Fanfic: Barriga de aluguel - D&C-Completa!!!

Dulce olhou para aquele quarto vazio. Todos aqueles meses haviam sido
quase como um sonho, ela e Christopher estavam se dando tão bem e ele a
traiu. Traiu o que por mais que ela lutasse estava começando a sentir
por ele. Pegou o telefone ao lado de sua cama.

- Alô!? – disse a pessoa do outro lado do telefone.
- Mai!? E você!? – perguntou Dulce.
- Sou eu sim Dul... como você está? Eu estou indo para ai....
- Então conversamos quando você chegar...
- Está bem Dul... eu e a Any estaremos ai daqui a cinco minutos.

Dulce
colocou o telefone novamente no gancho. Endireitou-se naquela cama
horrível de hospital. Pousou a mão sobre o ventre que começava a
demonstrar algumas pequenas modificações.

- Porque ele fez
isso com a gente bebe!? – perguntou Dulce a barriga – por que ele fez
isso!? Será que eu não sou o suficiente!? O que eu fiz de errado meu
pequenininhu? Será que é errado estar sentindo o que eu não quero
sentir?! Eu não posso me envolver mais com ele... eu não podia estar me
sentindo assim... não podia.

Duas batidas leves ecoaram no quarto.

- Pode entrar. – disse Dulce ajeitando-se melhor.
Maite e Anahí entraram no quarto.

- Como você está Dul? – perguntou Mai.
- Estou bem... estou melhor... – disse Dulce sorrindo.
- Mesmo?! – perguntou Anahí desconfiada.
- Mesmo. Estou melhor... não sinto mais nada.
- Você deu um susto na gente Dul! – disse Anahí
- Mai... você pode me fazer um favor?
- Claro que sim Dulce. – disse Maite – Do que você ta precisando?
-
Mai... você pode me emprestar o seu apartamento? Você ta morando com o
Christian agora não está? – perguntou Dulce um pouco de receio – eu
queria sumir uns dias... não quero ir para casa. – respirou fundo – se
você pudesse me emprestar só por uns dias Mai...
- Você não tem
que se explicar Dul! – disse Maite abraçando a amiga – claro que eu
posso lhe emprestar. O apartamento está fechado. Pedirei a moça que
limpa o apartamento do Christian dar uma geral lá.
- Não precisa Mai... você já ta fazendo demais por mim! – disse Dulce sem jeito.
- Nem comece que eu não quero ouvir Dulce.
-
Iremos te ver lá todos os dias Dul. – disse Anahí sorrindo. – Eu
comprarei algumas coisas... sabe comida!? E deixarei a dispensa
feita...
- Pare Anahí Giovanna. Não é necessário... eu posso fazer as compras.
- Dulce! – falou Anahí sentando-se na cama ao lado de Dulce – Eu irei fazer isso você querendo ou não.
- Ai... eu não sei nem como agradecer vocês duas por isso. – disse Dulce emocionada – obrigado Mai! Obrigado Any!
- Não precisa nos agradecer boba! – disse Anahí abraçando a amiga
-
É verdade. – disse Maite se juntando ao abraço. – estamos fazendo isso
porque te adoramos... não só você neh!? Esse pimpolho que você ta
esperando também né?!
- Obrigado! – Dulce abraçou as amigas forte – o Christopher não pode saber de nada. Vocês prometem!?
- Claro que sim. Ele não saberá de Nada Dulce. – respondeu Anahí. – Mas falando nisso o que ele te disse sobre isso?
- Se não quiser falar não precisa Dulce. – disse Maite rapidamente.
- Eu preciso desabafar... – disse Dulce suspirando – ele disse que quase transou com ela, mas que não conseguiu...
- Mas que filho de uma boa mãe! – disse Maite com raiva. – O que ele ta pensando hein!?
- O que mais que ele te disse Dul? – perguntou Anahí.
- Mais nada por que eu mandei ele embora. – disse ela séria – não queria escutar mais nada.

A enfermeira entrou no quarto.

- O horário de visitas acabou. Vocês terão que sair.
- Tudo bem. – disse Anahí. – quando você vai receber alta Dul?
- Amanha de manhã... lá pelas 10 hras.
-
Eu venho te buscar. – disse Anahí – não irei trabalhar pela amanha.
Chegarei aqui lá pelas nove... quem sabe não te liberam mais cedo!?
-
Ta bom Any... eu só não quero encontrar com o Christopher. - Ta certo
Dul. – disse Anahí. – até amanha amoure.
- Tchau Dul. – disse Maite mandando um beijo para a amiga – passo lá na hora do almoço.
- Ta bom! Amo vocês.

Dulce estava novamente sozinha naquele quarto enorme. Levantou-se da cama quando escutou novas batidas na porta.

- Pode entrar.
- Como está se sentindo Dulce? – perguntou o médico que entrara.
- Estou muito bem doutor.
- Não sente dor?
- Nenhuma.
- Enjôos?!
- Também não. Estou super bem doutor. Não sinto nada... – ela sorriu – quando poderei ir embora?
- Amanha pela manhã.
- Que bom! Mais ou menos que horas? – perguntou Dulce aflita.
- Entre 9 e 10 horas. – disse ela sorrindo ao ver a aflição da moça – o senhor sabe se o Dr. Alfonso está de plantão?
- Sim... ele acabou de chegar.
- Pode me fazer um favor?
- Claro que sim Dulce.
- Pode pedir que ele venha aqui?
- Claro que sim. Pedirei a ele. – disse o médico – você quer que avise o seu marido quando sair?
- Não será necessário. Minhas amigas irão vir me buscar.
- Está bem. Não se esforce... evite de ficar levantando.
- Pode deixar... estava com as pernas dormentes.
O
médico saiu. Dulce arrumou a cadeira deixando-a de frente a janela. O
céu do lado de fora estava estrelado e a lua em quarto minguante
brilhava no horizonte. Detestava hospitais com todas as suas forças.
Fazia a lembrar de coisas que lutara parte de sua vida para esquecer.
Escutou a porta se abrir. Dulce correu e abraçou Alfonso.

- O que aconteceu Dulce? – perguntou ele preocupado
- Você viu as revistas não?
- Vi... – disse ele abraçando a amiga fortemente. – mas por que você está aqui?
- Você pode imaginar...
- Sim... – disse ele. – Sente-se. Não é bom que fique de pé.

Dulce sentou-se obediente.

- Preciso te tratar como doutor aqui? – perguntou ela acanhada.
- Claro que não. – ele sorriu – como você ta Dulcitá!?
- Estou bem Poncho... pelo menos eu acho.
- O Christopher conversou comigo. – disse Poncho a mirando – ele está mal Dul.
- Eu não quero saber dele Poncho. – disse Dulce segurando o choro – ele me traiu.
-
Eu sei Dulcita... eu não tenho nem o que te falar. Não tenho nem como
defender ele... – disse ele cansado – mas ele esta arrependido... está
preocupado com você. E me liga a todo momento para saber como você
está.
- Não quero que ele saiba de nada Poncho. Por favor.
-
Eu não posso fazer isso Dul e você sabe disso! - Está bem Dulce... não
falarei nada a ele. – Alfonso respirou fundo – você irá perdoa-lo?
- Sinceramente eu não sei... – disse Dulce.
- Ele me contou do contrato.

Dulce
prendeu a respiração quando escutou aquelas palavras da boca de
Alfonso. Ela o olhou com os olhos arregalados como os de uma criança
que tinha sido apanhada no flagra. Dulce abaixou a cabeça.

- Desde quando você sabe disso? – perguntou ela olhando para as mãos.
-
Desde o começo. Christopher acabou me contando tudo num momento de
desespero. – disse Poncho – eu disse que não contaria a ninguém que eu
sabia do tal contrato... tanto é que nem Anahí sabe.
- Ela não sabe mesmo? – perguntou Dulce desconfiada.
- Não... ela não sabe de nada Dulce. E nunca saberá pela minha boca. – disse ela sério.
- Brigado Poncho... – ela o olhou. – sei que não está fazendo isso por mim, mas mesmo assim...
- Faço isso por você e por Christopher. – disse Poncho sorrindo. – E eu também sei que você está gostando dele de verdade.
- Claro que não estou Poncho. – disse ela surpresa – eu não sinto nada por ele.
-
Tanto eu quanto você sabemos que é mentira. – disse ele firme. – sei
que você lutou por isso mas está totalmente envolvida. Tanto você
quanto o Christopher. Posso até arriscar que vocês estejam apaixonados
um pelo outro.
- Não fala besteira Poncho. – disse Dulce firme. – Isso é mentira. Como eu poderia gostar de alguém que me traiu!?
-
Você ficou assim porque gosta dele... se não lhe importasse nada
aconteceria com você. E você bem sabe! - Poncho... eu não posso gostar
de alguém que faz isso comigo. Você não me entende?!
- Mas no coração ninguém manda Dulce e eu sei melhor do que ninguém... e você também sabe!
- Mas o que eu estou passando não tem nada haver com que aconteceu com você e a Any! – disse Dulce.
- Não vou insistir... mas você agora já sabe a minha opinião. – disse ele. – só lhe peço para não cometer nenhuma besteira.
- Jamais colocaria a vida do meu filho em risco Poncho. – disse Dulce firme.
- Eu sei disso... falo com relação a Christopher.
- Está bem Poncho...

O celular de Alfonso começou a tocar.

- É o Christopher novamente. – disse Poncho olhando no visor do celular.
- Você não está aqui comigo ok!?

Alfonso
foi para o canto do quarto e falou de maneira rápida com Christopher e
para a surpresa dela falaram em outro idioma que ela havia aprendido na
escola. Falavam rapidamente em alemão.

- O que ele queria? – perguntou Dulce seca.
- Saber como você está. Será que você não percebeu que ele também está apaixonado por você Dulce?
Dulce
riu.
- Isso não é paixão Poncho. É peso na consciência. – ela o olhou. Falava de modo irônico – e você sabe que é.
- Não. Eu não sei Dulce. – ele a encarou.- Agora deite e descanse. Amanha pela manhã passarei para ver como está.
- Ta bom Poncho! Boa noite. – disse Dulce sorrindo.
- Pense no que eu falei para você.
- Tentarei pelo o contrario. Quero esquecer o Christopher. – disse ela o encarando.
- Estou tranqüilo porque eu sei que você irá pensar. – ele riu – te conheço bem pequena!