Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Ela gemeu. A situação havia mudado, pois seu pai era obrigado a obedecer ao rei.

— Então isto é o suficiente! — exultou o bispo. Seu olhar se voltou para Alfonso e depois para Anahi. — Ter a permissão do rei dispensa a necessidade da bênção do pai quanto ao casamento. Precisamos evitar que os mexericos continuem, caso vocês não se casem. Melhor dar um exemplo de boa cristã mesmo que não tenha cometido pecado algum. Não podemos esquecer também que a questão da luta entre os dois clãs cessará. — O bispo fez uma pausa antes de continuar: — Concordo com esta união e eu os abençoarei

— Não me casarei com ele. — As palavras escaparam dos lábios de Annie.

O bispo semicerrou os olhos.

— Sua alma cristã ficará melhor, minha jovem.

Ela tentou encontrar um modo de convencê-lo de que não podia seguir com aquela união.  

— Gostaria de confessar que não me encontro em um bom estado de espírito para fazer os votos nesta noite.

— Continue... — O bispo franziu a testa.

Anahi respirou fundo, ganhando tempo para pensar.

— É que soube que estava noiva somente hoje pela manhã. Minha alma ainda está cheia de raiva. — Ela ergueu o queixo. — Este não é o melhor estado para dizer votos sagrados. Preciso de tempo para me preparar... e perdoar.

A última palavra quase ficou presa em sua boca. Precisou se esforçar para soltá-la. Alfonso a fitou, o rosto agora ruborizado.

— Muito bem, — O bispo acenou em concordância. — É um testemunho de sua alma cristã. A pessoa deve estar humilde e sem mágoas quando se ajoelhar diante de Deus.

Poncho ergueu as mãos em direção ao religioso. — Somente um casamento impedirá que a família, dela tente pegá-la de volta, através de uma luta sangrenta, padre.

— Isto não seria novidade, Meu pai vem invadindo sua terra por anos — Annie rebateu.

— Mais uma razão de que devíamos nos casar e terminar logo com essa luta. — Os olhos de Poncho brilharam com a vitória.

— Eu os casarei amanhã. Depois da missa.

A pena deslizava pelo papel mais uma vez. Parecia um som da execução, pensou Annie, sentindo o sangue gelar.

— Assim seja. Amanhã depois da missa.

Alfonso estava furioso. Não havia bondade em sua expressão, nenhum sinal daquele homem espirituoso e sensual que ela vira antes.

Anahi tentou se recompor. Precisava fugir da presença dele. Assim, com uma pequena reverência, saiu da sala. O coração batia forte demais. Caminhou apressada e chegou ao outro corredor antes que uma mão lhe segurasse o pulso, detendo-a.

Um grito se formou em seus lábios, mas Poncho a beijou com fúria. Puxou-a de encontro ao peito sem qualquer delicadeza, enquanto sua boca tomava posse dos lábios delicados. Um frio correu-lhe a espinha. Levou as mãos contra o tórax dele incapaz de resistir ao desejo de tocá-lo.

Alfonso parou o beijo quando ela o acariciou por entre a abertura da camisa.

— Você vai ser minha, Anahi.

Em vez de responder, ela lutou então para escapar do abraço, mas ele não se moveu, vencendo-a com facilidade.

— Você vai provocar a ira de meu pai com essa sua idéia.

— O bispo está colocando seu selo no documento de nossa união. Esta é a sua última noite como uma moça virgem.

— Está presumindo que sou assim.

Poncho franziu o cenho em desaprovação, mas com as costas da mão, acariciou-lhe a pele sedosa, envolvendo-a em uma névoa de sedução.

Pronto , meninas , aqui está.