Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Castelo Sterling, Terras McJames.

— Pare de perturbar o bebê,Alfonso!

Maite encarou o cunhado enquanto ele dava uns tapinhas nas costas do sobrinho.

— Ora, por que me olha desse jeito, Anne?

— Porque ele é um bebê, não um brinquedo. 

Poncho deu um beijo no topo da cabeça de Brendon. O bebê agarrou-lhe os cabelos com a mão pequenina e os levou à boca.

— É isso aí, garoto. Mostre ao seu tio Poncho como você é forte. — Christian, conde de Alcaon, sorriu para q irmão. 

Poncho suspirou com inveja da felicidade do irmão. Se antes nem cogitava se casar, agora começava a mudar de idéia.

Maite lançava olhares lânguidos para o marido, que erguia o filho no ar com o orgulho brilhando em seus olhos. O bebê esperneou, fazendo sons curiosos com os lábios.

— O bebê está sempre com fome.

A felicidade iluminava as feições de Maite ao subir as escadas rumo ao quarto para amamentar Brendon, contrariando a tradição inglesa de se contratar uma ama de leite.

Christian indicou o banco a seu lado. Com a esposa fora da sala, sua expressão se agravou. Poncho conhecia bem aquele olhar. A morte do pai jogara o peso da responsabilidade sobre os ombros dos dois irmãos. Havia rumores de que a rainha da Inglaterra estava em seu leito de morte e a Escócia teria o direito de reivindicar a Coroa.

— Tenho notícias do rei. —Christian estendeu a mão e pegou a caneca de cerveja. — Ele ordenou que Franco Portilla e seus filhos deixassem a Corte.

— Aquele bastardo ganancioso vai querer se apoderar de nossos estoques de inverno no momento em que voltar.

— Era no que eu estava pensando.

Dito isso, Chris  ficou em silêncio por um longo momento.

Poncho o encarou.

— O que foi?

— Você anda observando demais a minha família. Gosta do que vê, não é? `

— Há alguma coisa de errado nisso? Preferia que eu trouxesse uma mulher para esta casa?

— Estava pensando se isso não seria bom. —Christian balançou a cabeça.

— Não fique com rodeios e vá direto ao ponto.

— Não concorda que já é hora de pedirmos autorização ao rei para um possível casamento entre você e Anahi?

—Portilla não vai aceitar uma união com o nosso clã,Christian.

— Se o rei aprovar o nosso pedido, ele terá de ceder. Havia grandes chances de o consentimento se concretizar, o que livraria os Portillas dos problemas que tinham com os vizinhos.

O conflito entre os clãs havia começado no passado, quando Franco perdera a noiva em um jogo de dados para um Portilla . Exatamente o pai de Christian  e Poncho. Franco não superara a derrota e vinha ordenando aos seus homens que saqueassem as terras de seu rival. Um casamento unindo as duas famílias poderia trazer a paz para a região. E Portilla tinha uma única filha que estava em idade de se casar.

— Seria um casamento vantajoso, eu concordo. Vou pensar no caso, — Poncho  meneou a cabeça.

Christian não insistiu sobre o assunto. Poncho se levantou e atravessou o hall, sentindo o fardo da fé do irmão sobre suas costas. Ele acreditava que o irmão não se negaria a fazer o melhor para a família. Como filho do último senhor era seu dever colocar o bem do clã acima de seus próprios desejos. Mesmo que isso significasse se casar com uma víbora.

Franco  havia criado a filha para odiar cada gota do sangue que corresse pelas veias dos Portilla. Casar-se pelo bem do clã era uma coisa, mas levar Anahi para sua cama era outra bem diferente. A melhor maneira de pensar sobre aquilo seria cavalgando pela região.