Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso
— Pois lhe digo, Majestade. Eu cheguei em casa e encontrei Alfonso Rodriguez em minhas terras.
O rei parou de andar. Voltou-se para Franco Portilla.
— Então foi isso.
— Na verdade, ele estava com minha filha. O bandido. Meus filhos presenciaram a cena no momento em que pusemos os pés em nossa terra.
O rei se voltou para Anahi, mas Franco a empurrou para trás de si.
— Eu a trouxe aqui para que Vossa Majestade pudesse ver o olhar de culpa em seu rosto. Jamais permitiria que ela dissesse suas vis mentiras em vossa presença.
— Serei o juiz disso. — O rei sentou-se em uma cadeira ornamentada, mas não deu permissão para que os demais se sentassem também. Em seguida, observou os dois irmãos, Liam e Sodac. Estes estufaram os peitos, a sede de vingança brilhando em seus olhos. Eram a imagem do pai. James voltou-se então para Annie.
— O que tem a dizer, milady?
— Eu já lhe disse, Majestade. Ela é uma vagabunda mentirosa...
— E eu terei de repetir, Portilla, que não permitirei que me diga o que fazer. — James suspirou, exasperado. — Estou ficando cansado de ouvi-lo reclamar de seus vizinhos, e estes queixando-se dos roubos que andam sofrendo de sua parte. Tenho três petições deles exigindo que você seja colocado em correntes como um ladrão comum, e este é um fato que não pesa a seu favor.
— Alfonso Rodriguez estava com minha filha! — Franco gritou. — Faz cara de inocente para Vossa Majestade, mas é uma alma pérfida que desgraçou a minha filha.
Os guardas se puseram de prontidão.
— Isso é verdade, milady?
Ela não podia se recusar a responder. Não para o rei da Escócia. Mas a posição de Christopher pesava em sua mente. Permaneceu em silêncio sem saber escolher as palavras. Pareceu-lhe impossível dizer alguma coisa sem enfurecer o pai.
— Está vendo? Ela engasga em sua própria culpa.
— Eu já lhe disse que escutei demais de você! — O rei fez um gesto com a mão. — Tirem-no e aos seus filhos daqui. A moça fica.
— Ela é minha filha!
— E minha súdita. Eu ouvirei o que ela tem a dizer, mesmo que precise obrigá-la a falar. Ela deve ter aprendido os bons modos de alguém que não foi você, pois sabe se comportar sem perder a calma diante de minha presença.
À voz do rei interrompeu os protestos de Franco. Os guardas tinham as mãos sobre as espadas, as pontas afiadas voltadas para o Franco e os filhos. Todos os três a olharam, culpando-a pela irritação do rei.
— Vossa Majestade, peço-lhe que permita que minha família fique.
Os guardas esperaram pela resposta do monarca.
— Não!
Não houve mais hesitação por parte da guarda real. A família foi obrigada a sair sem qualquer outro protesto.
— Agora, responda minha pergunta. O que Alfonso Rodriguez representa para você?
—- Um estranho, Majestade.
O rei se acomodou em seu trono e fixou nela um olhar serio.
— Seu pai clama que a pegou com Alfonso.
— Eu estava cavalgando, e ele estava no topo da colina. Trocamos algumas palavras, mas foi apenas isso. Nem sabia o nome dele até meu pai me dizer.
— Mas isso aconteceu nas terras Portilla?
— Na divisa, Majestade. Cada um de nós estava no limite de nossa terra.
O rei suspirou, frustrado.
— Quantos homens estavam com ele?
— Nenhum.
James Stuart soltou uma risada. Um brilho especial surgiu em seus olhos e ele a observou da cabeça aos pés.
— Alfonso sabia quem você era?
O calor tomou conta do rosto de Anahi.
— Eu me recusei a dizer meu nome, Majestade. Ele estava usando o traje com as cores dos Rodriguez.
O rei balançou a cabeça.
— Alfonso sempre usa as cores de sua família. O homem é um escocês puro e tem orgulho do nome que carrega. Ele é atrevido, também, cavalgando perto das terras dos Portilla sem ninguém para lhe dar cobertura.
Sim, ele era...
Levantando os olhos brevemente, Anahi viu que o rei a observava, assim decidiu mantê-los abaixados para que a alegria evidente não fosse notada.
— Por acaso ele a tocou?
— Não, Majestade! — exclamou ela, intempestiva demais por estar na presença real.
— Milady ainda é virgem?
Annie arregalou os olhos. James Stuart podia ser o rei, mas não esperava uma pergunta tão íntima de sua parte. A revolta surgiu, porque nunca antes haviam levantado suspeita sobre sua conduta.
— Claro que sim.
Um leve sorriso cobriu o rosto do rei, mas isso não a acalmou. Ao contrário, pois, do mesmo modo como o sorriso de Sullen prometia alguma coisa a mais, o agradável olhar do rei fazia seu estômago doer de antecipação.
— Seu pai já escolheu um noivo para milady?
A pergunta a surpreendeu. Não devia, mas ela abaixou o olhar por um momento.
— Papai, vim pedir a sua bênção. — Uma cortina por trás do balcão se moveu e uma menininha surgiu dali. Vestida com uma linda camisola e touca de dormir. Um traje de princesa.
— Elizabeth, minha flor, onde está sua babá?
O rei se transformou em um pai amoroso diante dos olhos de Anahi. Ele pegou a garotinha nos braços, que o enlaçou o pescoço.
Annie observou o rei beijar a testa da criança. Não conseguia afastar o olhar. O rei notou sua atenção, e ela precisou esconder suas emoções mais uma vez.
— Esta é minha filha, Elizabeth. Que já devia estar na cama. — Ele pôs a menina no chão. Um dos guardas deu a mão para a pequena Elizabeth, e ela se deixou conduzir sem problemas.
— Noto pela expressão de seu rosto que seu pai não tem sido bondoso com você.
O rei se sentou, estudando Anahi atentamente. Ela, porém, se manteve em silêncio.
— Não há razão para negar. Vi como olhou para minha filha, como se jamais pensasse que um pai pudesse demonstrar sua afeição.
Era uma verdade tão dura que ela sentiu o ar lhe fugir.
— Meu pai ama muito os seus filhos, Majestade. — Isso não era uma coisa incomum.
— Quantos anos tem agora?
— Vinte e três.
O rei sacudiu a cabeça.
— Ninguém parece saber exatamente a sua idade. Seu pai tem feito um serviço e tanto a escondendo. — James Stuart olhou em direção aos guardas. — Tragam de volta a família dela. Anahi, você pode esperar lá fora. Preciso conversar com seu pai a sós.
Ela se curvou respeitosamente e deixou a sala. Os guardas abriram as portas e ela saiu, enquanto o pai e os irmãos entravam. Suspirou ao ouvir as folhas de madeira se fechando. O alívio, porém, durou muito pouco, já que tinha um mar de olhos a encarando.
Annie manteve o queixo erguido com a prática adquirida por anos de desafio. Estremeceu, porém, quando ouviu uma mulher murmurar...
— Pombinha suja...
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— Você é um homem cruel, Franco. James Stuart estava sentado em seu trono, deixando clara a sua posição. Desta vez Franco não gritou em protesto. Na verdade, estava quieto demais, o que deixou o monarca desconfiado. — Preciso pensar. Você ficará na Corte até que eu lhe dê permis ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 240
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maria_cecilia Postado em 26/10/2013 - 01:00:21
aiiiiiiiiiiii vc deveria ter pelo menos terminado ja que parece ta no fim.
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:21
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:20
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:20
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:19
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:19
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:18
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:18
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:17
Haaaaaaaaaaaaaaaaain acabou tão perfeitamente bem *-* Nhaaaaaaaaaaaaaaaack *-*
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jl Postado em 16/12/2011 - 14:02:17
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