Fanfic: Nosso pedido de Natal adaptada vondy terminada

Isso fez com que Zack risse e se aconchegasse mais ao pai.

— Mas ela vive sozinha. — Zack começou a brincar com os botões da camisa do pai. Chris sabia que aquele era um sinal certo de que o filho estava aprontando alguma coisa.

— Muitas pessoas vivem sozinhas.

— Nós temos uma casa grande e dois quartos inteiros onde ninguém dorme, a não ser quando vovó e vovô vêm nos visitar. O radar dele estava detectando alguma coisa. Chris puxou de brincadeira a orelha do filho.

— Zack, o que você está aprontando?

— Nada. — Fazendo bico, o menino começou a brincar com outro botão. — Estava só pensando como seria se a Srta. Saviñón viesse morar com a gente. — Ele olhou para o pai por entre as pálpebras cerradas. — Assim, ela não se sentiria tão solitária.

— Ninguém disse que ela era solitária — ressaltou Chris. — E acho que você deveria...

A campainha da porta tocou, fazendo com que o cachorro começasse a pular e latir, agitado. Zeke entrou voando na cozinha, dançando ora em um pé, ora no outro.

— Ela está aqui! Ela está aqui!

— Eu entendi direitinho, viu, rapaz? — Chris mexeu no cabelo de Zack e colocou-o no chão. — Muito bem, façam-na entrar. Está frio lá fora.

— Eu abro!

— Eu abro!

Os gêmeos dispararam pela casa até chegar à porta. Eles a alcançaram ao mesmo tempo, lutaram para ver quem girava a maçaneta e quase arrastaram Dul para dentro quando finalmente abriram a porta com força.

— Você demorou — reclamou Zeke. — Estamos esperando há séculos. Eu coloquei música de Natal para tocar. Está ouvindo? E acendemos as luzes da árvore de Natal e tudo mais.

 — Estou vendo. — Era uma sala adorável e ela estava tentando não ficar ressentida por só agora ter sido convidada para uma visita.

Chris já lhe contara que ele mesmo havia construído a maior parte da casa. E conseguira criar um espaço aberto e confortável, com muita madeira. Na lareira, com uma porta protetora de vidro, as meias já estavam penduradas. A árvore, um pinheiro azul de l,80m de altura, estava fartamente decorada e havia sido colocada orgulhosamente próxima à larga janela da frente.

— É incrível! — Dul deixou que os meninos a puxassem até a árvore para que olhasse mais de perto. — Realmente maravilhosa. Ela faz com que a pequenininha que tenho no meu apartamento pareça tão mirrada...

— Pode dividir esta com a gente. — Zack levantou o olhar para ela, com o coração refletido nos olhos. — Também podemos conseguir uma meia para você pendurar e colocamos seu nome nela.

 — Eles fazem isso no shopping — Zeke contou a ela. — Nós conseguiremos uma bem grande para você. Os meninos lhe tocaram o coração. Emocionada, Dul agachou-se e puxou os dois para seus braços.

— Meninos, vocês são demais. — Ela riu quando Zark empurrou-a com o focinho para chamar atenção. — Você também, Zark. — Com os braços cheios com as crianças e com o cachorro, Dul levantou os olhos para sorrir para Chris, que saía da cozinha.

 — Oi. Desculpe-me por ter demorado tanto. Os alunos me cercaram, querendo repassar cada erro e cada triunfo do concerto. Ela não deveria parecer tão certa, tão perfeita, segurando seus filhos nos braços sob a árvore.

— Eu não percebi nenhum erro.

— Mas houve alguns. Vamos trabalhar neles.

Dul chegou para trás e sentou em um pufe, levando os meninos junto. Como se, pensou Chris, ela tivesse a intenção de ficar com eles.

— Nós não temos vinho — informou Zack solenemente. — Mas temos leite, suco, refrigerantes e cervejas. Um monte de outras coisas. Ou... — Ele lançou um olhar astuto na direção do pai. — Alguém poderia fazer chocolate quente.

— É uma das minhas especialidades. — Dul levantou-se para tirar o casaco. — Onde fica a cozinha?

— Pode deixar que eu faço — resmungou Chris.

— Eu ajudo, então. — Confusa com o ar distante dele, ela caminhou em sua direção e perguntou: — Ou você não gosta de mulheres na sua cozinha?

— Não temos muitas por aqui. Você estava muito bem no palco.

— Obrigada. Foi bom estar lá.

Chris olhou além dela, para os olhos arregalados e cheios de expectativa dos filhos.

— Por que vocês não vão colocar os pijamas? O chocolate estará pronto assim que terminarem.

— Nós seremos mais rápidos — prometeu Zack, e saiu voando pelas escadas.

— Só se vocês deixarem as roupas espalhadas pelo chão. E não façam isso. — Ele virou-se e entrou na cozinha.

— Eles vão pendurá-las ou empurrá-las para baixo da cama? — perguntou Dul.

— Zack vai pendurá-las e elas vão cair no chão, e Zeke vai empurrá-las para baixo da cama.

Ela riu e observou enquanto Chris pegava o leite e o chocolate.

— Preciso lhe contar uma coisa muito engraçada que aconteceu. Há uns dias, eles chegaram com Kim para o ensaio. Os dois haviam trocado de suéteres, você sabe, o código de cores. E eu os deixei muito impressionados quando soube quem era quem mesmo assim. Chris parou de medir o chocolate que colocava na panela.

— Como você conseguiu?