Fanfic: Entrega especial (FINALIZADA) | Tema: AyA
CAPÍTULO VIII
Areação de Poncho foi... nula. Sua ex¬pressão se tornou impassível. Depois de um instante, deu partida no motor e disse:
- Vamos para a casa de meus pais.
Os vinte minutos do percurso foram transcor¬ridos em absoluto silêncio. Não fora daquela ma¬neira que Annie planejara dar a notícia, mas havia funcionado. A informação estava lá e, ao saber a verdade, ele a aceitara.
O que sua mente racional mais desejava era uma reação não emocional por parte dele. Não queria ser digna da piedade de Poncho, pois iria se sentir humilhada. O problema era que ao longo da noite, bem no fundo de seu coração, nascera a esperança de que ele diria que aquilo não importava. Na verdade, Annie nem notara o que havia acontecido, até que sentiu um enorme vazio, deixado pela emoção que morrera em seu peito. Seria difícil encarar o Natal que estava por vir.
Helena Herrera apareceu na varanda de trás da casa assim que eles se aproximaram com o carro. A primeira vista, ela era exatamente o que Annie esperava: alta, elegante e parecendo a candidata perfeita para ser eleita a "Mãe do Ano" entre as mulheres da alta sociedade. Mesmo es¬tremecendo visivelmente com o frio, a mulher os alcançou no mesmo instante em que Poncho parou o carro.
Antes que Annie pudesse protestar, Helena abriu a porta de trás e, com um sorriso nos lábios, soltou Gio do assento especial e a levou depressa para dentro. Boquiaberta, Annie olhou para Poncho, que forçou um sorriso.
- Vá atrás dela. Entre lá, apresente-se e resgate o bebé. Vou descarregar o carro.
Seguindo as instruções recebidas, ela soltou um suspiro enquanto rumava para a enorme casa. Quando levou a mão à fechadura, a porta se abriu de repente, assustando-a.
- Entre depressa - ordenou a anfitriã. - Está frio aí fora.
Assim que entrou, escutou a porta ser fechada atrás de si e viu Helena passar pelo seu lado, levando a menina para outro cómodo. Ela colo¬cou Gio sobre uma grande mesa de madeira, desenrolou o cobertor que a protegia e tirou a pesado agasalho para neve. Murmurou palavras de carinho todo o tempo. Depois de acariciar-lhe o rosto e as mãozinhas, pegou-a nos braços outra vez.
- Mas que criança linda. Não consigo imaginar alguém com coragem para abandoná-la.
O olhar sincero e o jeito simples de Helena fizeram desmoronar quaisquer preconceitos que Annie construíra a respeito da mãe de Poncho. Por baixo da aparência impressionante, parecia haver uma mulher inteligente e sensível.
- Nem eu.
- Alfonso disse que você não tem experiên¬cia em cuidar de bebés - disse ela, em tom preocupado.
- É verdade - confessou Annie. - Mas ele pro¬meteu que eu aprenderia muito ao longo do fe¬riado, ficando aqui com vocês.
Segurando a menina contra o peito, Helena colocou o braço livre ao redor dos ombros de Annie.
- Você está sendo muito corajosa em assumir uma responsabilidade como essa. Vou ajudá-la em tudo o que puder.
Desde a infância, Annie nunca gostara de falsas demonstrações de afeição, principalmente aquelas vindas de desconhecidos. Aquela, contudo, não pa¬recia falsa. O incrível é que foi até pior, pois lhe despertou o desejo de fazer parte daquela família. Foi preciso toda sua força de vontade para não fugir daquele abraço terno e sincero.
- Oh, mas estou sendo muito mal-educada - falou Helena. - Venha. Vamos pendurar seu casaco no suporte do hall e servir-lhe algo quente. Aceita um café ou prefere chocolate?
- Café está ótimo para mim, sra. Herrera.
- Pegue-a - falou a mulher, entregando-lhe Gio. - E me chame de Helena, sim?
Enquanto ambas sorviam a bebida quente, o bebé adormeceu outra vez, ressonando de maneira audível.
- Enfim, ela dormiu - falou Annie.
- O que me lembra de que já faz algum tempo que estamos aqui. Alfonso já deveria ter retornado.
- Falando no diabo... - brincou Poncho, apro-ximando-se pelo corredor. - Já coloquei os pre¬sentes sob a árvore. Devo levar as coisas de Annie e de Gio para o quartinho?
- Isso mesmo - murmurou Helena, expli¬cando em seguida - O "quartinho" é o cómodo tradicional dos novos bebés. É perto o bastante da sala de estar para que a mãe não perca nada das reuniões de família, mas longe o suficiente dos outros quartos para que ninguém perca o sono no caso de uma noite de choros e protestos.
- Ela dormiu bem melhor na noite passada. Na verdade, só acordou para mamar e para a troca de fraldas uma única vez. Espero que isso se repita hoje.
Ao ver o olhar desconfiado que recebeu de Poncho, ela se lembrou de que o deixara acreditar que fora Gio que a mantivera acordada durante a madrugada. Sentindo-se desconcertada, abaixou o rosto.
- Bem, agora você está conosco. Se a menina não dormir, haverá uma porção de braços dis¬poníveis para pegá-la no colo - disse Helena. - O que é quase divertido, quando se sabe que a interrupção do sono é apenas temporária. Há muitas vantagens em ser avó. - Virou-se então para Poncho. - Venha cá, filho. Vou lhe servir um café.
- Obrigado, mas agora não, mãe. Vou acabar de trazer as coisas para dentro. Aliás, onde está papai?
- No escritório - respondeu ela, fazendo uma careta de desânimo. - Ele falou com Maite depois de seu telefonema. Conversaram sobre algu¬mas opções e seu pai concluiu que precisariam de alguns relatórios do arquivo. Mas acho que ele voltará a qualquer momento.
Poncho se encaminhou para a saída.
- Vou trazer o restante das coisas para dentro.
Depois de acabar, ele anunciou que precisava resolver algumas coisas pelas redondezas e saiu, deixando Annie aliviada. Seria melhor que ficassem distantes. Talvez assim aquela sintonia entre eles viesse a desaparecer.
Quando a mãe dele a levou para conhecer o "quartinho", este se revelou uma enorme suite, com um sofá-cama, dois berços e uma cama de armar, além de uma cómoda e um grande guar-da-roupa. Tudo estava arrumado, já com lençóis e travesseiros. Acomodaram o bebé no bercinho de fundo mais alto, que parecia saído de uma casa de bonecas de tamanho real.
- Esse lugar é maravilhoso - falou Annie. - Nem imagina como sou grata por tudo o que está fazendo por nós.
- Quando Alfonso veio me ajudar ontem, con¬cluí que convidá-las para vir seria a única maneira de tê-lo aqui para o Natal. Mas não foi só por isso que pedi para que viesse. Pensei também em aliviar seu trabalho e em aproveitar a oportuni¬dade para tirar quaisquer dúvidas que ainda pudesse ter sobre o cuidado com crianças. Além do mais, é muito bom ter um bebé em casa durante o Natal.
Ambas se sentaram no sofá-cama.
- Não sei o que teria feito sem a ajuda de seu filho. Quando ele apareceu para me ajudar pela primeira vez, encontrou-me apavorada. Nunca fi¬quei tão desorientada em toda minha vida, sem saber o que fazer para cuidar dela e para mantê-la comigo.
- Não se preocupe. Alfonso e Maite vão en¬contrar um meio de você ficar com ela.
- Isso não importa.
Helena não escondeu quanto ficou chocada com o que ouviu, mas não disse nada.
- O que mais quero no mundo é ter Gio comigo - explicou Annie. - Mas só se essa for a melhor opção para ela. Não estou certa de que meu ponto de vista quanto a isso possa vir a ser claro e imparcial.
A anfitriã sorriu.
- Alfonso é ótimo em julgar o caráter das pes¬soas. Ele me disse que não poderia haver uma pessoa melhor para cuidar da menina e isso basta para mim.
- Obrigada... - murmurou ela, comovida com o duplo cumprimento.
Depois de um significativo momento de silêncio, Helena se levantou, passou os dedos no rosto do bebé adormecido e rumou para a porta.
- Pelo jeito,Gio vai dormir por mais algum tempo. Preciso começar a fazer o almoço. Sinta-se à vontade para fazer o que preferir, como ouvir música, ou assistir a um vídeo. Mas se quiser me ajudar ou me fazer companhia, ficarei muito feliz.
Lançando um olhar carinhoso para o bebé, Annie seguiu a anfitriã para fora do quarto.
Depois que chegaram na cozinha, o lugar pa¬receu encher de repente, como que em um passe de mágica. Em menos de cinco minutos, foi apre¬sentada ao patriarca da família, e a Maite, que chegaram quase juntos.
Autor(a): Sophi
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Meninas! desculpa a demora para postar!! e q descobri q tenho pedra nos rins e entaum vou vazer uma cirurgia amanha... mais jaja estarei de volta para postarrrrrrrrrr naum me abandonemmmm Bjs S2
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 220
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:29
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:28
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:27
AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:26
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:25
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jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:24
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jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?
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jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06
Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?
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jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:05
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jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:04
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