Fanfic: O Segredo Dandelion

    - A bela Lady poderia me conceder essa dança? – Romeo se curvou e estendeu a mão para que Agathe o acompanhasse.

    O coração de Agathe batia cada vez mais rápido chega quase ela desmaia. Sentiu um calafrio e uma fervura dentro de si até que encostou a mão na mão de Romeo, que sentiu seu batimento acelerado.

    - Sim, mas apenas uma dança, ou Violet ficará furiosa. – os dois foram para o meio da roda e dançaram bem juntos um do outro uma música lenta. – Eu realmente não deveria estar fazendo isso. Depois vou ficar com um peso enorme na conciência.

    - Já não está com peso na conciência?

    - Por incrível que parece... nem um pouco. Apenas estou ouvindo o nosso coração batendo rápido, mais rápido que o normal. – deram voltas e voltas dançando no salão, até que infelizmente a música acabou, e como prometido, Agathe foi embora.

    - Não precisa ir se não quiser. – Romeo segurou a mão de Agathe. – Fica...

    - Eu quero, mas não posso. – sem falar mais nada e nem responder aos apelos de Romeo, Agathe foi para o jardim ver como estava a noite.

     Ela se sentou na beira de grande chafariz, pegou um pouco de água com as mãos e molhou o rosto e o pescoço para ver se o calor passava. De nada adiantou a água. Então sem ter o que fazer Agathe ficou olhando seu reflexo na água.

    - Você está bem? – Romeo apareceu perto da porta do salão. Estava todo iluminado pela lua que realçava seus olhos azuis e seus cabelos escuros.

    - S-sim... não precisa se preocupar. – estática, Agathe falava como se ver Romeo fosse a melhor coisa do mundo e uma surpresa inesperada.

    Romeo foi andando ao chafariz e tirou suas mãos de trás do seu corpo, mostrando que estava com uma bela rosa branca na mão, que por coincidência era a flor preferida de Agathe.

    - A mais bela flor para a mais bela das mulheres da Europa. – Romeo colocou a rosa em cima da orelha direita de Agathe.

    - Eu não posso aceitar. Essa rosa você deveria dar para Violet, não para mim. Você ama Violet, não eu. – ela olhava para Romeo com os olhos mais tristes que havia.

    - Há pouco que te conheço, há poucas horas que te vi. Me nasceu um sonho imenso, um sonho que não tem fim. As horas vão passando, e eu querendo te dizer do pouco que te conheço, o quanto amo você.Mas tenha uma certeza, você vive no meu coração, passo horas e horas pensando em você, sonhando acordado com vontade de te ver!! Não sei se vou conseguir um dia lhe esquecer, você sabe que meu mundo pertence a você. Nos dias claros que vi nascer, nos pores-do-sol que vi desaparecer. E eu aqui, a pensar, por toda a vida hei de te amar. Você é tudo que tenho, a razão do meu viver. Você é meu mundo. Por isso amo você. – essas palavras, Romeo conseguiu quebrar uma barreira do caminho ao coração de Agathe.

    - Romeo, não faça de meu amor, de meu coração um jogo. – olhou-se novamente no reflexo da água. – Já tive várias decepções. E contigo eu senti algo que nunca senti na minha vida. Não sei se isso é o tal “amor”, mas sei que é algo tão forte chega eu passo mal.

   - Juro que não estou brincando com o sentimento de ninguém. Só estava brincando com os sentimentos de Violet, mas quando te vi... senti uma dor no peito e ao mesmo tempo uma alegria enorme. Um calor dos infernos e ao mesmo tempo o mais frio dos inverno penetrando em minha pele. Uma tontura me abalou e fiquei todo vermelho...não de vergonha, nem de raiva, mas de amor.

    - Não achava que você fosse tão bom com as palavras. Você quase não falava com Violet... – se afastou um pouco dele. – Por que está mudado? É assim que você conquista as mulheres? Eu já ouvi falar de um mulherengo chamado Romeo, e segundo a descrição de minha amiga, é você mesmo. Como me explica isso? Você quer mesmo que eu acredite em você?

    - Realmente não sou bom com palavras e sim com demonstrações. – segurando outra rosa. – Quando estou perto de você... essas palavras românticas parecem que querem pular da minha boca, então falo para você. Nunca fui romântico, eu sei disso... só que nessas poucas horas que te conheci... me tornei um romântico nato, só perto de ti.

    Agathe levantou-se e olhou para o céu estrelado.

    - Não serei mais enganada. Adeus... – se retirou para seus aposentos e por lá ficou até a festa acabar. Pensando em todas as besteiras que havia dito à pessoa que ela estava “amando”.

    Romeo andava na rua sozinho e desiludido por ter sido tratado de tal maneira por uma mulher que ele realmente gostava, mesmo ele sendo dono da beleza mais rara do mundo.

    - Como foi com a Dandelion das Rosas? – Daniel se apoiou no ombro de Romeo e fedia a bebida.

    - Como assim? Quem é a Dandelion das Rosas? – Romeo que antes estava com desenteresse, estava com todos ouvidos para Daniel.

    - Ué... a mulher dos cabelos ruivos como fogo e que vestia um lindo vestido rosa e que adora rosas! A que você estava de olho! – gritava nos ouvidos de Romeo.

    - Qual é o nome dela?

    - Agathe Tyrbalt Zerst Le Blanc Dandelion. Burrinho!

    Com o choque que levou ao saber que a garota que tinha roubado seu coração era a única no mundo na qual ele não podia nem chegar perto por causa de uma rivalidade entre famílias fez com que ele parasse de andar e Daniel fosse ao chão.

    - Uma Dandelion...

    - Eu bem que te avisei que ter algo com ela era morte na certa. Que era mais perigoso que seu relacionamento com Violet, já que a Agathe é a neta prodígio dos Dandelions. E vai ser ela quem vai herdar a empresa da família.

    Sem querer, uma lágrima escorreu sobre o rosto pálido de Romeo.