Fanfic: Nosso pedido de Natal adaptada vondy terminada

— Mas é verdade. — Chris odiava vê-la daquele jeito, toda aquela energia brilhante, todo aquele otimismo, apagados. — Ela ganhou confiança em si mesma. Kim sempre foi tímida para cantar e para muitas outras coisas. Agora está realmente se abrindo.

Ouvir aquilo realmente ajudou e, dessa vez, o sorriso de Dul foi espontâneo.

— Então devo parar de remoer.

— Não combina com você. — Chris surpreendeu a si mesmo, e a Dul, ao correr os dedos pelo queixo dela. — O sorriso, sim.

— Nunca fui capaz de ficar de mau humor por muito tempo. Bob dizia que era porque sou superficial.

— Quem diabos é Bob?

— Aquele que tirei da minha vida.

— Com certeza, era isso mesmo o que ele merecia. Dul riu.

— Estou feliz que você tenha passado por aqui. Eu, provavelmente, ficaria aqui por mais uma hora, rangendo os dentes.

— São belos dentes — murmurou Chris, e se afastou. — Agora tenho que ir. Preciso arrumar fantasias de Halloween.

— Precisa de ajuda?

— Eu... — Era tentador, tentador demais, mas muito perigoso, ele pensou, começar a compartilhar tradições familiares com ela. — Não, já tenho tudo sob controle. Dul aceitou o desapontamento e até conseguiu disfarçá-lo.

— Você vai trazê-los aqui no sábado à noite, não vai? Para as "gostosuras ou travessuras"?

— Claro. Até mais. — Ele virou-se para sair da sala, mas parou sob a porta e virou-se. — Dul?

— Sim? — Certas coisas levam um tempo para mudar. As mudanças deixam algumas pessoas nervosas. Ela inclinou a cabeça.

— Você está falando sobre os Rohrer, Chris?

 — Entre outros. Vejo você no sábado à noite. Dul ficou olhando para a porta vazia, enquanto os passos dele ecoavam no corredor. Será que Chris achava que ela estava tentando mudá-lo? E será que ela estava mesmo tentando? Ela se recostou, afastando a papelada. Não seria capaz de se concentrar naquilo agora. Sempre tinha dificuldade de se concentrar quando Christopher Uckermann estava por perto. Quando se tornara tão suscetível àquele tipo lento, meticuloso e quieto? No momento em que ele entrara no auditório para pegar Kim e os gêmeos, admitiu. Amor à primeira vista? Com certeza, ela era sofisticada demais, esperta demais, para acreditar numa coisa dessas. E com certeza, acrescentou, era esperta demais para se colocar na posição vulnerável de se apaixonar por um homem que não retribuía seus sentimentos. Ou que não queria retribuir, pensou. O que era ainda pior.

Não deveria importar o fato de ele ser doce, bom e devotado aos filhos. Não deveria importar ele ser tão bonito, forte e sexy. Ela não deixaria que fizesse diferença o fato de que estar com ele, pensar nele, a deixasse ansiando por certas coisas. Por um lar, uma família, por risadas na cozinha e paixão na cama. Dul deixou escapar um longo suspiro, porque, no fim, importava. Importava muito quando uma mulher estava balançando bem na beira do abismo que era se apaixonar.