu. - Você prometeu que me daria três dias de prazo. Agora, a zeladora já sabe e sua mãe...
- Minha mãe trabalha em nossa firma de ad¬vocacia - explicou ele. - Ela é uma de nossas recepcionistas.
Sem se importar com a justificativa, Annie es¬treitou o olhar.
- A quem mais pretende contar, sr. Advogado? Esqueceu-se de que eu comprei sua discrição?
- Não esqueci droga nenhuma! - Poncho se in¬dignou. - Primeiro ouça o que tenho a dizer, está bem? Não fique na defensiva antes de ouvir o que tenho a dizer.
Sempre que se sentia ameaçada de alguma ma¬neira, Annie começava a usar de sarcasmo para se defender.
- Fique tranquila, Annie. - Poncho tocou o rosto dela com delicadeza. - Minha mãe poderá escla¬recer suas dúvidas quanto aos cuidados com Gio...
- Você já esclareceu minhas dúvidas.
Annie levou a mão ao peito dele, mais para uma manter uma certa distância entre eles do que para tocá-lo. Fitando-o de um modo mais ameno, continuou:
- Agradeço o que está fazendo, mas não sei se devo aceitar.
- Confie em mim - pediu Poncho. - Minha família é de confiança e quero muito que os co¬nheça. Quanto a Gio... Bem, eu já disse que farei o possível para que você fique com ela.
- Eu acredito em você. Mas não quero incomodar...
- A ideia foi da minha mãe, Annie. Ela também quer conhecê-la.
Annie respirou fundo, dando-se por vencida.
- Está bem, sr. Advogado. Aceito sua sugestão.
Afinal, é meu advogado.
Poncho forçou um sorriso.
- Já que estamos falando nisso - disse ele -, acho melhor esclarecer outro detalhe.
- Qual? - Annie não gostou do tom com que ele dissera aquilo.
- Não serei mais seu advogado.
Autor(a): Sophi
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
mileponnyforever e jl postarei o q vcs tanto queremmmmmmmmmmmmmkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk CAPÍTULO VII - "Confie em mim", dissera Poncho. Confiar nele?- Por quê? - perguntou Annie,antes mesmo de pensar na situação.O tom magoado de sua voz ecoou pela sala, como se todos os ruídos do m ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 220
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:29
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:28
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:26
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:25
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:24
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
-
jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?
-
jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?
-
jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:05
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?
-
jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:04
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?