Fanfic: •■•Um Reino de Sonhos•■• D&C
Depois do jantar, sentado ao lado de Dulce, com o braço ao redor das costas dela, Christopher contemplou com expressão pensativa como Dulce deslumbrava deliberadamente os quatro cavalheiros que ainda permaneciam sentados à mesa. Parecia-lhe surpreendente que Eustace, Godfrey e Lionel permanecessem durante tanto tempo após a sobremesa. Por um lado, Dulce oferecia um aspecto deslumbrante, com um vestido de veludo azul céu guarnecido de cetim cor creme. Por outro lado, já durante o jantar, Dulce começou a mostrar-se animada, afável e alegre, e agora todos eram testemunhas de um traço de seu caráter que inclusive era novo para Christopher. Contou divertidas histórias sobre sua vida na abadia, e sobre a abadessa francesa que insistia, entre outras coisas, que Dulce e Angel aprendessem a falar sem seu acento escocês.
Propôs-se deliberadamente a seduzir os presentes e, enquanto Christopher não parava de girar pensativamente a prateada taça de vinho entre os dedos, foi esse mesmo esforço o que o divertiu e lhe exasperou ao mesmo tempo.
Dulce tinha transformado um jantar que se anunciava aborrecido, entre outras coisas porque incluía cordeiro assado, pato e pardais, assim como bandejas de um gordurento cozido e empanados de algo que o fez pensar em papa. Certamente, refletiu ele com asco, a comida de Hardin apenas era melhor do que as que comiam no campo de batalha.
Se Dulce não tivesse decidido mostrar-se tão encantadora, seus cavalheiros teriam comido apenas o suficiente para encher o estômago, e logo teriam se retirado sem perda de tempo. Mas Christopher sentiu que o que ela pretendia era atrasar o quanto possível o momento em que tivesse que subir para o quarto com ele.
Dulce disse algo que fez Godfrey, Lionel e Eustace sorrirem com vontade, e o conde olhou casualmente para a esquerda, onde se sentava Arik. Observou estranhando que este era o único dos presentes que não tinha sucumbido ao feitiço de Dulce. Com a cadeira apoiada contra o muro, equilibrada sobre suas pernas traseiras, Arik observava Dulce com expressão de receio e desaprovação, indicando com sua atitude distante que não se deixava enganar pela complacência da moça e que não acreditava que pudesse confiar nela nem por um instante.
Durante a última hora, Christopher tinha estado disposto a tolerar as artimanhas de Dul, a desfrutar de sua companhia e a saborear a expectativa do que chegaria depois. Agora, entretanto, desejava começar a ação.
-Christopher - disse Godfrey, sem deixar de rir, - não é verdade que foi divertida a história que Lady Dulce acaba de nos contar?
-Muito - respondeu Christopher. Em vez de ficar bruscamente de pé e dar por concluída a conversa, escolheu um método mais sutil. Dirigiu a Godfrey um olhar que inequivocamente indicava que o jantar tinha acabado.
Muito ocupada com suas próprias preocupações para observar o sutil intercâmbio de olhares, Dul se voltou para Christopher com um amplo sorriso, ao mesmo tempo em que procurava apressadamente um novo assunto para manter a todos entretidos. Mas antes que pudesse dizer algo todos os cavalheiros se levantaram, desejaram-lhe boa noite e levaram as cadeiras para junto ao fogo.
-Não lhe parece um tanto estranho que se foram de maneira tão brusca?
-Teria me parecido muito mais estranho se ficassem.
-Por quê?
-Porque eu disse para que partissem.
Christopher também se levantou e chegou o momento que Dul, mais tinha temido durante o dia. Comprovou ali mesmo, quando ele a olhou fixamente e estendeu a mão para ela lhe indicando que também se levantasse. Ao fazer, ela notou que os joelhos tremiam. Receosa, afastou a mão com gesto sério.
-Eu... não o ouvi dizer que partissem - exclamou.
-Fui muito discreto.
Já lá em acima, ele se deteve na habitação contígua a de Dul e abriu a porta para que ela entrasse primeiro.
A diferença do pequeno e espartano quarto de Dul, e a ampla estadia em que se encontrava agora era enorme, este era muito mais espaçoso e estava ricamente mobiliado. Além da grande cama com baldaquino, havia quatro cadeiras, várias arcas e ornamentados candelabros de bronze. Tapeçarias penduradas nas paredes, e até havia uma grosa esteira diante da grande lareira em que já ardia um fogo que esquentava e iluminava o quarto. A luz da lua penetrava por uma janela, do outro lado da cama havia uma pequena porta que conduzia ao que parecia ser um pequeno balcão.
Dul ouviu que a porta se fechava as suas costas e o coração começou a bater com força. Decidida a fazer algo que atrasasse o que ele tinha a intenção de fazer, Dul se sentou na cadeira mais afastada da cama e cruzou as mãos sobre seu colo. Depois de escolher um tema que com toda segurança lhe interessaria, sorriu e começou a bombardeá-lo de perguntas.
-Ouvi dizer que nunca foi derrubado de seu cavalo em combate - disse, inclinada ligeiramente em sua cadeira, em uma atitude de encantador interesse.
Mas em vez de começar a falar de suas façanhas, como fizeram seus cavalheiros durante o jantar, o conde de Claymore se sentou em frente a ela, cruzou as pernas, reclinou-se em sua cadeira e a contemplou em silêncio.
No momento em que ela retirou a mão quando Christopher tentou ajudá-la a ficar em pé, no salão, Dul experimentava a incômoda sensação de que ele sabia que ela só esperava por um milagre que lhe impedisse de cumprir com sua parte no acordo, e ele não se sentia contente com sua atitude. Dul abriu muito os olhos e redobrou os esforços por manter a conversa.
-É verdade? -perguntou alegremente.
-A que se refere? -replicou ele com fria indiferença.
-É verdade que nunca foi derrubado de seu cavalo em combate?
-Não.
-Sério? -exclamou ela. -Então..., quantas vezes aconteceram?
-Duas.
-Duas vezes! -Vinte vezes teria lhe parecido uma cifra pequena, e não pôde evitar sentir pânico pelos homens de seu clã que não demorariam em enfrentá-lo. -Compreendo. É estranho, tendo em conta as muitas batalhas em que deve ter participado durante todos estes anos. Em quantas batalhas participou?
-Não me dedico a contá-las, Dulce.
-Provavelmente devia fazer. Já sei! Pode me enumerar cada uma delas e eu contarei - sugeriu ao mesmo tempo em que a sobriedade do conde fazia com que se sentisse cada vez mais nervosa. -Quer que façamos agora?
-Não creio
Dul engoliu saliva com dificuldade ao compreender que o tempo acabava e que nenhum anjo misericordioso apareceria pela janela para libertá-la de seu destino.
-O que me diz... dos torneios? Foi derrubado em algum deles?
-Nunca participei de um torneio.
Assombrada até ao ponto de esquecer momentaneamente suas próprias preocupações, Dul perguntou com verdadeira surpresa:
-Por que não? Por acaso não existem muitos compatriotas que desejariam medir suas forças com você? Não o desafiaram?
-Sim.
-E não aceitou?
-Eu não luto nos torneios e sim nos campos de batalha. Os torneios não são mais que um jogo.
-Sim, mas não lhe parece que..., bom, que as pessoas poderia pensar que é a covardia o que o induz a se negar? Ou que provavelmente não é um cavalheiro tão capacitado como se diz por ai?
-É possível. Agora me permita lhe fazer uma pergunta - interrompeu-a ele com suavidade. -É possível que sua repentina preocupação por minhas façanhas em combate e por minha reputação como cavalheiro tenha algo a ver com o trato que fizemos, e cujo cumprimento está tentando agora evitar?
Em vez de mentir, como Christopher esperava que fizesse, ela o surpreendeu ao responder em tom de impotência:
-Asseguro-lhe que jamais estive tão assustada como agora.
De repente, Christopher esqueceu seu aborrecimento pelas intenções de Dulce de postergar o momento. Olhou-a e se deu conta de que estava esperando que uma jovem inocente e encantadora como ela aceitasse o que ia acontecer como teria feito uma das experientes cortesãs com as quais ele se deitou na corte.
Levantou-se, estendeu a mão para ela e sussurrou:
-Venha aqui, Dulce.
Dul ficou de pé e se aproximou dele com passos vacilantes. Tentava tranqüilizar sua consciência repetindo para si que o ato que se dispunha a cometer não era pecaminoso nem traiçoeiro, que se sacrificava para salvar sua irmã, e que era um gesto nobre de sua parte, inclusive virtuoso. De certo modo, aceitava o martírio do mesmo modo que Joana d'Arc tinha feito.
Tentado controlar seu tremor, posou sua gélida mão sobre a cálida palma de Christopher e observou que aqueles dedos longos e bronzeados se fechavam ao redor dos seus, o que a fez experimentar uma estranha sensação de segurança.
Mas quando os braços de Christopher a rodearam para atraí-la para seu corpo duro e musculoso, e aqueles lábios ligeiramente abertos tocaram os seus, a consciência de Dul ficou repentinamente em silêncio. Foi um beijo diferente de todos os que ele tinha lhe dado, pois agora era o prelúdio de algo mais; foi um beijo contido, de apetite pagão. A língua de Christopher deslizou através de seus lábios, obrigando-os a se abrirem, insistentes e, assim que consegui, lançou-se para o interior de sua boca. As mãos de Christopher se moveram inquietas e possessivas deslizaram por suas costas e seus seios e a apertaram com força contra suas duras coxas, e Dulce sentiu que caía lentamente para um abismo de sensualidade e paixão embriagadoras. Com um gemido silencioso de impotente rendição, Dul jogou os braços em seu pescoço e se agarrou a ele.
Mesmo que achando a beira da inconsciência, notou que seu vestido caía ao chão, e logo o roçar das palmas das mãos de Christopher sobre seus seios e o repentino aumento de ardor em cada um de seus penetrantes beijos. Os braços que a rodeavam como aço a levantaram do chão, e levaram-na até a cama e a depositou suavemente sobre os frios lençóis. De repente, o calor, a segurança de seus braços, de seu corpo e de seus beijos pareceu se afastar.
Da sonhadora neblina em que tinha procurado deliberadamente refugio diante da realidade do que ia acontecer, Dul retornou lentamente à superfície, notou o ar frio que tocava sua pele e, contra sua vontade, abriu os olhos. Christopher estava de pé ao lado da cama. Tirava a roupa, e um tremor de alarmada admiração percorreu o corpo de Dul. À luz do luar, a pele de Christopher parecia de bronze, e os fortes músculos de seus braços, ombros e coxas se esticaram quando começou a tirar os calções. Dul observou então que era um homem esplêndido, magnífico. Envergonhada pelo sentimento de admiração que a embargou a pesar do temor que experimentava, voltou rapidamente à cabeça e se cobriu parcialmente com o lençol, enquanto ele ficava completamente nu diante dela.
A cama se afundou sob o peso de Christopher, e Dul, que não se atrevia a olhá-lo, desejou que a tomasse entre seus braços e a possuísse rapidamente, antes que recobrasse a consciência da cruel realidade.
Mas Christopher não tinha tanta pressa. Estendeu-se a seu lado, roçou-lhe a orelha com um ligeiro beijo e afastou os lençóis para o lado. Ao contemplar seu corpo nu conteve a respiração. Dul não pôde evitar ficar ruborizada enquanto ele admirava a deliciosa perfeição de seus seios, rematados pelos rosados mamilos, sua estreita cintura, seus quadris suavemente torneados e suas longas pernas torneadas. Sem sequer pensar, expressou seus pensamentos em voz alta.
-Tem idéia de quanto é linda? -sussurrou ao mesmo tempo em que seu olhar ia lentamente até o rosto encantador da moça e percorria a emaranhada cabeleira avermelhada luxuriosamente estendida sobre os travesseiros. -Tem idéia do quanto te desejo?
Ao ver que Dul se negava a voltar a cabeça para ele, Christopher tomou delicadamente o queixo com os dedos e com voz suave, mas palpitante de desejo, e esboçando um lânguido sorriso, murmurou:
-Abra os olhos, pequena.
A contra gosto, Dul obedeceu e se encontrou frente a aqueles olhos sedutores que mantiveram seu olhar prisioneiro, enquanto a mão deslizava da bochecha até o pescoço e depois até um seio, que rodeou em toda sua plenitude.
-Não tenha medo - acrescentou ele com ternura.
Os dedos deslizaram suavemente para o mamilo e começaram a acariciá-lo. O timbre rouco e profundo da voz de Christopher, combinado com a onda de sensações que geravam nela o contato daqueles dedos, começaram novamente a causar um efeito mágico sobre Dul.
-Não comece agora a me temer - disse Christopher, e começou a aproximar lentamente a boca aos sedutores lábios entreabertos da moça. O primeiro contato provocou nela ondas de prazer que percorreram seu corpo e a deixaram momentaneamente paralisada. A língua de Christopher deslizou sobre seus lábios até separá-los, para em seguida se introduzir, ardente e de uma vez com insuportável ternura, em um beijo profundo e interminável.
-Me beije, Dul - ordenou-lhe com voz rouca.
E Dul assim o fez. Levou uma mão à nuca de Christopher e lhe ofereceu os lábios em um beijo carregado de erotismo. Christopher gemeu de prazer e aprofundou seu beijo, enquanto a aproximava de seu corpo para lhe fazer sentir toda a potência de sua rígida ereção. A ponto de perder a consciência, Dul acariciou os ombros de Christopher, seu tórax musculoso, e finalmente afundou os dedos em sua cabeleira.
Christopher afastou a cabeça, respirando agitadamente e Dul teve a sensação de que com cada pulsar de seu coração se afundava ainda mais em um poço de ternura e desejo. Olhou aqueles olhos ardentes, afastou a mão tremula da nuca e lhe acariciou o rosto, ao mesmo tempo em que ele deslizava os dedos por sua face até chegar aos lábios. Nesse momento, Dul sentiu que em seu interior uma flor selvagem e vibrante estalava com uma ferocidade que a fez tremer. Doeu-lhe o peito de tanto desejo contido, acariciou com seus suaves dedos a dura mandíbula e deu um leve pulo ao tocar a avermelhada cicatriz que ela mesma tinha feito. Atingida por um sentimento de culpa, olhou-o nos olhos e sussurrou:
-Lamento.
A visão daqueles embriagadores olhos azuis, somada a calidez de sua voz e a seus dedos acariciadores, fez com que Christopher a desejasse ainda mais, mas se conteve hipnotizado pela incrível doçura de Dul, que agora acariciava seu peito e, ao fazer, tocava as longas cicatrizes que o marcavam. Observou-a, sabendo instintivamente que, diferente das outras mulheres com as quais se deitou, ela não estremeceria repulsivamente ao contato com aquelas cicatrizes não estremeceria de insalubre excitação diante da prova evidente dos perigos que ele enfrentou e do perigo que ele mesmo representava.
Esperava algo diferente do caprichoso anjo que tinha entre os braços, mas ela não estava preparada para o que aconteceu a seguir, nem para a turbulenta reação de Christopher. Dul tocou as cicatrizes e deslizou os dedos para a cicatriz que tinha perto do coração, o que fez com que os músculos do peito palpitassem, ao mesmo tempo em que Christopher se esforçava por conter-se e não possuí-la imediatamente. Quando finalmente ela voltou a olhá-lo nos olhos, estes brilhavam por causa das lágrimas que não acabavam de brotar, e seu formoso rosto aparecia pálido e atormentado.
-Santo Deus - sussurrou Dul com um gemido, - quanto dano lhe causaram... - E antes que ele pudesse imaginar ao que se referia, ela inclinou a cabeça e começou a roçar docemente com os lábios em cada uma das cicatrizes, como se tentasse curá-las com isso, e o atraiu para seu corpo.
Christopher perdeu o controle sobre si. Afundou os dedos na espessa e sedosa cabeleira e fez Dul rolar sobre as costas.
-Dul - gemeu com voz rouca, beijando-a nos olhos, nas bochechas, no rosto, nos lábios. -Dul... - sussurrou.
E o som daquela voz profunda que pronunciava seu nome afetou Dul de um modo tão vibrante como as coisas que Christopher começou a lhe fazer. Aproximou a boca de um dos seios, brincou com o duro mamilo, fechou os lábios ao redor dele e o chupou até que Dul, ofegante, arqueou as costas segurando a cabeça de Christopher contra seus seios. Continuando, ele deslizou as mãos para sua cintura, e mais abaixo, para suas coxas.
Dul fechou instintivamente as pernas, e uma risada abafada brotou dos lábios de Christopher, que voltou a beijá-la com ardente paixão.
-Não, querida - sussurrou ele enquanto deslizava os dedos pelo cacheado triângulo do púbis procurando a entrada. -Não doerá.
Dul sentiu que um estremecimento de prazer e temor percorria seu corpo, mas não respondeu a ele e sim à necessidade que percebeu na voz de Christopher. Fez um esforço para relaxar os músculos das pernas e, assim que conseguiu, os hábeis dedos de Christopher as separaram e deslizaram profundamente no interior de seu úmido calor, acariciando-a com ternura, preparando o caminho para sua apaixonada invasão.
Agarrada a ele, com o rosto enfiado em seu poderoso pescoço, Dul sentiu como se todo seu corpo se acendesse, se fundisse e fluísse, e um soluço de puro prazer brotou de sua garganta. Quando já se achava a ponto de explodir por causa das sensações que se intensificavam em seu interior, Christopher separou suas coxas com um joelho e se colocou sobre seu corpo. Dul abriu os olhos e o viu ali, em cima dela; o guerreiro cujo nome bastava para que todo mundo começasse a tremer, o mesmo homem que a havia beijado com violenta ternura. Olhava-a fixamente, com expressão de desejo contido, e uma veia pulsava em sua têmpora.
Christopher deslizou lentamente as mãos por baixo dela e lhe levantou os quadris para que ela pudesse recebê-lo. Dul sentiu que a ardente dureza media a entrada, e saiu ao encontro de seu destino com a mesma coragem que tinha, todas as que vezes que esteve entre seus braços. Fechou os olhos e apertou o corpo contra o do homem que, sabia muito bem, lhe causaria dor.
A intensidade de seu gesto foi demolidora para Christopher, que estremeceu ao comprovar que ela se rendia. Pouco a pouco fez avançar sua palpitante virilidade sem saber quanta dor lhe produziria e desejando que fosse a menor possível. A mercê de suas carícias a passagem já estava aberta, e sentiu ao redor de seu membro um calor sedoso que se expandia para recebê-lo. Ardendo de desejo, introduziu-se nela até que finalmente encontrou a frágil barreira.
Retirou-se alguns centímetros e se adiantou de novo para voltar a retirar-se, disposto a vencer o obstáculo desesperado por afundar-se dentro dela, detestando a dor que ia lhe causar. Abraçou-a com major força, como se dessa forma pudesse absorver a dor, e sussurrou junto a seu ouvido:
-Dul..., sinto muito.
Arremeteu-se e ouviu que ela emitia um gemido de dor ao mesmo tempo em que lhe cravava as unhas nas costas.
Esperou que a dor passasse, e depois se moveu dentro dela, deslizando suavemente para fora e depois voltando a entrar mais profundamente, uma, duas e mais outra vez, tentando desesperadamente se controlar. Dul deixou escapar um suspiro de prazer e apertou ainda mais o quadril contra o seu, o que fez com que a paixão de Christopher aumentasse. Ele começou a mover-se com impulsos profundos e rítmicos, afundando-se nela, sentiu que o corpo da moça acompanhava os seus movimentos. Quase não podia acreditar que Dul pudesse lhe proporcionar tanto prazer, que seu úmido sexo se moldasse ao seu membro envolvendo-o como uma vagem, ou na doce tortura que lhe proporcionavam seus movimentos instintivos.
Ondas rápidas e dilaceradoras de desejo percorriam ritmicamente o corpo de Dul, que se movia ao ritmo dele, procurando inconscientemente aquilo que percebia que ele tentava lhe dar, e aproximando-se cada vez mais ao mesmo tempo em que ele acelerava seus impulsos insistentes. As palpitações que Dul notava no mais profundo de seu explodiram de repente em um jorro selvagem de prazer dilacerador que percorreu todo seu corpo em ondas intermináveis de sensações. Entre espasmos, se apertou contra ele e a dureza de sua virilidade. Christopher a rodeou com seus braços e permaneceu completamente imóvel para dessa forma intensificar o prazer de Dul, enquanto ofegava junto a sua face. Esperou que sua respiração se tornasse mais regular, e depois se introduziu profundamente nela, incapaz de se controlar por mais tempo, até que por fim todo seu calor se derramou entre convulsões, no interior da moça.
Dul que ainda se sentia flutuar em um mar prazeres, ainda unida ao corpo de Christopher, notou que ele se movia de lado e a arrastava consigo, e deixou que sua mente ascendesse de novo para a plena consciência. Abriu os olhos com uma piscada, e as sombras do dormitório tomaram forma lentamente. Um tronco estalou na lareira produzindo uma chuva de faíscas. Pouco a pouco compreendeu em toda sua magnitude o que acabava de acontecer entre eles, e apesar da segurança que experimentava ao seu lado, uma sensação de solidão e terror se apoderou dela. O que acabava de fazer não era um martírio, nem sequer um nobre sacrifício; não quando tinha encontrado um prazer tão grande naquele... paraíso. Percebeu o rítmico do pulsar do coração de Christopher, e engoliu saliva com intenção de fazer desaparecer o doloroso nó que se formou em sua garganta. Ao lado daquele homem tinha encontrado algo mais, algo proibido e perigoso, que não podia nem devia existir.
E apesar de seu temor e o sentimento de culpa que a embargava, a única coisa que desejava nesse momento era que ele voltasse a chamá-la "Dul", com aquele mesmo tom de voz rouco e terno. Ou que lhe dissesse "te amo", com qualquer tom de voz.
Como se tivesse sentido sem necessidade de palavras que ela precisava escutá-lo, Christopher falou embora o que disse não fosse o que ela tivesse desejado, nem seu tom de voz foi o que desejava.
-Machuquei você? -perguntou serenamente, sem emoção.
Ela negou com a cabeça e depois de dois suspiros infrutíferos, respondeu:
-Não.
-Sinto se o fiz.
-Não fez.
-Teria doído, fosse quem fosse o homem que a tomasse pela primeira vez.
Dul não pôde conter as lágrimas, e tentou se voltar no leito, mas ele impediu, segurando-a com força. "Fosse quem fosse o primeiro homem que a tomasse pela primeira vez", pensou Dul desconsolada. Aquilo era algo muito diferente de "Te amo".
Christopher sabia. E sabia também que tinha sido uma estupidez pensar naquelas palavras e muito mais em pronunciá-las. Nem antes, nem depois, nem nunca, enquanto a visão da mulher com quem talvez devesse se casar cruzava fugazmente por sua mente. Não sentiu culpa por ter feito amor com Dulce, entre outras coisas, ele ainda não estava comprometido, a menos que Henrique houvesse se sentido impaciente e tivesse decretado e Lady Mary Hammel aceitado.
Nesse momento pensou que embora tivesse a promessa de um casamento, provavelmente tampouco teria culpa alguma. Visualizou o encantador rosto de Mary Hammel emoldurado por uma nuvem de cabelo loiro. Mary era apaixonada e desinibida na cama, tremia de excitação entre seus braços, e suas razões não era nenhum segredo entre eles, pois ela mesma as tinha expressado com um sorriso enquanto o olhava nos olhos: "Você, milorde, é o poder, a violência e a potência, e esses é, para a maioria das mulheres, o afrodisíaco mais intenso que existe".
Olhando fixamente o fogo que ardia na lareira, Christopher se perguntou inutilmente se Henrique teria seguido adiante com o compromisso, sem esperar sequer sua volta, no fim de mês. Para ser um soberano poderoso, que tinha sido posto no trono pela força, Henrique tomou imediatamente o que para Christopher parecia o desagradável costume de solucionar problemas políticos, sempre que fossem possíveis, mediante fazer acordos matrimoniais entre as duas partes hostis; esse hábito se iniciou com seu próprio casamento com Elizabeth de York, filha do mesmo rei que apenas um ano antes Henrique tinha derrubado do trono da Inglaterra, o matando no campo de batalha. Além disso, Henrique havia dito em mais de uma ocasião que se sua filha tivesse idade suficiente à casaria com Jacob da Escócia para dessa forma acabar com as intermináveis luta que os dois países enfrentavam.
Esses tipos de soluções provavelmente satisfizeram Henrique, mas Christopher não desejava para si aquela aliança tão pouco amistosa. Desejava uma esposa complacente e manejável, que esquentasse a cama e desse superioridade ao seu salão; já tinha tido muitas lutas em sua vida para submeter-se a elas em seus próprios domínios.
Dulce se moveu entre seus braços, tentando se afastar.
-Posso retornar agora para meu quarto? -perguntou com voz abafada.
-Não - respondeu ele com determinação. -Nosso trato está muito longe de ter ficado completo.
E então, para demonstrar que falava sério, e também para suavizar o que sabia não era mais que uma ordem arbitrária, obrigou-a a se voltar e a beijou apaixonadamente na boca até que ela, a ponto de perder o controle o abraçou e lhe devolveu os beijos com uma paixão doce e desenfreada.
Autor(a): nathyneves
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A luz da lua penetrava pela janela e Christopher ainda com os olhos fechados, voltou-se na cama e estendeu o braço em busca de Dulce. A mão só encontrou lençóis vazios. Toda uma vida passada em companhia do perigo lhe permitiu passar em poucos segundos do sonho mais profundo a mais atenta vigília. Permaneceu de costas, com os olhos a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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beel Postado em 22/02/2009 - 15:49:56
VOLTA A POSTAAAAAAAAAAR
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beel Postado em 13/02/2009 - 18:25:00
Voltaa aa postaar !!
Se vc voltar postar eu comentoo todos os dias,várias vezes !!
Por favoooooor !!
Continuaaaaaaaaaaaaaa -
nathyneves Postado em 13/02/2008 - 17:26:18
Eu irei parar de postar aquii
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=48488462&tid=25782030367557 67535&start=1
ai em cima ta o link da web no orkut
Beijooos -
dull Postado em 07/02/2008 - 00:36:45
Por favor não para de poxtar eu amo sua Web...
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nathyneves Postado em 31/01/2008 - 00:05:54
Vou viajar e só volto depois do carnaval... Beijoos
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mirian Postado em 28/01/2008 - 18:47:35
eu tbm ADORO a sua web..e vou comentar
todo cap para vc nao parar + de postar, OK?
BJOS... -
deborah Postado em 27/01/2008 - 10:11:40
leitora nova!!!!
essa web é lindah, eu to amando de vdd!
To muito curiosa...
Besitos e posta quando der... -
avinha Postado em 26/01/2008 - 00:06:56
nhaaa naum para de postarrr! sua web eh lindaa... *-*
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nathyneves Postado em 24/01/2008 - 01:49:49
Okeey então amanhã eu volto a postaar
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avinha Postado em 23/01/2008 - 21:16:43
ahhh pleaseee naum para de postar mais naum
eh taum linda sua web