Fanfics Brasil - Capitulo 5 - parte 2 Nosso pedido de Natal adaptada vondy terminada

Fanfic: Nosso pedido de Natal adaptada vondy terminada


Capítulo: Capitulo 5 - parte 2

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— Sim, um encontro. Isso não significa que estou pedindo para ser a mãe de seus filhos. Pensando melhor, vamos deixar pra lá, enquanto é tempo.


— Quero colocar minhas mãos em você — Chris se ouviu dizer, e já era tarde demais para retroceder.


 


Dul pegou a taça de vinho para se proteger.


— Bem, isso é simples.


— Não, não é.


Ela pensou um pouco e levantou o olhar para ele. — Não — concordou baixinho. Quantas vezes, ela se perguntou, o rosto dele surgira de repente em sua mente nas últimas semanas? Não conseguiria contar.


— Não é simples. Mas alguma coisa precisava ser feita, ele decidiu. Um movimento qualquer, para frente ou para trás. Dê um passo adiante, ordenou Mac a si mesmo. Veja o que acontece. — Não vou ao cinema sem as crianças há tanto tempo que nem consigo me lembrar quanto. Acho que posso conseguir uma babá.


— Está bem. — Dul agora olhava para Chris com o mesmo receio que ele olhava para ela. — Me ligue se conseguir acertar tudo. Vou estar em casa a maior parte do dia de amanhã, corrigindo provas.


Voltar para o terreno dos encontros não era a coisa mais fácil a se fazer — por menor que fosse o terreno e por mais convidativa que fosse a grama. E o nervoso que estava sentindo o irritava quase tanto quanto os risinhos e perguntas da sobrinha, quando concordou em servir de babá para os gêmeos. Agora, enquanto subia a escada para o apartamento de Dul, no terceiro andar, ele se perguntava se não seria melhor para todos se eles esquecessem a coisa toda. Quando chegou ao patamar do andar dela, percebeu que Dul ladeara a porta com vasos de crisântemos. Era mesmo um belo toque, pensou. Chris sempre apreciava quando alguém que alugava um de seus imóveis se preocupava em acrescentar esses belos toques. Era apenas uma ida ao cinema, lembrou a si mesmo, e bateu na porta. Quando Dul abriu, Chris ficou satisfeito ao ver que ela estava vestida casualmente — um suéter na altura dos quadris e, por baixo, uma dessas calças legging quentes e confortáveis de que Kim tanto gostava. Então, ela sorriu. E ele sentiu a boca ficar seca.


— Olá! Você chegou bem na hora. Quer entrar e ver o que fiz com seu apartamento?


— O apartamento é seu... enquanto você pagar o aluguel — ele disse, mas ela já havia pegado a mão dele e o puxava para dentro.


 


Chris derrubara as paredes que antes dividiam cômodos muito pequenos e criara uma área única, onde ficavam a sala de estar, a de jantar e a cozinha. E Dul soubera bem o que fazer com o espaço. O enorme sofá em forma de L, forrado com um tecido resistente, de estampa floral, deveria parecer exagerado, mas, em vez disso, ficara perfeito. Em uma pequena mesa sob a janela repousava um pote com folhas de outono secas. Ao longo de uma das paredes ela colocara uma estante com livros, um aparelho de som e uma pequena televisão, além de toda sorte de objetos decorativos que ele sabia que as mulheres gostavam. Dul transformara o espaço destinado a servir como sala de jantar numa combinação de sala de música e escritório, e colocara ali sua escrivaninha e um pequeno teclado. E ainda um suporte para partituras com uma flauta em cima.


- Eu não trouxe muita coisa comigo de Nova York — disse ela, enquanto vestia o casaco. — Só mesmo as coisas de que eu gostava muito. Estou acrescentando aos poucos outras peças que venho comprando em antiquários e lojas de segunda mão. — Temos milhares deles por aqui — ele comentou. — Ficou bom. — E realmente ficara, os tapetes gastos e antigos no chão, as românticas cortinas de babado nas janelas. — Confortável.


— O conforto é muito importante para mim. Pronto?


— Claro.


 


No fim das contas, não foi tão difícil. Chris pediu a Dul para escolher o filme e ela quis ver uma comédia. Foi surpreendentemente relaxante sentar no escuro do cinema e dividir pipocas e risadas com ela. Ele só pensou nela como uma mulher, e uma mulher muito atraente, umas 30 vezes. Comer uma pizza depois do cinema era apenas uma progressão natural das coisas, disse Chris a si mesmo. Eles disputaram uma mesa na pizzaria lotada de casais de adolescentes que estavam ali para namorar.


— Então... — Dul alongou o corpo, quando já estavam sentados no reservado. — Como vai indo a carreira de Zeke como soletrador?


— É uma luta. Ele realmente se esforça. O engraçado é que Zack pode soletrar quase qualquer coisa que você pedir a ele de primeira, mas Zeke precisa estudar a palavra como um estudioso diante dos pergaminhos do Mar Morto.


— Mas ele é bom em matemática.


— Sim. — Chris não estava certo de como se sentia por Dul saber tanto sobre seus filhos. — Os dois são loucos por você.


— É recíproco. — Ela passou a mão pelos cabelos. — Pode parecer estranho, mas... — Ela hesitou, sem saber direito como falar. — Mas, sabe, naquele primeiro dia no ensaio, quando os vi? Tive uma sensação como se... não sei, foi como "Oh, aí estão vocês. Estava imaginando quando vocês apareceriam". Parece estranho, mas era como se eu estivesse esperando por eles. Agora, quando Kim vem sem eles, eu fico decepcionada.


— Acho que eles gostam cada dia mais de você.


 


Era mais do que isso, mas ela não sabia como explicar. E não tinha certeza de como Chris encararia o fato de que ela simplesmente se apaixonara pelos filhos dele.


— Eu me divirto muito com eles me contando sobre o dia no colégio e me mostrando as provas.


— Está quase na hora de receber os primeiros boletins. — Ele abriu um sorriso. — Estou mais nervoso do que eles.


— As pessoas dão um valor excessivo às notas. Ele ergueu as sobrancelhas diante do comentário.


— Isso vindo de uma professora?


— Capacidade individual, aplicação, esforço, aproveitamento do ensino. Essas coisas são muito mais importantes de que um A, um B ou um C. Mas posso lhe contar, confidencialmente, que Kim vai receber A em coral avançado e história da música.


— Mesmo? — Ele sentiu uma onda de orgulho. — Ela nunca foi tão bem antes. Tirava no máximo B.


— O sr. Striker e eu temos abordagens bem diferentes.


— Acha que não sei? A cidade toda está comentando que o coral vai estourar este ano. Como você conseguiu?


— Foram os garotos que conseguiram — disse Dul, ajeitando-se no assento quando a pizza que haviam pedido foi servida. — Meu trabalho é fazer com que eles pensem e cantem como um time. Sem querer falar mal do sr. Striker — acrescentou ela, dando uma generosa mordida na pizza. — Mas tive a impressão de que ele estava apenas fazendo hora, contando os dias até poder se aposentar. Se você vai dar aula para crianças e jovens, precisa gostar deles, respeitá-los. — Ela riu, e as bochechas ficaram ainda mais coradas. — E alguns desses garotos não farão nada além de cantar no chuveiro pelo resto da vida... e o mundo agradecerá por isso.


 


— Já teve alguns fracassos, então, hã?


— Bem... — Dul voltou a rir. — Sim, uns poucos. Mas eles mantiveram uma boa autoestima. Isso é que conta. E há alguns poucos, como Kim, que são realmente especiais.


Vou mandá-la, com outras duas alunas, para as provas de voz para o festival estadual, na próxima semana. E depois da apresentação de final de ano vou começar as provas aqui para o musical de primavera.


— Há três anos não temos um musical da escola de ensino médio.


— Pois este ano vamos ter um, meu caro. E vai ser incrível!


 


— É bastante trabalho para você.


— Eu gosto. E é para isso que estou sendo paga. Chris brincava com a segunda fatia de pizza.


— Você realmente gosta disso, não é? Da escola, da cidade, do pacote todo?


— E por que não deveria? É uma ótima escola, uma ótima cidade.


— Não é Manhattan.


— Exatamente.


— Por que você partiu? — Ele logo recuou. — Desculpe, não tenho nada a ver com isso.


 


— Não tem problema. Tive um ano ruim. Já estava me sentindo insatisfeita antes, mas o ano passado foi terrível. Eles acabaram com meu cargo na escola. Redução de custos. A área das artes é sempre a primeira a sofrer. — Ela deu de ombros. — De qualquer modo, a garota que dividia o apartamento comigo se casou e eu não podia pagar o aluguel sozinha... não se eu quisesse comer com alguma regularidade. Então, coloquei um anúncio para procurar outra pessoa. Pedi referências, avaliei o caráter das candidatas. — Dul deu um suspiro e apoiou o queixo nas mãos. — Pensei que estava sendo cuidadosa, mas três semanas depois que a pessoa se mudou voltei para casa e descobri que ela havia limpado tudo. Chris parou de comer.


— Ela roubou você!


— Levou tudo. A televisão, o som, todas as jóias boas que eu tinha, dinheiro, a coleção de caixas de porcelana Limoges que eu havia começado quando estava na faculdade. Primeiro, fiquei furiosa, depois, realmente abalada. Não conseguia mais me sentir confortável morando ali depois do que acontecera. Então, o cara com quem eu vinha saindo há mais de um ano começou a me dar sermões sobre minha estupidez, minha ingenuidade. No que lhe dizia respeito, eu tivera exatamente o que merecia.


— Cara legal — resmungou Chris. — Muito solidário.


— E isso aí. De qualquer modo, olhei bem para ele e para nossa relação e descobri que pelo menos em uma coisa ele estava certo. Enquanto eu permitisse que aquele relacionamento continuasse, realmente estaria tendo o que merecia. Então, decidi cair fora, deixá-lo.


— Boa escolha.


- Foi o que pensei. — E ele também era, ela pensou, observando o rosto de Chris. Uma ótima escolha. — Por que você não me conta quais são seus planos para a casa que está reformando?


— Não imagino que você saiba muito sobre serviços hidráulicos.


 


Ela apenas sorriu.


 — Aprendo rápido. Já era quase meia-noite quando ele parou o carro diante do prédio dela. Mac não tivera a intenção de ficar fora até tão tarde. Com certeza, não imaginara que passaria mais de uma hora falando com Dul sobre instalações elétricas e hidráulicas e sobre suportes estruturais. Ou rascunhando projetos em guardanapos. Mas, de algum modo, ele conseguira passar por aquela noite sem se sentir tolo, desconfortável ou desajeitado. Apenas uma coisa o preocupava: queria vê-la de novo. — Acho que foi um ótimo primeiro passo. — Ela segurou a mão dele e beijou-o no rosto.


— Obrigada.


 — Vou subir com você. A mão de Dul já estava na maçaneta do carro. Seria mais seguro, ela decidiu por ambos, que subisse sozinha, o mais rápido possível.


— Não precisa. Sei o caminho.


— Vou subir com você — ele repetiu, e saiu do carro. Eles subiram juntos as escadas. O inquilino do primeiro andar ainda estava acordado. O murmúrio da televisão e a luz cinzenta, fantasmagórica, passavam pela janela. O vento havia parado e aquele som da televisão era o único que ouviam. E incontáveis estrelas cintilavam no céu negro sobre eles — Se fizermos isso novamente — começou Chris —, as pessoas na cidade vão começar a falar sobre nós, vão deduzir que somos... — Ele não estava bem certo de que palavra deveria usar.


— Um casal? — ajudou Dul. — Isso o incomoda?


 — Não quero que as crianças fiquem tendo ideias, que se preocupem ou... seja o que for. — Quando chegaram ao andar dela, ele voltou a encará-la e foi conquistado novamente. — Deve ser sua aparência — murmurou.


— O que tem ela?


— Deve ser ela que me faz pensar tanto em você. — Era uma explicação razoável, ele decidiu. Atração física. Afinal, ele não estava morto. Era apenas um homem cuidadoso. — Que me faz pensar em fazer isso.


 


Chris segurou o rosto de Dul entre as mãos num gesto tão doce, tão terno, que ela sentiu todos os músculos do seu corpo relaxarem. E foi tão lento, impressionante e forte como da primeira vez. O toque da boca dele sobre a dela, a paciência, o estremecimento, o encantamento. Seria isso?, ela se perguntou. Seria isso o que ela vinha esperando? Seria ele? Chris ouviu seu suspiro suave e ofegante quando se afastou. Ele sabia que ir além seria um erro, por isso deixou as mãos penderem ao lado do corpo antes que elas procurassem por mais. Como se para guardar o sabor do beijo, Dul passou a língua por sobre os lábios.


— Você é mesmo muito bom nisso, Christopher. Muito bom.


— Vamos dizer que estou recuperando o tempo perdido. — Mas ele não achava que era apenas isso. E estava muito preocupado. — Até mais.


Dul assentiu, ainda sem forças, enquanto ele descia as escadas. E ainda estava recostada sonhadoramente na porta quando ouviu o carro dele partir. Por um instante, ela poderia jurar ter ouvido o som distante dos sinos de um trenó.


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Só pra recompensar voces por terem contiunuado a ler a web mesmo com poucos posts


Bjss


Tamires




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Autor(a): thaaavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 283



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  • stellabarcelos Postado em 30/10/2015 - 00:51:09

    Que história linda! Que amor lindo! Amei muito! Super emocionante

  • ThataDulcitah Postado em 13/12/2011 - 16:52:39

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa chorei com o final! Nenaaa gracias! essa web foi perfeita perfeita perfeita! eu entrei de madruga p/ ler mas minha net tinha caido, só li ontem o fim, li chorando! q tal um epílogo?haha ia chorar litros vendo os chicos chamarem a Dul de mamãe!awn :')

  • thaaavondy Postado em 12/12/2011 - 10:26:40

    lucas2280, infelizmente a web acabou bem q eu gostaria de continuar postando mas n da mais valeu por acompanhar a web

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:22:15

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:22:08

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:22:01

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:21:54

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:21:48

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • lucas2280 Postado em 09/12/2011 - 20:21:41

    Esperando os próximos capítulos... A web é muito boa!!! POSTA MAIS!!!

  • cherry Postado em 07/12/2011 - 23:48:57

    nao sei o qe dizer.... ameii sua web, tava lindo tudooooo


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