Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

— Mandarei que a lareira seja acesa todas às noites, assim poderei mantê-la sem roupas.

Agora ele tomava um dos seios de Annie nas mãos e tocava nos mamilos com a boca, sugando-os de leve. As mãos deslizavam pelas coxas macias. Era algo excitante, pois onde seus corpos se tocavam, o prazer radiava.

— Olhe para mim — pediu ele, afastando o suficiente para encará-la.

Erguer o olhar era impossível. Ela queria apenas mergulhar nas águas do desejo e no prazer da união de duas pessoas que se amavam.

— Anahi, me chame de marido. — Os olhos dele brilhavam com determinação. E as caricias ousadas não cessaram.

— Marido...— ela murmurou.

— Ah, minha doce esposa... — Poncho se afastou e sentou-se em uma cadeira enorme. — Venha até aqui. Seu marido está pedindo.

Ela assim o fez e sentou-se no colo dele.

Beijaram-se com ardor, quando, de repente, soaram os sinos da fortaleza, seguido de outros dois.

Alfonso se pôs de pé em um segundo. Annie o seguiu sem pensar. Os sinos significavam problemas. Não importava se ela tivesse sido raptada e levada para Sterling. Sofreria o mesmo destino que os demais habitantes.

Ajudou Poncho a se vestir. Na batalha, as cores ajudariam a distinguir a que clã cada um pertencia.

— Isto é algo que não esperava vê-la fazer.

— Sei que os sinos significam que você deve se apressar. Ele vestiu rapidamente a camisa e calçou as botas, sem se preocupar em amarrá-las. Segurou o rosto de Annie e a beijou com paixão.

— Sim, mas não há tanta pressa assim que eu não possa lhe dizer como aqueceu meu coração ver suas mãos segurar as minhas cores. Vista-se, minha linda. E se apresse, terei de lhe mostrar aonde deve ir.

— Vá, eu encontrarei o meu caminho. Não sou uma criança.

E se esconder não teria muita valia caso o inimigo conseguisse invadir a fortaleza. Em vez de buscar pela roupa, ela pegou a espada que estava encostada à parede atrás da cadeira e entregou ao marido.

A incerteza brilhou nos olhos de Alfonso por deixá-la ali indefesa e nua. Cada homem estaria junto aos muros em resposta aos sinos, deixando-a sem proteção.

— Vá, Alfonso. Encontrarei meu caminho e me reunirei às outras mulheres.

— Não duvido que o faça. — Apesar de tudo, ele ainda duvidava se Anahi se reuniria com as mulheres Rodriguez. — Poncho se virou e abriu a porta.

Anahi correu em busca de sua camisola e se cobriu. Estava dividida. Já não sentia mais aquela ânsia de fugir para sua casa. Deveria, mas tudo o que sentia era o desejo de ficar ao lado do marido.

Surpreendeu-se com o fato de não conseguir nem pensar em deixar Alfonso. O choque dessa emoção a deixou imóvel no quarto por tempo demais, quando deveria estar buscando um abrigo com as outras mulheres.

— São os homens de Aaron.

Poncho subira no muro mais alto e olhava os cavalos que se aproximavam. Cavalgavam rápido demais, forçando seus animais. Não era hábito de Aaron chegar dessa maneira.

— Mantenham o portão abaixado! — Poncho deu a ordem. Os homens usavam as cores dos Saviñón, mas seus rostos não estavam à vista ainda. Seria um tolo em confiar apenas nas roupas. O líder dos cavaleiros ergueu a mão e o último homem levantou uma bandeira com as cores de Aaron.

Nada impediria que os Portillas tentassem uma investida, disfarçados assim, Alfonso era capaz de apostar sua espada nisso.

— Arqueiros prontos.

— Pensa que seu sogro possa estar nos visitando usando cores falsas? — A voz de Christian soou ao lado do irmão.

Alfonso ergueu a luneta e a focalizou nos cavaleiros que se aproximavam. Eles vinham mais devagar agora, os cavalos praticamente andando.

Ele suspirou aliviado ao identificar Aaron Saviñón através das lentes.

— Há alguma razão para eu continuar preocupado com os invasores? — Christian perguntou, ainda com a mão levantada para manter o portão aberto.

— Nenhuma, mas estranho Aaron estar cavalgando com essa pressa. — Poncho negou com um sinal de cabeça.

— Notei isso. — Christian fez sinal para o capitão da guarda erguer o pesado portão. 

O portão subiu com um rangido e sons metálicos ressoaram pelo castelo. Christian se dirigiu às escadas, ansioso para assegurar ao seu povo que tudo estava bem.  Saviñón passou pelo portão e entrou no pátio.

—Alfonso Rodriguez, trago notícias! — Aaron desmontou do cavalo e olhou direto para Poncho. — Tenho notícias para sua esposa.

Poncho olhou firme para Aaron. Amigos ou não, era ele quem decidiria se a notícia seria ou não dada a Annie.

— Não há necessidade de lhe contar algo que o pai tenha dito na Corte. Isso só vai deixá-la aborrecida.

— Bem, depois que o pai dela a difamou diante de todos, não posso culpar por você pensar assim. — Aaron reuniu-se a eles no alto da escada.

Entraram no pátio da torre principal. Esta era conectada com as demais torres por longos corredores que seguiam por trás dos muros do castelo. Acima deles estavam os aposentos usados por Christian e sua família.

— Forcei meus homens para chegar aqui. Franco Portilla foi morto pela mão de um dos guardas do rei.