Fanfic: Barriga de aluguel - D&C-Completa!!!

Dulce encontrava-se sentada de frente para Christopher em seu escritório com a decoradora, organizadora, coordenadora do casamento que sairia dali a uma semana. Os dois desempenhavam o papel de casal apaixonada muito bem.

- O que você acha amor? – perguntou Christopher mostrando as decorações da mesa.
- Acho muito exagerado Chris... – disse Dulce examinando – Não será necessário tudo isso... serão quantas pessoas mesmo?
- Cerca de 300 pessoas. – disse a organizadora.

Dulce mandou um olhar assustado a Christopher. Estava achando que seria uma coisa mais intima, mais simples. Mas não era o que estava lhe parecendo. 300 pessoas que Dulce nunca tinha visto na vida.

- Não se preocupe amor... – disse Christopher calmamente – São apenas as pessoas mais intimas... você tem razão quando diz que não é necessario tudo isso...

Christopher virou algumas paginas do catalogo de decorações.

- Eu quero essa decoração aqui. – disse ele de modo decidido.

Dulce crispou os labios para conter sua irritação crescente. Ele tinha escolhido uma decoração suntuosa e de extremo requinte. Provavelmente era a decoração mais cara, mas o que importava isso para Christopher Uckermann?! Absolutamente nada.

- Está bem amor. – respondeu Dulce seca. – Já que você faz tanta questão...
- Que bom que você me entende! – disse ele forçando um sorriso.
Estavam em guerra não declarada e era sempre Christopher que saia vitorioso em suas decisões. Dulce mordeu os labios com raiva ao ver a cara de satisfação dele. Não sabia ao certo como tinham chegado aquele ponto, não se odiavam, mas também não se gostavam nem um pouco. Se não tivessem envolvidos nessa trama toda talvez não tivessem essa repulsa que Dulce acreditava ter.

- A senhora quer escolher os arranjos de mesa, as musicas e os detalhes da festa? – perguntou a organizadora.
- Claro que sim. – disse Dulce sorrindo – Mas aqui homem não da palpite!
Christopher entendeu a indireta. Ela tinha acado de colocar ele em cheque e não via outra saida a não ser concordar com ela. Pela primeira vez ela o tinha vencido e sem nenhum tipo de imposição.

- Claro que sim amor... você poderá escolher tudo. Não darei palpites... só quero que lembre uma coisa: dinheiro é o de menos.
- Está bem... quer ficar aqui para olhar?
- Posso? – perguntou polidamente.
- Claro que sim... afinal você é o noivo não!?
- Até agora acho que sim... – disse ele com uma pontinha de ironia.

A manhã toda havia passado quando finalmente todos os organizadores fossem embora. Christopher e Dulce encontravam—se parados. Um de frente para o outro.

- Você poderia ser mais gentil. – disse Dulce num tom de irritação.
- Eu não fiz nada querida.
- Pare de me chamar assim por favor!
- Está bem. Não me desafie na frente das pessoas Dulce Maria.
- E não me trate como um bibelô então. – disse levantando-se irritada.
- Você se trata assim... – disse ele provocando – Por que você não vai ao shopping fazer compras para desestressar?

Christopher viu a raiva crescendo nos olhos de Dulce. Ela parecia querer pular em seu pescoço a qualquer momento. Devia ter controlado as suas palavras, mas ela conseguia o tirar do sério com simples gestos.

Dulce não respondeu. Pegou sua bolsa que estava em cima do sofá e se dirigiu a porta. Era de mais para ela ter que aguentar um cara presunçoso e arrogante como Christopher Uckermann, se não fosse por sua mãe nunca teria aceitado fazer esse papel que estava lhe sendo imposto: O de barriga de aluguel .
- Iremos hoje a uma recepção Dulce. – disse Christopher mexendo em sua gaveta.

Dulce parou e virou-se para encara-lo.

- Isso não está no meu contrato.
- Claro que está Dulce. Você pode não ser ainda minha esposa, mas tem que cumprir o papel de minha noiva...
- E se eu não quiser? – perguntou ela desafiadoramente.
- Certamente eu também não irei querer bancar a cirurgia de sua mãe... – disse ele a mirando – Compre um vestido longo e passarei para lhe pegar as 8 horas em ponto.

Dulce saiu pisando firme. Agora teria de acompanhar ele em coquitéis, festas, recepções e outras tantas coisas que não eram parte do seu mundo atual.

- OI Dul! – disse Anahi levantando-se ao ver a amiga entrando na sala. – Escolheram tudo?
- Finalmente sim... aquilo me irritou – disse Dulce sentando-se em sua cadeira.
- Como foi? – perguntou Anahi
- Nada demais... arranjos de flores, gardanapos, cardapio, decoração... essas coisas de sempre! Até parede que não conhece...
- Você vai com o Chris na recepção de hoje?
- Por que?! Você vai? – perguntou Dulce interessada
- Vou... vou eu, a Marcelle e o Poncho... – disse Anahi sorrindo
- Vocês se acertaram?
- Estamos tentando novamente... parece que as coisas vão melhorar!
- Claro que vão Any! Eu sabia que vocês iriam voltar! Estava na cara! – disse Dulce sorrindo.
- Nem me fale... é tão bom ter ele em casa novamente! – disse Anahi exultante.
- Voce pode me ajudar a comprar um longo?
- Claro que sim... vamos na hora do almoço! – disse ela olhando o relógio.

Dulce entrou em casa apressada, colocou as sacolas de compras em cima de mesa. Tinha exatamente uma hora para se arrumar. A casa estava vazia, sua mãe certamente estaria em algum lugar com Mariana. Tomou um banho rapido, arrumou o cabelo transformando-os em grandes caixos que caiam proximos a sua cintura. Estava terminando de por o vestido quando a campainha tocou. Deu uma rapida olhada no visual, o vestido levemente decotado acentuavam o colo e suas curvas de uma maneira suave e sensual.

- Boa noite Dulce... – disse Christopher a medindo de cima a baixo. – você está muito bonita.
- Obrigado. – disse ela indiferente.
- Podemos ir?
- Claro... me desculpe pelo atraso.
- Claro, nenhum problema. – disse ele lhe depositando um selinho nos labios.
- Por que você fez isso? Não tem ninguem aqui! – disse ela com raiva.
- Se você não percebeu tem fotógrafos ali atrás daquele carro. – disse ele entre dentes.
- Mais um motivo para você não me beijar.
- Não seja infantil... logo logo farei mais do que lhe beijar. – disse ele oferecendo-lhe o braço.

Um tremor percorreu a espinha de Dulce. Estava tentando esquecer esse detalhe. Christopher estava sem o seu chofer e ao envés do habitual Jaguar preto ele estava com sua Ferrari preta. Ele abriu a porta para Dulce entrar e em seguida a fechou.

- Gostou do carro? – perguntou Christopher.
- Sim... é muito bonito. – disse ela tentando parecer indiferente.
- Podemos ir?
- Claro.
Foram em silencio até o local da recepção. Dulce de esgelha reparava em Christopher. Estava usando um meio fraque de modo displicente. Maite tinha razão ao falar de Christopher, ele era realmente bonito. Tinha um rosto perfeito, com traços delicados e marcantes. Seus olhos demonstrava que ali apesar de pouca idade tinha um homem que fora obrigado a amadurecer muito rapido. Ele era sedutor até mesmo quando não queria. Dulce detestava pensar que ele a atraia.

Christopher tentava se concentrar ao volante, mas a mulher que estava ao seu lado não permitia. Conseguia ver através do decote do vestido o colo de Dulce sobindo e descendo a cada respiração. Era sem duvida uma mulher estonteante que qualquer homem queria ter por esposa um dia. Ela não era o tipo de mulher para curtição e sim para se casar. Talvez por isso tivesse à escolhido, não sabia ao certo o motivo pelo qual estava enfrentado isso, teriam tantas mulheres que se disporiam a casar com ele.

Ele parou em frente ao local, logo abriram a porta para ele e Dulce sairem. Christopher entregou as chaves ao motorista e deu a volta no carro, oferecendo os braço a Dulce.

- Não ficaremos muito tempo. – disse Christopher.
- Não me importo...
- Não fale com os reporteres... – disse ele sério
- Do que você esta falando?
- Apenas faça o que eu te disse. Não fale nada.
- Ok... não falarei nada Sr. Uckermann

Dulce reparou que aquela não era a entrada principal. Logo que apareceram no portão todos vieram os cumprimentar felizando-os. Dulce não sabia o que estava acontecendo e logo vieram inumeros flashs. E reportes em cima deles, Christopher os tirou rapidamente dali. Era um jardim enorme, muito bem decorado. Todos muito bem vestidos, assim como ela e Christopher. Dulce viu um rosto familia.

- O que a minha mãe está fazendo aqui Christopher? – perguntou ela ragendo os dentes.
- Você gostou da nossa festa de noivado?