Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Capítulo IV

A jornada era longa e exaustiva. Anahi estava exausta antes mesmo do meio-dia. Jamais passara tanto tempo sobre uma sela. Tampouco estivera dolorida entre as coxas.

Procurou mudar a posição na sela, tentando suportar mais algumas horas. Já estava prestes a implorar que parassem quando as torres de Sterling surgiram à vista.

O frio chegava a ser cortante. Annie tremia apesar da túnica. Flocos de neve caíam sobre eles. Lembrou-se das vezes em que observara a neve caindo de uma janela de Red Stone vendo magia no espetáculo. Sem fogo de uma lareira para aquecê-la, a neve agora apresentava uma nova face, Uma face bem cruel. Não teria sobrevivido se Poncho não a tivesse impedido de fugir na noite anterior.

Os homens que cavalgavam com Alfonso soltaram vivas ao verem as torres de Sterling. Estavam finalmente chegando em casa, e enquanto subiam a ladeira que levava ao castelo, ela ouviu os sinos tocando em sinal de boas-vindas.

Anahi deteve a égua e olhou para o castelo. Era construído sobre uma série de torres ligadas por um muro alto. As bandeiras tremulando, traziam o azule o dourado como cores, anunciando a presença do conde. Tudo era construído em pedra acinzentada. Um lugar de que ela ouvira falar bastante, mas nunca esperara conhecer. Aliás, era bem possível que nunca mais deixasse aqueles pesados muros. — Está frio demais para ficar parada aqui, Anahi.

Annie pegou-a pela cintura e a tirou de cima da égua, colocando-a à sua frente sobre o garanhão.

— Não imaginei que você estivesse assim tão gelada. — Esporeou Argyll para que retomasse o passo em direção ao castelo.

— Nada mais do que os outros estejam suportando.

Poncho ergueu uma mão coberta por sua luva de couro.

— Mas meus homens estão preparados para cavalgar com um tempo assim.

— Sim, suponho que não deva assumir o hábito de roubar mulheres então. Algumas prisioneiras não têm o privilégio de estarem preparadas para a viagem.

— Acha isso mesmo?— Um brilho maroto brilhou nos olhos de Poncho.

— Oh, sim!

Haviam chegado diante do portão aberto. Uma multidão se amontova nos degraus da frente e rostos espiavam pelas janelas.

Annie desmontou sozinha e enterrou a perna até o tornozelo na neve. Sentiu-se grata por estar com os pés dormentes, assim não sentiu o gelo. Suas botas eram de couro, e serviam apenas para dentro de casa durante o inverno. Poncho e seus homens usavam botas que iam até o joelho e eram forradas com lã. 

— Vamos, Anahi, venha conhecer agora o seu novo lar. Alfonso a conduziu, segurando-a pela cintura, mas os pés dela se recusavam a se mover. Os joelhos dobraram quando ela tentou dar um passo. Concentrada em seus pés, ela tentou de novo, desta vez dando alguns passos antes de os joelhos cederem de novo.

— E você queria escapar com esse frio — provocou ele, segurando-a mais junto do corpo.

Ouviu-se um burburinho da parte de quem os observava e mais do que poucos sorrisos. Ela oferecia a todos uma divertida apresentação naquela tarde de inverno.

— Eu teria continuado a andar, apesar da neve.

Poncho franziu a testa, mas eles haviam chegado ao topo das escadas. O conde os aguardava ao lado da esposa, apesar do tempo.

Christian Rodriguez mediu a cunhada com um olhar crítico. Poncho não a soltou mesmo quando ela procurou se desvencilhar.

— Quero lhe apresentar Anahi Portilla, minha esposa.

— Sua esposa? —-  O conde arqueou a sobrancelha.

— Em cerimônia testemunhada pelo bispo Shaman e Derrick.

A esposa de Christian, Maite observou Annie atentamente.

— Por que ela não está vestida adequadamente?

— Bem, acontece que eu a raptei quando ela acabava de sair do banho.

Anahi notou o bom humor na voz dele, mas Maite arregalou os olhos, alarmada.

— Mas isto é bárbaro. E bastante cruel estando nesse frio de inverno, devo acrescentar. Ela está quase congelada.

— Planejo aquecê-la.

Annie resmungou enquanto o conde fazia força para não cair na risada.

— Vocês dois são uma vergonha. — Ela olhou para o marido e depois para Poncho. Somente então se voltou para Annie. 

— Vejo que cabe a mim lhe oferecer hospitalidade. — Ela fez urna pequena reverência. — Por favor, siga-me que mandarei preparem um banho quente para você.  — Mai deu as costas a Poncho, que ainda ria como um menino travesso.

Eu vi , JL, posta mais viu!

gracias por ter postado.