Fanfics Brasil - Capitulo 8 Entrega especial (FINALIZADA)

Fanfic: Entrega especial (FINALIZADA) | Tema: AyA


Capítulo: Capitulo 8

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mileponnyforever e jl


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CAPÍTULO VII


- "Confie em mim", dissera Poncho.
Confiar nele?
- Por quê? - perguntou Annie,antes mesmo de pensar na situação.
O tom magoado de sua voz ecoou pela sala, como se todos os ruídos do mundo houvessem cessado naquele instante. Confiara demais nele, então já deveria saber que iria se arrepender, cedo ou tar¬de. Quanto tempo mais iria se passar até que aprendesse que depositar confiança em alguém era o mesmo que armá-la contra si mesma?
Contudo, ao ver a expressão desconcertada de Poncho, tentou disfarçar de imediato sua decepção.
- Não se incomode em responder. Você não me deve explicação alguma. Reconheço que já fez muito mais do que...
O modo como ele ergueu a mão a fez parar de imediato.
- Vai me deixar acabar de falar?
- Hum-hum - murmurou Annie, arregalando os olhos na direção dele.
- Estou me recusando a trabalhar no caso como eu o faria se fosse indicado como juiz neste caso.
- Venho me dedicando a você e Gio de maneira diferenciada e tenho me permitido isso por con¬siderar ser uma situação bastante exclusiva. Mas, para ser franco, quando me ofereci para ficar com Gio essa manhã e sugeri que você fosse às com¬pras, percebi que já passei muito do limite. Estou envolvido demais. Qualquer coisa que lhes acon¬teça se tornou muito importante para mim.
O modo como Poncho a fitava a fez sentir-se como se estivesse perdida. Como suportar aquela ex¬pressão carinhosa e preocupada e ainda assim continuar vendo-o como um traidor?
- Mas o que mais quero é ser representada por alguém que se incomode sinceramente com o que acontece com Gio. Para mim, quanto mais envolvido estiver, melhor.
- Esse caso merece a melhor representação possível, Annie. Você precisa de alguém que não precise se preocupar em perder a visão geral por estar próximo demais.
Esfregando as mãos de maneira nervosa, ela se afastou. Não pretendia implorar.
- Está bem. Posso encontrar outra pessoa. Sei que não...
- Annie, eu já passei o caso para minha irmã - interrompeu Poncho, elevando o tom de voz. - Como ela também é sócia no escritório de meu pai, seu cheque de adiantamento se aplica a ela também. Embora trabalhemos em todos os tipos de caso, papai se especializou nas causas comer¬ciais e assume os casos desse tipo. Minha atuação é mais focada na área criminal. E Melanie quem se dedica a resolver todos os casos de cunho fa¬miliar, tendo lidado com divórcios, testamentos e dezenas de adoções. Eu mesmo só cuidei de duas, e foram casos corriqueiros. Estou ciente que o pon¬to de vista dela poderá ser mais abrangente do que o meu.
- Oh.
- Estarei sempre por perto, observando e ofere¬cendo ideias, embora ainda não tenha tido nenhuma que valha a pena citar, mas minha posição oficial será a de uma parte interessada. Um amigo.
- Amigo de Gio?
O sorriso dele foi muito provocante, fazendo as covinhas em sua face ficarem ainda mais acentuadas.
- Sim, claro. E além de mim, meu pai também terá alguns palpites para dar. Essa é uma das
razões pelas quais nós somos tão eficientes.
Ao ver que Poncho nem mesmo percebeu que es¬tava contando vantagem, ela se admirou ao notar que considerara aquilo como parte do charme dele.
- Se é o que diz...
- Nós todos temos pontos de vistas diferentes sobre cada caso. Aliás, esse é outro motivo pelo qual quero levá-la para a casa de meus pais. Logo na manhã seguinte ao dia de Natal, teremos de estar preparados e bem cientes do que iremos fa¬zer em seguida. E seremos três advogados pelo preço de um, o que não é um mau negócio Annie.
Ao olhar a menina se mexer em sua cadeirinha, alheia a toda a cadeia de problemas que a cir¬cundava, Annie sentiu seu coração se enternecer.
- Giovnna precisa de todos os amigos que puder arranjar, não é mesmo?
- Sim, e muito.
A mão de Poncho pousou nas costas dela, fazendo sua pulsação acelerar. Com um sorriso satisfeito puxou-a para si em um gesto protetor, até que seus corpos quase se tocassem. Ao sentir o dedo dele sob seu queixo, levantando-lhe o rosto até que seus olhares se encontrassem, o ar lhe faltou. Mas não foi a falta de espaço que a fez sentir-se sem fôlego.
Sem palavras, ouviu-o prosseguir:
- Pare de me combater, Annie. Estamos nisso juntos, está bem? Deixe-me fazer o que é melhor para você.
- Ora, está bem.
- Mais uma coisa: não se subestime. Você me¬rece o que há de melhor, entendeu? Não há nada de errado em ter esperança.
De repente, naquele exato "instante, tudo o que ela queria era ser beijada, como jamais fora antes. Tal pensamento surgiu sem sobreaviso e dominou a mente dela até que Poncho a afastasse devagar, colocando alguma distância entre ambos.
- Está bem - respondeu ela, percebendo que, sem mais nem menos, seu vocabulário parecia ter ficado bastante limitado.
- Agora, quer dar uma rápida olhada no res¬tante da casa antes que Gio acorde?
- Conseguiremos ver os cómodos mais distan¬tes deste no escuro?
- Alguns dos bicos de luz estão funcionando.
Além disso, costumo manter uma ou duas lanter¬nas aqui dentro, já há algumas semanas.
Aquele parecia o convite mais inofensivo que ele lhe fizera desde o dia em que haviam se conhecido.
- Então eu adoraria vê-la - animou-se Annie.
- Otimo - falou Alfonso, estendendo-lhe a mão. - E eu adorarei mostrá-la a você.
Depois do passeio pela casa semipronta, Poncho as levou de volta para o apartamento de Lori, oferecendo-se para tomar conta de Gio enquanto ela arrumava a bagagem de ambas e a sacola de bebé para levarem na manhã seguinte. Preten¬diam sair em torno das dez horas, rumo à casa dos pais dele.
- Há algo mais que eu possa fazer para ajudá-la?
- Não, obrigada - respondeu Annie de dentro do quarto, sua voz soando abafada através da porta fechada. - Estou quase acabando. Gio já dormiu?
O tom de voz dela não o agradou. Estava sendo impessoal e simpática, como uma profissional de relações públicas.
- Não - falou Poncho, com certo sarcasmo. - Acho que a menina já tem idade suficiente para se cuidar, então a mandei dar uma volta no shopping.
Ao ouvir a risada dela, desejou que estivessem no mesmo cómodo. Era raro vê-la sorrir.
- Acho que isso define a sua idade. Por acaso está chegando na senilidade?
Permitindo a si mesmo que um sorriso se es¬boçasse em seus próprios lábios, ficou feliz por haver transferido o caso para Maite. Só assim poderia colocar em prática seus planos pessoais a respeito de Annie, incluindo o de fazê-la feliz.
- Certo, confesso que já a coloquei para dormir.
- Aliás, com quantos anos está, afinal de contas?
- Tenho o suficiente para saber o que quero - murmurou ele, tocando a porta com os dedos.
- Como? Não consegui ouvir.
- Trinta e quatro.
- Ainda está aí? - perguntou ela, depois de uma longa pausa.
- Sim.
- Agora já pode entrar.
Poncho não hesitou em fazê-lo.
Ela estava sentada no meio da cama, cercada de papéis de presente e fitas de fazer laços. Uma visão capaz de fazê-lo suar. A mesinha-de-cabe-ceira estava forrada de pacotinhos bem embru¬lhados, enquanto pacotes maiores se espalhavam pelo chão.
- Gio terá de desembrulhar tudo isso? - indagou ele, tentando conter o desejo de ir até lá e tomá-la nos braços.
Os olhos de Annie pareciam brilhar mais do que o cetim das fitas.
- Acho que precisaremos ajudá-la um pouqui¬nho. Se trouxer a caixa de presentes que está embaixo da árvore de Natal, podemos colocar isso tudo lá dentro.
- Boa ideia.
- Hum... não quero que os laços fiquem amas¬sados - falou ela, arqueando uma sobrancelha com ar pensativo. - Haverá tempo para que eu os coloque outra vez quando estivermos na casa de seus pais?
- Claro, todo o tempo que quiser. Amanhã à noite, a essa hora, Cristopher e Dulce estarão montando e embalando a bicicleta que compraram para seu filho mais velho, Kevin. Depois, mamãe e Maite vão colo¬car todo adulto ao alcance da vista a encher balões amarelos.
- O quê?
- Bem, é uma história antiga. Tenho certeza que terá a oportunidade de ouvir a versão com¬pleta quando estivermos lá.
Ao acabar de falar, entregou a última caixa para ela retirar o laço. Ambos estavam de joelhos, e bastante próximos.
Annie estava muito tentadora, olhando-o com ar maravilhado. Já era tarde e Poncho não suportava mais resistir a seus ímpetos. Com um movimento ágil, aproximou-se e capturou os lábios dela nos seus.
Annie ficou paralisada, com os olhos fechados e os lábios entreabertos, ainda brilhando com a umidade remanescente da carícia que ha¬viam acabado de receber.
- Ei - chamou ele, tocando o rosto dela com os dedos.
- Por que fez isso? - sussurrou ela, com a respiração entrecortada.
- Porque eu não resisti à tentação.
Ao responder, Poncho se inclinou para repetir o beijo, mas Annie foi mais rápida, levantando-se depressa e se afastando até a parede oposta do quarto.
- Eu... Você...
Sem saber o que dizer, ela pegou uma mala no guarda-roupa e começou a enchê-la de maneira apressada, com movimentos nervosos.
Depois de alguns segundos conseguiu falar, mas não o encarou:
- Poderia fazer o favor de levar a caixa para perto da saída enquanto arrumo as roupas?
- Annie?
- Sim?
- Eu não tinha a intenção de ofendê-la.
- E não o fez, embora eu preferisse que tivesse me ofendido.
Aquilo o confundiu.
- Não entendi.
- É que eu gostei. E até demais - completou Annie, só então erguendo o rosto para encará-lo. - Eu... Você...
Durante o breve instante em que seus olhares se sustentaram, Poncho pôde ver uma lágrima ten¬tando escapar e escorrer por aquele rosto suave. Ao se levantar e dar um passo na direção dela, deteve-se ao vê-la erguer a mão.
- Por favor, não.
Foi a vez de ele perguntar:
- Por quê?
- Apenas não está certo.
- Minha saída do processo já é oficial, Annie. Maite aceitou cuidar de seu caso assim que fiz a sugestão por telefone.
- E que... Bem, não se trata disso, Poncho. O problema é comigo e... acho que não deve fazer isso outra vez.
Virando o rosto, ela saiu depressa do cómodo, rumando para a área de serviço.
Assim que Poncho carregou a caixa para a sala, Annie o mandou ir para casa, alegando que precisava aproveitar para dormir enquanto o bebé dormia.
Depois de acabar de arrumar o que precisava, tomou um banho e se deitou ao lado de Gio, que colocara em sua própria cama. Não ficou surpresa quando não conseguiu dormir. Encontrara aquilo que sempre temera e evitara ao máximo: alguém confiável, forte, inteligente e bem-humorado, por quem sentia vontade de se apegar. Ele era o tipo de pessoa que dava tudo de si, sem hesitar, mas que também merecia muito em retorno.
Naquele momento, precisava se controlar e pa¬rar de pensar em Poncho da maneira que vinha fazendo. Depois daquele beijo, não poderia mais se enganar, dizendo para si mesma que o único interesse dele era por Gio. Antes estava conse¬guindo se controlar, mas depois do que acontecera ali, naquele mesmo quarto... Não.
Mesmo sentindo uma atração incrível por ele, não poderia se deixar apaixonar, e muito menos permitir que ele se aproximasse mais.
-Seria um desastre - murmurou Annie, falando consigo mesma.
A garotinha reagiu ao som soltando um ge-midinho, levando-a a respirar fundo e fitá-la com carinho. Só lhe restava rogar ao céu para que tudo desse certo e para que conseguissem ficar juntas.
Olhou então para o relógio. Já era muito tarde e, no dia seguinte, se estivesse com olheiras, Poncho faria uma expressão preocupada e diria algo agra¬dável de se ouvir, o que a faria desejar ainda mais que pudesse amá-lo.
Ajeitando-se na cama, decidiu tentar dormir. No dia seguinte, teria de enfrentar o Natal da família dele. Pelo menos haveria distrações o su¬ficiente para que houvesse tempo de se apaixonar.
Quando Poncho tocou a campainha na manhã se¬guinte, Annie havia acabado de arrumar Gio. Foi difícil não fugir quando os olhos dele perscruta-ram-lhe a face, logo depois de se cumprimentarem.
- Gio a manteve acordada a noite toda ou¬ tra vez?
Ela sorriu de maneira impessoal, sem confirmar nem negar, deixando-o acreditar no que quisesse, apesar de o bebé não ter dado trabalho nenhum. Dando de ombros, respondeu apenas:
- Eu ficarei bem.
- Deveria ter me deixado ficar para ajudar a cuidar dela.
Annie não pôde nem mesmo responder àquilo e desconversou:
- E então? Podemos ir?
- Assim que levarmos suas coisas para o carro.
- Só o que não está na caixa ainda é a árvore de Natal. Acha que podemos levá-la montada?
Poncho ficou boquiaberto e hesitou um instante, pois já estava rumando para o canto da sala, onde estavam a caixa, a bolsa com as coisas do bebé e a mala.
- Como é?
- Ei, foi uma brincadeira - respondeu Annie, imaginando se conseguiriam reconquistar a livre camaradagem que existia entre eles antes do beijo. - Não sou tão maluca assim.
Má ideia. O sorriso dele a fez perder o fôlego. O único meio que encontrou para escapar dali foi levar Gio para o quarto, para vesti-la com a rou¬pinha de sair na neve.
Quando voltou a encontrá-lo, já no corredor externo, parado em frente à sua porta, havia conseguido recuperar o controle. Só não poderia vê-lo sorrir daquela maneira pelos próximos dois dias.
Annie já havia enfrentado Natais em família an¬tes. A cada ano, durante o colegial, repetia o ritual de aceitar o convite de uma de suas amigas para compartilhar as "festas". Isso até o último ano, quando todos ficaram tão ocupados com os pre¬parativos da primeira viagem até a estação de esqui que ninguém se lembrou de perguntar o que ela faria na "grande festa".
Foi naquele ano que ela descobriu que era mais fácil lidar com o Natal se ficasse escondida em casa até que o feriado passasse. Assim não pre¬cisava se submeter a nenhuma pressão. Nem mes¬mo precisou fingir ficar feliz ao ganhar algo im¬pessoal como um cesto de frutas ou um jogo de sabonetes e sais aromáticos para banho. Isso sem falar que não foi mais obrigada a fazer o calvário das compras, em busca de presentes para pessoas a quem mal conhecia.
Ela mordeu o lábio. Deveria ter comprado algo para os pais de Poncho? Quantas pessoas mais es¬tariam na casa? O velho pânico de contato familiar voltou a assombrá-la.
Respirando de maneira profunda para recupe¬rar a calma, concluiu que só lhe restava dar um presente à anfitriã, de modo que todos pudessem desfrutar. Talvez uma seleção de geléias e doces natalinos resolvesse o dilema.
Levando a mão ao braço de Poncho, apontou para o supermercado que acabara de entrar no raio de visão deles.
- Podemos parar um minuto?
- Claro.
- Demorarei apenas alguns minutos - pro¬meteu ela, o que pareceu diverti-lo.
- Eu precisava mesmo parar aqui. Preciso com¬prar o restante dos presentes que não comprei ontem à noite.
- Oh, é verdade - murmurou Annie, balançando a cabeça negativamente.
Esquecera-se por completo do motivo de te¬rem saído no dia anterior, assim como quase não se lembrara de cancelar a viagem para a es¬tação de esqui.
- Vamos nos separar para ganhar tempo?
- Otima ideia - comemorou ela, aliviada por ganhar alguns minutos para ficar longe dele. - Podemos nos encontrar no departamento de pa¬cotes. Também vou precisar que embrulhem mi¬nha compra para presente.
- Por mim, tudo bem.
- Hum, você se incomodaria em tomar conta de Gio um instante?
O olhar sério que recebeu em resposta a fez refletir sobre o fato de ele já a estar ajudando com o bebé havia dois dias, sem pronunciar a me¬nor reclamação.
- Acaba de me ocorrer que não se-incomodou até agora, não é? - continuou Annie, não o dei¬xando falar. - E que imaginei que suas compras poderiam lhe ocupar ambas as mãos.
- Comece a agir como se eu estivesse lhe fa¬zendo um favor - advertiu Poncho, falando em um tom intermediário, entre seriedade e brinca¬deira -, e vou começar a exigir certos privilégios em troca.
Ao acabar de falar, ele estava fitando-lhe os lábios. Aquela era a primeira menção que fazia a respeito do beijo, desde que lhe dissera para não fazer mais aquilo.
- Está bem...
Acuada, ela apenas saiu do carro e saiu antes dele, rumo ao supermercado. Precisava fazer o que planejara ao longo daquela noite maldormida. Iria trazer à tona, de maneira casual, o motivo de não poderem se envolver.
Se, pelo menos, o beijo que recebera não tivesse sido tão maravilhoso, seria mais fácil fazer o que tinha de ser feito.
Quando se encontraram no setor de pacotes, gio estava acordada no colo dele, brincando. Le¬varam tudo para o carro e prenderam o bebé no assento especial, no banco traseiro.
- Formamos uma boa dupla - falou Poncho, ao sentar-se no banco do motorista e colocar o cinto de segurança.
- Sim, por isso é uma pena que tenha desistido de mim.
Ele a fitou com intensidade, arqueando uma sobrancelha.
- Eu?
- Como meu advogado - explicou Annie, con¬cluindo então que ele a tinha entendido. - Está bem, foi uma péssima piada.
Poncho se virou na direção dela, ainda com as chaves na mão.
- Pelas minhas contas, estamos empatados. Mas não vamos começar a nos criticar, vamos?
Ela ergueu as mãos, com ar resignado.
- Desculpe-me.
- Isso tem alguma coisa a ver com sua reação na noite passada?
- O que quer dizer?
- Por acaso está pensando que eu poderia mu¬dar de ideia a respeito de representá-la no tribu¬nal se você fingisse que não há nada acontecendo entre nós? Que não está interessada em mim? É por isso que não...
Aquele parecia o momento ideal. Com um mo¬vimento delicado, Annie colocou o dedo sobre os lá¬bios dele, fazendo-o silenciar. Por mais que pre¬ferisse se entregar àqueles braços fortes, deveria fazer o que era certo, mesmo que não conseguisse fitá-lo nos olhos enquanto o fazia.
- O fato de me representar ou não, não tem nada a ver com eu não querer que me beije, Poncho. Você merece o melhor que a vida tem para oferecer e não posso pensar em um só mo¬tivo que me levasse a impedi-lo em sua realização de destino.
- O que significa isso tudo? - indagou ele, segurando o queixo dela entre os dedos e fazendo-a encará-lo.
- Seria fácil me apaixonar por você, mas não quero que isso aconteça. Não quero me magoar.
- Será que é tão difícil assim confiar em mim? Por que tanta falta de esperança? O que a faz pensar que não posso me apaixonar com a mesma facilidade?
- Talvez isso até possa acontecer, mas não deve - murmurou Annie.
- Nesse caso, a decisão não deveria ser minha?
- Só depois de saber de todos os detalhes.
- Está bem. O que eu ainda não sei? - ques¬tionou Poncho, com ar indignado.
- Você quer formar uma família, não quer? Sei que planeja ter filhos algum dia.
- Isso é verdade, mas qual o pro...
- Eu não posso ter filhos, Poncho. É melhor que encontre alguém que possa preencher todos aque¬les quartos de sua casa enorme. - Annie virou o rosto na direção do pára-brisa, fitando o vazio. - Não faz nenhum sentido que nos apaixonemos um pelo outro se não serei capaz de lhe dar algo tão importante.


 


 


 


 



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Autor(a): Sophi

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CAPÍTULO VIII Areação de Poncho foi... nula. Sua ex¬pressão se tornou impassível. Depois de um instante, deu partida no motor e disse:- Vamos para a casa de meus pais.Os vinte minutos do percurso foram transcor¬ridos em absoluto silêncio. Não fora daquela ma¬neira que Annie planejara dar a notícia, mas havia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 220



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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:29

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:28

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:27

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?

  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:05

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:04

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