Fanfics Brasil - capitulo 11 Entrega especial (FINALIZADA)

Fanfic: Entrega especial (FINALIZADA) | Tema: AyA


Capítulo: capitulo 11

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desculpem a demora meninas, meu pc tava sem net


:/


 


 


A manhã de Natal demorou a chegar. A mãe de Poncho sabotara seus planos na noite anterior, mandando-os para a cama como se fossem crianças. Naquela manhã, tivera apenas vinte minutos na companhia de Annie, os quais foram usados para cuidar de Gio, até que as crianças acordaram e fizeram com que todos lhes dessem atenção. Era hora de abrir os presentes.
O ritual foi lento e permeado por brincadeiras que pareciam sem fim. Vê-la derramar lágrimas emocionadas enquanto abria os presentes de Gio o fez desejar que aquilo acabasse logo para poder ir até lá e confortá-la. Jamais se ressentira tanto do Natal lento e participativo de sua família.
Aproveitando-se da casa cheia, ela evitou ficar sozinha em sua companhia ao longo de todo o dia, desde o desjejum até o momento das despe¬didas. Depois do jantar, todos se abraçaram uns aos outros e rumaram para seus veículos. Maite se comprometeu a encontrá-los no dia seguinte, antes de irem para a corte.
Já eram mais de sete da noite quando acomo¬daram Gio em sua cadeirinha, no banco traseiro do carro de Poncho. O cansaço das atividades na¬talinas era tão grande que a menina adormeceu assim que foi colocada ali.
Assim que se colocaram a caminho do condo¬mínio onde moravam, ele a ouviu dizer:
- Sua família é incrível. Jamais esquecerei este Natal.
Sem perceber, ele estendeu o braço e acariciou os cabelos dela.
- Sim, ouvi o que disse à minha mãe.
Saber que estava sozinho com ela outra vez, exceto pela presença do bebé, o fez sentir-se agitado. O interior do carro parecia quente demais, apesar de estar quase nevando.
Ao parar em um semáforo, olhou para o lado e flagrou Annie observando-o. Desconcertada, ela vi¬rou o rosto e fingiu interesse na calçada vazia. Foi impossível conter o sorriso que se formou em seus lábios, mas aquilo não o fez sentir-se menos tenso e desconfortável. Pela milésima vez, culpou a pequena caixa aveludada em seu bolso pelo modo como sua calça jeans o estava incomodando.
Quando voltou a colocar o carro em movimento, acelerou mais do que o habitual, precisando se conter em seguida. Estava ansioso para colocar seu plano em andamento.
Annie sorriu de maneira insegura para Poncho no momento em que pararam em frente ao prédio, pouco tempo depois.
- Leve Gio que eu descarrego o carro - su¬geriu ele.
Ela estava sentada no sofá, embalando o sono de Gio, quando a tarefa dele acabou.
- Obrigada.
- E agora? - perguntou Poncho.
- Vá para casa.
- Está pensando que será tão fácil assim se livrar de mim?
- Eu não disse que seria fácil.
O tom de Poncho ficou mais grave e sério.
- Quer mesmo ficar sozinha esta noite?
Olhando para o bebé em seus braços, Annie sentiu um aperto no peito.
- Não, acho que não. Oh, Poncho, toda vez que penso no que pode acontecer amanhã eu fico apavorada.
Ele se aproximou e tocou-lhe os lábios com o indicador, silenciando-a, para então pegar o bebé no colo.
- Já que Gio dormiu, vou colocá-la no seu quarto.
Quando retornou, pegou-a pela mão e a fez ficar de pé.
- O que vai...
- Calma, deixe-me abraçá-la. Pode ser que aju¬de a espantar o temor que está sentindo.
Aconchegando-se contra aquele peito másculo, Annie se sentiu mais do que protegida. Contudo, nunca se sentira tão alerta da proximidade dele. Precisava manter sua mente ocupada.
- O que faremos se não conseguirmos a au¬diência de emergência com um juiz moderado?
- Não se preocupe com isso. Não importa quem esteja no tribunal amanhã, cuidando da vara de família, garanto que já lidou com Maite ou no mínimo, com algum Herrera. Isso não garantirá privilégios, mas nos dará a oportuni¬dade de conversarmos entre nós e adaptarmos nossas estratégias.
- Hum... e a que horas acha que será a audiência?
- Com certeza, depois do meio-dia. Provavel¬mente entre uma e duas da tarde. Que diferença isso faz.
- Preciso de tempo para conversar com a diretoria daquele hotel que havia me oferecido um emprego. Vou aceitar a oferta, se a vaga ainda estiver em aberto. Isso não aumentaria minhas chances?
Ele afastou o rosto para poder encará-la.
- E isso o que quer fazer, mesmo que a chamem de volta em seu antigo serviço?
- Já pensei muito no assunto. O que eu mais gostava no meu trabalho era o fato de ele preen¬cher todo meu tempo livre. Se conseguir a custódia de Gio, acho que não precisarei mais disso, não é? - indagou ela.
- Bebés não costumam deixar nenhum tempo livre para os adultos que estiverem por perto. Além disso, um emprego estável, sem muitas via¬gens iria eliminar muitos dos pontos negativos de sua apresentação para o juiz.
Poncho a envolveu nos braços com firmeza por mais um longo período de tempo antes de voltar a falar:
- O que a convenceu de que não poderia ter filhos, Annie?
Ela hesitou um instante.
- Bem, quando eu tinha quinze anos, sofri uma infecção...
- Não estou falando do aspecto biológico - interrompeu ele, de maneira quase impaciente. - Quero dizer, por que descartou a ideia de adoção? Está claro que jamais pensara nisso an¬tes, mas agora quer ficar com Gio de qualquer maneira.
- Isso é diferente.
- Por quê? Você acha que não amaria o filho de outra pessoa tanto quanto um que gerasse em seu próprio ventre?
- Não consigo imaginar que seria possível amar Gio ainda mais, mesmo que fosse minha filha legítima.
- O fato de não poder ter filhos tem alguma relação com sua decisão de não se casar? - ques¬tionou Poncho. - E por isso que não quer formar relacionamentos mais íntimos?
Annie balançou a cabeça negativamente, com des¬crença. Ele parecia capaz de se lembrar de tudo o que lhe dissera.
- Não é isso...
- Nesse caso, por que não se permite fazê-lo? A infertilidade é apenas a barreira que você coloca diante de todos que se aproximam de¬mais? É assim que tem evitado relacionamen¬tos sérios?
Uma atmosfera de mágoa preencheu o ambien¬te. Ela afastou o rosto do ombro dele para enca¬rá-lo. Quando pensou ver piedade nos olhos dele, soltou-se daqueles braços fortes.
- Isso se chama honestidade, Poncho. Além disso, pensei que tivéssemos concordado em não falar sobre isso.
- Eu não concordei com nada - falou ele, pu-xando-a de volta para seus braços.
- Poncho...
Ele a silenciou com um beijo. Mesmo não es¬tando sendo beijada à força, Annie não foi capaz de escapar daquele contato provocante. Aos poucos, foi ficando difícil pensar, conforme os lábios quentes de Poncho provocavam os seus.
- Como seu advogado, eu não poderia fazer isso - murmurou ele, antes de tornar o contato ainda mais íntimo e eletrizante. - Deixei de ser seu advogado para tê-la e você me vem com uma desculpa dessas?
Mesmo fraquejando, Annie se lembrou de que ele queria filhos, então conseguiu reassumir o auto¬controle por tempo suficiente para afastar o rosto do dele.
- Poncho, eu não...
Outro beijo a silenciou, fazendo-a esquecer no que havia pensado. Mas ele próprio a lembrou:
- O que foi, Annie? Está querendo me dizer que não pode ter filhos? Por acaso, isso deveria me fazer correr na direção oposta? Era esse o plano?
- Sim. - Reunindo toda força que lhe restava, ela se afastou. - Você quer uma vida estável e uma família, Alfonso. Estou errada em querer que alcance seu desejo?
- Tem razão. Quero tudo isso, assim como que¬ro você.
Ouvindo a mágoa na voz dele, Annie não conse¬guiu encará-lo.
- Mas, isso é impossível.
- Achou mesmo que, quando eu soubesse dos fatos, meu interesse em nosso relacionamento diminuiria?
- Mas não existe a menor possibilidade de isso continuar. Isso é o que importa.
- Oh! - caçoou ele. - Mas parece que a "revelação" de ontem de manhã apenas aumentou as possibilidades de que haja algo entre nós. - A voz dele assumiu um tom amargo. - Podemos ter muito mais diversão sem corrermos risco nenhum.
- Não.
Alfonso segurou as mãos dela nas suas, fitando-a nos olhos.
- Eu quero você. Não venha me dizer que não está interessada, pois não acreditarei. Case-se comigo.
Aquelas palavras finais a pegaram despreveni¬da. Jamais esperara ouvi-las.
- Case-se comigo, Anahí - prosseguiu ele. - Assim nós dois poderemos ter o que queremos.
- Pare de dizer isso!
- Será que não mereço nem ao menos a cortesia de uma resposta?
- Você está mesmo falando sério! - protestou ela, sentindo-se atordoada. - Acha que devemos mesmo falar em casamento?
- Falar? Não. Acho que devemos nos casar de uma vez.
Só então lhe ocorreu que Poncho não falara nada a respeito de sentimentos, mas apenas de desejo. Talvez aquela fosse apenas uma proposta de troca de benefícios: ambos satisfariam seus anseios e ela ainda teria mais chances de conseguir a cus¬tódia do bebé.
- Por causa de Gio? - indagou Annie, arrega¬lando os olhos.
A pergunta o levou a hesitar.
- Eu quero poder cuidar dela também - admitiu ele, deixando transparecer uma forte emoção.
- Oh, Poncho, não pensei em mais ninguém além de mim mesma. Nem mesmo me preocupei em como você estaria se sentindo.
- Sim, eu percebi - murmurou Alfonso, beijando a ponta do nariz dela.
- Você já discutiu essa opção com seu pai e com Maite? Sei que está querendo fazer o que é melhor, eliminando pontos negativos, mas não espero nenhum sacrifício pessoal de sua parte.
- E isso mesmo o que pensa? Pois não estou me oferecendo em sacrifício.
- O que você poderia ganhar?
- Uma esposa. - A expressão dele ficou séria. - E uma filha.
- Permanentemente?
A questão pareceu incomodá-lo.
- Por acaso já ouviu falar de alguém que con¬sidere casamento como algo temporário?
- Você não está encarando isso como uma de nossas opções para melhorar minha condição diante da corte?
De alguma maneira, aquelas palavras parece¬ram ofendê-lo ainda mais, levando-o a assumir uma postura sarcástica.
- Não creio que mudar de esposa a cada dois ou três anos venha a aumentar minhas chances de ser indicado para o cargo de juiz da Suprema Corte.
- Oh, claro. Entendi. Está achando que eu e Giovanna podemos ajudar a melhorar sua imagem, as¬sim como aquela casa enorme que construiu - declarou ela, com ironia.
- Mas que droga, Anahí! - esbravejou ele, fitando-a com mais calma em seguida - Oh, Annie, Annie.
Como ele podia parecer tão magoado e ofendido naquele instante, se não se passara mais do que alguns segundos, desde que demonstrara tanto carinho? Mas isso não importava. Era bom que o humor dele houvesse mudado, pois tornava mais fácil sua tarefa de rejeitá-lo. Assim não pre¬cisaria pensar em como gostava de ficar nos bra¬ços dele.
- Sabe o que me incomoda tanto? - perguntou Alfonso.
- Não faço a menor ideia.
- O fato de sempre se subestimar tanto, Annie. Em algum momento de sua vida, você decidiu que se não esperar muito das pessoas, não poderá ficar desapontada. Assim não precisa se arriscar com nada nem por ninguém.
- Não se pode perder o que nunca se teve - falou ela. - É isso o que venho tentando lhe dizer. E impossível que alguém se magoe com uma perda se não tiver nada. E estou pensando também em seus anseios quando digo isso.
- Quanta nobreza. Então está tentando me proteger?
Annie franziu o cenho, balançando a cabeça negativamente.
- Estou protegendo a mim mesma. É verdade. Não quero me arriscar a me envolver com você.
- Então está preocupada apenas consigo mesma?
- Não. Sim. Oh, eu não sei!
- Sua preocupação engloba o bem estar de Giovanna, também?
Ela ficou paralisada. O ambiente pareceu ficar frio de repente. Diante do silêncio dela, Alfonso prosseguiu:
- Por acaso a quer tanto assim apenas por se tratar de sua única oportunidade de ser mãe?
Ao sentir as pernas fraquejando, ela precisou ir até o sofá e se sentar. Trémula, respondeu sem encará-lo:
- Oh, Deus. Isso não tem nada a ver com meu desejo em adotar Gio. Nem mesmo pensei no fato de não poder ter filhos até que...
Surpresa, Anahí se calou.
Estivera prestes a dizer que havia se apaixo¬nado por ele. A verdade a atordoou. Não havia como negar que estava mesmo apaixonada, a des¬peito de todos seus esforços para que isso não acontecesse.
- "Até que", o quê?
Lançando mão de todos os anos de prática em ocultar seus sentimentos, ela fez a expressão mais neutra que conseguiu.
- Até que você me beijou. Só então percebi que havia "algo" acontecendo entre nós.
- Algo?
- Claro. Nada mais justo do que alertá-lo antes de irmos longe demais.
- Oh, avisar-me é o mesmo que se eximir das responsabilidades.
- Não sei. Talvez devêssemos ter um caso para satisfazer nossa curiosidade e nos livrarmos dessa atração. Isso só pode ser uma ilusão. Talvez, se formos para a cama e tivermos uma relação sexual...
- O que eu quero é fazer amor com você - interrompeu ele, em tom irritadiço, mas com os olhos brilhando de paixão. - Mas, de acordo com sua intenção de me proteger, isso não seria ainda pior?
Quando ele usou a expressão "fazer amor" no lugar de "relação sexual", Annie percebeu que havia perdido o controle da situação. Ficou então em silêncio, sem conseguir pensar com clareza.
Alfonso cruzou os braços sobre o peito.
- Além disso, um mero caso não aumentaria suas chances de conseguir adotar Gio.
- Poncho, eu não poderia fazer isso. Seria o mes¬mo que trapaceá-lo!
Ele fez uma careta.
- Por que não me deixa julgar isso por conta própria?
- Deveríamos esperar até que eu consiga a custódia do bebé - sugeriu Annie, de maneira au¬sente, já incapaz de concatenar os pensamentos. - Se tudo der certo, talvez eu não tenha a im¬pressão de estar...
- Trapaceando? - completou ele, assumindo uma postura agressiva, mas com um ar de total decepção.
Ela não podia suportar mais aquilo. Era hora de acabar com aquela conversa, mesmo que tives¬se de usar o mais baixo dos recursos: o ataque.
-Sabe qual é o seu problema? Você espera demais das pessoas. Aposto que nunca deixou de ter algo que tenha desejado. Pois tenho uma no¬vidade para lhe contar: este é o mundo real, meu caro. Melhor uma pequena mágoa hoje do que uma catástrofe no futuro!
Ao acabar de falar, Annie saiu da sala e se fechou no quarto. Poncho não tentou impedi-la.



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Autor(a): Sophi

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CAPITULO X Fechada dentro do quarto, Annie ficou ouvindo Poncho andar de um lado para o outro por mais de dez minutos. Se ficasse mais um pouco perto dele, acabaria cedendo àquele es¬quema insano e talvez até aceitasse se casar. O problema seria quando ele se cansasse dela e qui¬sesse encontrar uma esposa de verdade, capaz de lhe dar filhos. Era melhor ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 220



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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:29

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:28

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:27

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:26

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:25

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:24

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:05

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  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:04

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