Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Corte Real da Escócia

— Portilla está exigindo falar com Vossa Majestade. — Aaron Saviñón não escondeu do rei o sorriso forçado.

James Stuart suspirou, e Franco Portilla foi anunciado à porta.

— Ele pode entrar, mas sozinho — o rei declarou. Ouviu-se uma discussão por trás da porta. Por fim, Franco entrou e os guardas cruzaram as lanças para impedir a passagem dos filhos.

— Entre sozinho ou então espere para ser recebido no salão de fora.

Franco lançou um olhar a Aaron. O rei ergueu a mão.

— Quando você me perturba em meus aposentos particulares, deve aceitar a presença daqueles que já estavam comigo.

Franco não escondeu sua irritação.

— Aquele patife do Alfonso raptou a minha filha! — Puxou o ar com dificuldade. — Exijo que ele seja colocado em correntes!

O rei ergueu a mão para interrompê-lo, mas Franco não respeitou o aviso e cuspiu no chão.

— Ele roubou a minha filha! Exijo o seu sangue!

— Interessante ver que Alfonso tenha roubado sua filha quando você disse a todos aqui que ele já tinha abusado dela. Qual teria sido a motivação dele? Por que roubar uma mulher que lhe levanta ás saias por conta própria?

— Vou lidar pessoalmente com esse bastardo ladrão!— Franco trovejou, indignado. O rosto vermelho pela ira.

— Não! Você não vai! — James Stuart levantou a voz e não havia dúvida de que sua ordem não admitia contestação. — Foi você que criou o problema, Franco. Pensa que pode ficar difamando o nome de seus vizinhos e não ter de enfrentar retaliação por parte deles?

— Se eles fossem escoceses de verdade resolveriam o assunto comigo, não com minha filha.

O rei apertou com força os dedos no braço da cadeira.

— Você a envolveu nesse conflito que tem com os Rodriguez.

— Porque Alfonso Rodriguez abusou de minha filha e a largou como se fosse uma prostituta! — protestou Franco, abrindo os braços. — Vim aqui em busca de justiça.

— Parece-me que Alfonso não a descartou, porém. Ao contrário, pretende ficar com ela. Nesse caso, um casamento satisfará a necessidade de justiça.

— Não darei a permissão para esse casamento! Sou o pai dela e seu senhor!—Franco voltou a berrar.

Os guardas nos fundos do salão adiantaram-se, as espadas em punho.

O rei, no entanto, estava calmo.

— E por que não, Franco? Não seria o primeiro casal que se ajoelha diante do altar depois de terem já consumado a união.

— Isso não tiraria a mancha de desonra de minha família!

— O que você quer? Alfonso Rodriguez preso por correntes?

— Sim! E minha filha de volta em minha terra onde ela pertence..

—- Para qual fim? Para que a pobre moça fique com sua reputação arruinada pelo resto de seus dias?