Fanfics Brasil - capitulo 12 (penúltimo) Entrega especial (FINALIZADA)

Fanfic: Entrega especial (FINALIZADA) | Tema: AyA


Capítulo: capitulo 12 (penúltimo)

20 visualizações Denunciar


CAPITULO X


Fechada dentro do quarto, Annie ficou ouvindo Poncho andar de um lado para o outro por mais de dez minutos. Se ficasse mais um pouco perto dele, acabaria cedendo àquele es¬quema insano e talvez até aceitasse se casar. O problema seria quando ele se cansasse dela e qui¬sesse encontrar uma esposa de verdade, capaz de lhe dar filhos. Era melhor assim.
Ouviu-o então se aproximar da porta e bater com suavidade, dizendo:
- Estou indo embora. Ligarei pela manhã, as¬sim que Mai me telefonar.
Demorou mais um pouco para que Alfonso saís¬se. Só então, quando teve certeza de que estava sozinha, deixou que as lágrimas fossem acom¬panhadas pelo choro que ela vinha tentando conter.
A madrugada passou devagar e o sono só con¬seguiu envolvê-la por volta das quatro da madru¬gada, depois de ela haver trocado e alimentado Gio mais duas vezes.
Em torno das oito e quinze da manhã, quando Mai lhe telefonou avisando que a audiência seria antes do almoço, às onze horas, Annie já es¬tava desperta e arrumada.
Foi impossível não estremecer quando Poncho foi apanhá-la em casa, mas a postura dele foi a mais profissional que ela já o vira assumir. Contudo, não se olharam nenhuma vez ao longo de todo o percurso. Alfonso estava agindo como um desconhecido.
No saguão dos elevadores, dentro do prédio do tribunal, ele perguntou:
- Está nervosa?
Não havia o menor indício de sorriso naqueles lábios.
- Poncho? - falou Annie, sustentando o olhar dele pela primeira vez, desde que se encontraram. - Sinto muito pela noite passada. Sei que só estava tentando ajudar.
Ele apertou os lábios e passou a fitar a porta do elevador.
Quando encontraram Mai no local combi¬nado, foi uma surpresa encontrar todos os Herrera a esperá-la, incluindo Helena, que se adiantou e disse:
- Até que enfim vocês chegaram. Todos estão à sua espera. Ricardo achou que se as "águias da justiça" estivessem presentes, isso ajudaria a im¬pressionar o juiz.
- Oh, obrigada.
Todos se acomodaram e a "batalha" começou. Mai fez uma excelente exposição. Tudo estava acon¬tecendo conforme o previsto, até mesmo quando o olhar do juiz pousou sobre Annie, que carregava o bebé nos braços. As perguntas que lhe foram feitas haviam sido antecipadas e treinadas, exceto uma.
- Srta. Portilla, há algum motivo para acre¬ditar que a mãe desta criança a escolheu? O bebé foi deixado à sua porta por uma razão específica?
- Foi o que pensei a princípio - admitiu ela.
- Uma parente, talvez? Uma amiga que con¬fiaria exclusivamente em você?
- Não consigo imaginar quem poderia ser, Meritíssimo.
- Nenhuma razão específica?
- Não.
- Nesse caso, por que não notificou as autori¬dades de imediato?
Lembrando-se do que Maite lhe instruíra, Annie respondeu o que era esperado. Depois de uma interminável série de perguntas, o martelo do juiz bateu contra o suporte em sua mesa.
- O pedido de guarda foi negado.
A realidade pesou no coração dela quando a sentença foi dada. Paralisada em seu lugar, Annie não conseguia pensar em nada, exceto fitar Gio, que dormia em seus braços. Não valia a pena ten¬tar conter as lágrimas.
Os Herreras a cercaram e a consolaram. Poncho abraçou a ambas e esperou até que a crise de choro acabasse antes de falar:
- Há outras coisas que podemos fazer. Vamos recorrer, assim que o prazo estipulado o permitir.
- Claro - falou Maite, que já havia pedido desculpas diversas vezes. - Dentro de seis se¬manas o juiz poderá rever sua decisão. E o prazo para que Annie se adapte às normas do Estado para ser uma tutora legal.
Poncho levou Annie e Gio para casa, mas nada disse, exceto explicar que uma oficial da vara de menores iria buscar a menina e seus pertences naquela mesma tarde.
- O que posso fazer para ajudar? - indagou ele, parado à porta do apartamento dela.
- Apenas fique aqui.
- Sim, claro.
Juntos, arrumaram todas as coisas do bebé den¬tro de três caixas, o que demorou algum tempo. Depois de uns quinze minutos, ele perguntou:
- E agora?
- Não sei. Se quiser ir embora, fique à vontade para partir.
- Não, a menos que seja o que você quer que eu faça.
Depois de um instante de hesitação, Annie murmurou:
- Fique.
- Obrigado.
O timbre emocionado da voz dele a surpreendeu.
Sentando-se no sofá, com Gio nos braços, ela ficou em silêncio, desfrutando do companheirismo dele enquanto se despedia do bebé.
Estava prestes a perder as duas coisas que mais amava em toda sua vida. No momento em que a menina fosse levada embora, Poncho também par¬tiria para sempre.
Quando a campainha tocou, ambos se entreo¬lharam com tristeza. Ele se recobrou primeiro do momento de tensão e se levantou.
- Vou atender.
Abraçando Gio com todo o carinho, Annie fechou os olhos e sentiu o calor dela pela última vez, murmurando:
- É isso, querida, o sonho acabou. Seja forte e não sofra, amorzinho.
- Annie? - chamou ele, em tom suave, fazendo-a voltar à realidade.
Com certa relutância, entregou a menina para a oficial que veio buscá-la. Quando a viu partir, sentiu-se grata por ser abraçada por Alfonso, pois teve a impressão que tudo havia perdido o sentido. O contato entre seus corpos e o carinho dele a mantiveram sã naquele momento insano.
Só então ela se lembrou da noite anterior e per¬cebeu o erro que estava cometendo ao aceitar aquela carícia. Afastando-se, disse:
- Esse foi o momento mais difícil de minha vida.
- Imagino.
Annie se esforçou para sorrir.
- Acho que seu apoio agora foi um pouco além de suas obrigações. Lembre-se de mandar alguém de seu escritório mandar a conta dos honorários extraordinários.
O olhar de Poncho mudou de imediato. O desco¬nhecido que a buscara de manhã havia retornado.
- Estou certo de que Maite entrará em contato.
- Otimo.
- Então, acho que não precisa mais de mim.
O coração dela protestou. Como poderia fingir que não sentia nada por ele? Queria o outro Poncho de volta. O amigo carinhoso e dedicado por quem se apaixonara.
- Será que poderíamos... Quero dizer...
- Eu seria um péssimo prémio de consolação - interrompeu ele.
Depois de hesitar, Annie abaixou o rosto e cruzou os braços sobre o peito.
- Claro. Acho que nos veremos por aí, não é?
Depois de balançar a cabeça afirmativamente, ele saiu de seu apartamento e de sua vida.
Ao longo das três semanas seguintes, Annie ficou em contato constante com o serviço de assistência social para conseguir receber relatórios diários da condição de Kris. Verónica ligou algumas vezes, assim como Maite, para tratar a respeito do preparo do recurso que apresentariam ao juiz, em poucas semanas.
Tanto o curso de Assistente Social do Estado, que ela estava frequentando todas as noites, quanto seu novo emprego seriam mais dois pontos importantes para mudar a opinião do juiz a seu respeito.
Mas nutrira a esperança de que as aulas tam¬bém a ajudassem a esquecer Poncho, o que parecia impossível. Contudo, o pânico só a dominou no meio de janeiro, quando viu um caminhão de mu¬danças deixando o condomínio, no momento em que chegava das compras de sábado.
Com certeza, a casa dele havia ficado pronta. Nunca mais iria vê-lo. Deus, não poderia terminar daquele jeito.
Sem se dar tempo para pensar, correu para den¬tro do prédio deixando as compras dentro do carro. Depois de bater à porta do apartamento dele pela terceira vez, um dos trabalhadores da companhia de mudanças a atendeu e informou que ele já havia preparado tudo e partido, e que os esperaria na casa nova.
Virando-se, decidiu tentar encontrar a casa onde estivera uma única vez. Ligando para Ve¬rónica enquanto rumava para o novo bairro nobre da cidade, confirmou o endereço dele. Não pensou que seria possível ficar tão nervosa e dirigir ao mesmo tempo.
O coração de Poncho quase parou no momento em que contornou a esquina da rua de sua nova casa e avistou o Mustang preto parado em frente a sua garagem. Conhecia muito bem aquele veículo, pois gastara muito tempo observando-o entrar e sair do condomínio naquelas três últimas semanas.
Antes de estacionar seu seda, precisou respirar fundo e se esforçar para interpretar seu papel de "homem de ferro". Ao desembarcar e caminhar na direção da porta do carro dé Annie, ensaiou seu sorriso mais profissional.
Ela estava fantástica, mesmo que com um pouco de olheiras.
- Que prazer encontrá-la aqui - disse Poncho, em tom casual, ao vê-la abrir a porta e sair do veículo.
Mas ela não disse nada.
- O que foi? Ouviu a respeito de minha mu¬dança e veio dizer adeus?
- Achei que seria justo que eu visse sua casa à luz do dia, agora que ficou pronta.
- Nesse caso, vou abrir a porta da garagem para que possamos entrar.
Ele foi até seu seda e apertou o botão do controle remoto no painel.
- Quer que eu tire meu carro do caminho para que possa entrar com o seu?
- Não é necessário. Posso guardá-lo depois que você for embora.
Não foi fácil dizer aquilo e parecer neutro, já que preferiria que ela jamais partisse. Contudo, esforçara-se demais para tentar esquecê-la ao lon¬go daquelas três semanas. Mesmo não tendo re¬sultados positivos em sua tentativa, não pretendia se envolver ainda mais, cometendo o erro de ali¬mentar falsas esperanças.
Ela o seguiu até dentro da garagem.
- Está tudo bem? Teve notícias de Gio?
O sorriso dela foi sincero e lindíssimo.
- Acho que vou conseguir a custódia do bebé, cedo ou tarde.
- Isso é ótimo, Annie. - Ele fez uma pausa. - Mas é melhor começarmos logo, pois o caminhão da mudança logo chegará, assim como Maite e minha mãe, que prometeram me ajudar.
- Poncho?
Algo na voz dela o ver relutar em se virar.
- Poncho, será que podemos ter aquela conversa outra vez?
Cerrando os punhos e cruzando os braços sobre o peito, ele a encarou.
- Qual?
- Aquela, onde em que você falou "case-se co¬migo" e eu respondi...
- Por quê, Annie? O que está acontecendo?
- Essa é a questão-chave. Eu deveria ter per¬guntado "Por quê?", em vez de dizer qualquer ou¬tra coisa.
- Você mandou que eu parasse de insistir.
- Mas eu mudei de ideia. Quero que peça mais uma vez, para que eu possa perguntar "Por quê?", entendeu?
- Isso faz alguma diferença?
- Muita.
- Por quê? - indagou ele.
- Ei, essa é minha linha de interrogatório, lem-bra-se? Mas, tudo bem. É porque eu te amo, Poncho, e tenho a esperança de que me você também me ame.
- O quê?
Parecia impossível acreditar no que estava ouvindo.
- E se ainda acha que vale a pena se casar comigo, quero ter a oportunidade de responder novamente, só que de outra maneira.
A esperança em seu peito insistia em renascer com toda força, mas precisava ficar contida até que aquilo tudo ficasse bem claro. Não era justo que se magoasse tanto outra vez.
- Incomoda-se em me contar o que a levou a essa conclusão? - exigiu Poncho.
O sorriso dela pareceu se iluminar enquanto seus olhos se encheram de lágrimas.
- Onde mais eu encontraria alguém disposto a me oferecer tanto a despeito de meus defeitos?
Ele não pôde mais resistir, mostrando então um sorriso sincero. Ao abrir os braços, Annie se apro¬ximou e se aninhou entre eles, abraçando-o.
- Que defeitos?
- Oh, Poncho me ama?
- Claro que amo, querida. E apesar de não ter achado os "defeitos" que você está falando, quero que saiba que meu amor por você é incondicional.
O beijo que compartilharam naquele momento foi o mais carinhoso e apaixonado que jamais ha¬via experimentado. Em seu corarão, ecoava a cer¬teza de que seria o homem mais feliz do mundo ao lado dela.
- E aquela proposta? - disse Annie depois de um longo momento de carícias.
- Eu te amo, querida, mais do que imaginei ser possível. Quer se casar comigo?
- Quando?
- Amanhã - falou ele, sorrindo com satisfação ao ver os olhos dela brilharem ainda mais.
- Poncho!
- Não quero correr nenhum risco. Amanhã está ótimo.
- Sim, meu amor, mas hoje seria ainda melhor...


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Sophi

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Jl:desculpa a demora!!! ja to postando ai o finallll obrigada por estarem comigo meniasssssssssssssssssssssss *_*       EPILOGO Véspera de Natal, um ano depoisPoncho suspirou quando Annie deitou-se ao lado dele, na cama.- Como está o bebé?- Dormindo feito um anjinho - respondeu ela, aninhando-se nos braços do marido.Os flocos ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 220



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:29

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:28

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:27

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:26

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:25

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 16:30:24

    AAAAAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* Adorei o final *-* gracias por postar =]]

  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?

  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:06

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?

  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:05

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?

  • jl Postado em 01/02/2012 - 09:07:04

    Dá pra postar o ultimo capitulo logo ¬¬?


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais