Fanfic: Barriga de aluguel - D&C-Completa!!!

Christopher saiu da casa deixando Dulce ali, sentanda sem saber o que fazer. Ela entrou em seu quarto e jogou-se na cama chorando. Independente de sua decisão nunca contaria nada à sua mãe. Abraçou o travesseiro enquanto um rio de chuva cai lá fora. Escutou a porta da sala sendo aberta. Enxugou os olhos.

Dulce viu a luz da sala sendo acesa e a sombra da cadeira de rodas de sua mão aproximando-se até que viu Blanca.

- O que aconteceu Dulce? – disse Blanca se aproximando da cama de Dulce. – Estava chorando?
- Não mamãe... estou com dor de cabeça... apenas isso... – disse Dulce limpando os olhos com as costas das mãos.

Mariana apareceu no quarto preocupada.

- O que aconteceu Dul?
- Nada Mari... um pouco de dor de cabeça apenas... – disse Dulce forçando um sorriso.
- Quer que eu pegue um remédio para você?
- Não precisa... vou tomar um banho...

Dulce levantou-se. Pegou o pijama e entrou no banheiro. Abriu o chuveiro, amarrou os cabelos em um grande coquê e entrou embaixo do riu de aguá que caia. Deixou-se cair de joelho, chorando. Não sabia o que fazer. Christopher Uckermann era o ser mais repugnante que já havia conhecido. Como alguém em sã consciencia fazia aquele tipo de proposta, ele estava forçando-a casar-se com ele e em troca disso ele daria a cura para sua mãe. Tudo passou em sua cabeça novamente. Ele sentando no sofá medindo-a de cima a baixo. E depois a proposta.
- Casar e ter um filho com ele... – disse ela inumeras vezes. – em um ano e meio estarei livre dele. Mas um filho!?

Isso fazia com que ela fosse ter um filho. Mas por que ela? Porque tinha escolhido-a? Casar-se com um estranho, um dos caras mais ricos do mundo. Dono de uma das mais importantes linhas de jóias. Dulce não conseguia compreender o porque de ser ela a escolhida. Não tinha nenhum atrativo em especial. E casar-se implicava em relembrar momentos que não gostaria.

Dulce se enrolou na toalha, se enxugou bem. Olhou-se no espelho. Seus olhos castanhos avermelhados a denunciavam. Era sair do banheiro para que sua mãe começasse um interrogatório sem fim, de modo que uma hora Dulce soltasse toda a verdade. Olhou para o relógio, tinha ficado uma hora inteira embaixo do chuveiro. Já era tarde, tinha que deitar... colocou a camisola lentamente.

Saiu do banheiro e escutou um barulho na porta. Mariana tinha a cabeça para fora da porta. Olhou ao redor e percebeu que Blanca já estava em seu quarto possivelmente dormindo.

- Tudo bem Mariana? – perguntou Dulce

A moça se assustou e fechou a porta. Tinha o rosto livido ao encarar Dulce.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não... – disse Mariana gagejando – Não aconteceu nada... escutei um barulho estranho aqui fora...
- O que era? – perguntou Dulce desconfiada
- Um gato mexendo no lixo... fui espantar ele... vc sabe... os lixeiros não recolhem o lixo quando o saco está rasgado. – disse a moça mais firme. – Você me assutou Dulce.
- Me desculpa... – disse ela virando-se de costas, pouco convencida. – minha mãe já foi deitar?
- Foi, ela estava com um pouco de dor de cabeça. Vou deitar também... você esté bem Dulce? – perguntou Mariana.
- Estou sim... pq?
- Seus olhos estão vermelhos... voce andou chorando né?
- Chorando!? Não... pior que não andei... deixei demaquilante cair no olho quando fui tirar o rimel.

Dulce pensou que aquela havia sido a desculpa mais tola que já havia dado na vida. Quem acreditaria que havia deixado demaquilante cair no olho? Se falasse isso para sua mãe talvez ela acreditasse. Olhou para Mariana e viu a desconfiança nos olhos da moça. Deu um sorriso forçado e se dirigiu a cozinha afim de sair da zona de ameaça. Ela certamente contaria para sua mãe logo pela manhã e Blanca certamente ligaria após o café –da—manhã para saber se ela estava com algum problema. Viu Mariana indo para o quarto, sentou-se na pequena mesa da cozinha e ficou vendo apenas as horas passarem

Dulce levantou a cabeça com os primeiros raios de sol batendo em seu rosto. Olhou em volta, havia dormido na mesa da cozinha, tinha o rosto amassado e o coração batendo a milhares de quilomentros por hora. Foi até seu quarto e escolheu uma roupa um pouco mais séria do que o costume. Entrou no banheiro, tinha bastante tempo até entrar no trabalho.

- Acordou cedo filha. – disse Blanca vendo a filha entrar na cozinha.
- Pois é mamãe... não consegui dormir essa noite direito. – disse ela bocejando.
- Eu sei... você dormiu aqui na cozinha. – disse Blanca colocando o pão na mesa.

Dulce apenas sorriu, a mãe certamente havia levantando a noite para tomar um copo de agua e encontrado ela deitada sobre a mesa.

- Você esta abatida Dulce... tem comido direito filha? – perguntou Blanca examinando o rosto de Dulce.
- Claro que sim mamãe... essa não foi uma das noites mais bem dormidas... – disse ela forçando um sorriso.
- Está acontecendo alguma coisa que eu não sei filha?

Dulce engoliu a pergunta em seco. Viera mais cedo do que pensará e não tinha como ter o dedo de Mariana, pois a moça ainda estava dormindo. Coçou os olhos.
- Vou ter que caprichar na maquilagem hoje mãe. – disse Dulce mudando de assunto.
- Não mude de assunto Dulce Maria... – disse Blanca séria.
- O que a senhora perguntou mesmo?
- Não se faça de boba! – disse Blanca séria
- Puts... to atrasada! – disse Dulce tomando o café em um gole só.

Dulce correu para o banheiro, se maquiou rapidamente. Estava adiantanda, mas precisava sair de casa para não enfrentar mais interrogatórios. Pois certamente era isso que iria acontecer. Passou pela mãe e lhe depositou um beijo na face e saiu correndo sem olhar para atrás.

Chegou na empresa, um pouco antes do horario. Anahi estava na sala, os olhos inchados a denunciavam. Ela havia vertido lagrimas.

- Acabou Dulce... – disse Anahi olhando para sua mesa.
- Não Any...
- Dessa vez foi para sempre Dulce... ele saiu de casa ontem a noite. – disse ela derramando mais um grossa lagrima.

Dulce abraçou a amiga forte. E ela chorava compulsivamente. O que iria falar para a amiga? Não havia o que dizer. Deixou que Anahi chorasse. Maite entrou na sala com Christian, sorrindo e conversando. Ao verem Dulce e Anahi, os dois se calaram.

- O que aconteceu? – perguntou Maite fazendo gestos para Dulce.

Dulce fez um gesto de que iria contar depois com ela. Anahi parou chorar, passou a mão no rosto.

- Obrigado Dulce... – disse Anahi suspirando.
- Any... eu só posso te falar uma coisa... não deixe que ele vá embora para sempre... pois quando ele for será tarde demais talvez para você recupera-lo.

Anahi a encarou, pegou a bolsa.
- Vou na diretoria... vou pedir para o Chris me dar o dia de folga.

Dulce sentiu um arrepio percorrendo o seu corpo. Daria a resposta para ele em breve. Estava decidida no que iria fazer.

- Vai lá Any... pensa no que eu te falei.
- Pode deixar amore... pensarei. – disse ela piscando para Dulce.

Como ela pode ser assim? Pensou Dulce. As vezes tão fragil e outras tão forte e determinada. Não sabia o que Anahi iria fazer, certamente falaria com Poncho mais tarde, ou talvez não. Era tão orgulhosa quando queria. Dulce se jogou em sua cadeira.

- O que aconteceu? – perguntou Maite entrando na sala.
- Você está ai!?
- Acabei de entrar...
- Parece que o Alfonso saiu de casa... – disse Dulce perdida
- Quando isso aconteceu? – perguntou Maite sentando-se na cadeira à frente de Dulce.
- Acho que essa noite... ela não me contou...
- Que horrivel Dul...
- Nem me fale...
- Aconteceu algumas coisa? – perguntou Maite observando Dulce – Fora da Any...
- Não Mai... tudo certo... isso da Any mecheu comigo...
- Algo me diz que não é...
- É sério... poxa... acompanhei a vida deles inteira praticamente.
- Imagino... – disse Maite indo sentar em sua mesa.

Dulce respirou fundo. Olhou rapidamente para o relógio.
- Mai... vou ter que dar uma saidinha... – disse Dulce se ajeitando – Mas creio que não vou demorar...
- Tá misteriosa hoje hein!?
- Eu já volto! – disse sorridno
- Ok... eu seguro as pontas aqui!
- Brigadinho Mai...

Dulce foi até o banheiro, ajeitou as madeixas longas e vermelhas que caiam em longos caixos em suas costas. Arrumou a roupa. Retocou a maquiagem que disfarçava suas olheiras pela noite mal dormida.

- É... você consegue Dulce. – disse ela para si mesma olhando-se no espelho.

Ela caminhou pelo corredor, parou em frente ao elevador que levaria aos andares de cima. Não sabia se tinha tomado a melhor decisão, mas não poderia vacilar em sua escolha... não era o momento para duvidas, apenas para a certeza de ver a sua mãe curada em apenas alguns meses.