Fanfic: A ESCOLHA - AyA ( Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Os homens de Aaron se uniram ao chefe no salão. Comiam pão com queijo e carnes frias que haviam sobrado do jantar. Aaron não se importava, nem seus homens. Comiam com uma fome de um dia duro passado sobre a sela de um cavalo. Algumas criadas haviam se levantado para lhes servir, usando ainda suas toucas de dormir. Mas os habitantes começavam a voltar ao descanso ali no castelo.

Sybil apareceu. Aproximou-se da mesa, com determinação no olhar. Poncho ergueu o rosto e a olhou, sentindo uma dor no peito.

— Peço-lhe perdão, milorde, mas não consigo encontrar minha patroa. 

Alfonso sentiu a, raiva dominá-lo.

— Ela não se reuniu às mulheres? Sybil balançou a cabeça em negativa.

— E eu fui até seu quarto. Ela não está lá, também.

 Christian segurou o irmão pelo braço.

— Ela tem de estar por aqui. O portão foi abaixado tão logo nossos convidados entraram.

— Não é esse o problema. — Poncho se levantou. — Eu confiei nela. — A raiva suas palavras era tão clara, que Sybil estremeceu.

— Talvez a patroa esteja perdida.

— Eu devia ter imaginado que ela mentiria para mim.

Christian se levantou.

— Vá com calma, meu irmão. Não condene a moça antes da hora.

— Posso ajudá-lo a procurar — Aaron se ofereceu. — Afinal parece que você a perdeu por causa de minha chegada.

— Não se preocupem, vou encontrá-la.

Alfonso recusou-se a sentir qualquer coisa que não fosse raiva pelo comportamento da esposa. Dessa vez, não iria ser gentil com Anahi Portilla.

A busca começou. Velas e lanternas foram acesas. Cada corredor recebeu claridade. As criadas foram acordadas. Poncho rangia os dentes porque todos em Sterling sabiam agora que sua jovem esposa o abandonara. Sentiu o orgulho ferido enquanto a busca continuava.

Passaram-se duas horas de buscas até Anahi ser finalmente encontrada na sala de costura, adormecida sobre o tear.

Ela acordou com mãos rudes arrastando-a pelos corredores. Tentou entender o que estava acontecendo. Homens a levaram e apenas a soltaram diante de Alfonso. O rosto dele estava tomado pela fúria, os olhos frios já a condená-la.

Os homens que a haviam encontrado a empurraram tão abruptamente, que ela quase caiu.

— Quebrou sua palavra. — A voz de Poncho soou mortal ao apontar-lhe o dedo. — Disse que iria se reunir às mulheres.

— Não havia razão para me reunir a elas. Vi você dando boas-vindas a Aaron Saviñón no pátio.

Alfonso ficou imóvel, apesar de sua raiva não desaparecer de imediato. Olhou em volta e viu que todos estavam à espera de suas ordens.

Annie deu as costas ao marido e seguiu na direção de seu quarto. Ela sentia o insulto lhe cortar o coração. De volta ao seus aposentos, ficou olhando a cama com lágrimas nos olhos. A cadeira onde fizera amor com o marido pouco antes, não mais lhe parecia tão atraente. A esperança a abandonara por completo.

Por um momento sentiu como se a vida à sua frente nada mais fosse do que uma luta atrás da outra.

Poncho voltou a se sentar com uma caneca de cerveja na mão.

— Isso não vai ajudar, amigo. — Aaron sentou-se a seu lado, mantendo a voz baixa para não atrapalhar o sono de seus homens que haviam se acomodado para descansar.

— E agora você se julga um especialista em casamento? — Poncho o olhou com cara feia. — Devo ter deixado de escutar que você arranjou uma esposa.

Aaron balançou a cabeça.

— Não entendo as mulheres melhor do que você.

Alguma coisa atravessou o rosto do amigo, algo que parecia frustração. Alfonso lhe estendeu caneca e Aaron a pegou.

Sentaram-se em silêncio. Alfonso estava pensando em Anahi e em como trazê-la até ali havia sido um desafio maior do que ele esperara.

Entretanto não era isso o que o perturbava agora. Vira a mágoa em seu olhar e como ela estava infeliz. Ele a magoara com suas suspeitas e isso lhe dava a impressão de ter um vazio no coração.

— Sim, tem razão, esta cerveja não vai ajudar. Falei duro demais com ela.