Fanfic: Barriga de aluguel - D&C-Completa!!!

Dulce esperava Christopher impaciente. Olhou o relógio, ele estava atrasado.

- Você...
- Desculpa Dulce. – disse ele – acabei me atrasando. A reunião durou mais do que eu esperava.
- Tudo bem... vamos porque estamos mais do que atrasados. – disse Dulce. – ta nervoso Chris?
- Não... – disse ele.

Em poucos instantes estavam a caminho da clinica.

- Chris...
- Oi...
- Você quer menino ou menina? – perguntou Dulce abaixando o som do carro.
- Eu... nunca parei para pensar.
- Mas se você tivesse que escolher...
- Dulce... eu não tenho preferência... – ele a olhou – estou falando sério.

Entraram
na suntuosa clinica. Christopher a tinha escolhido, pois ali era o
lugar com os melhores médicos do país. Sentaram-se na sala de espera,
tinham que aguardar.
- Dulce Maria von Uckermann. – chamaram.

Dulce levantou-se e Christopher a seguiu. Andaram por um corredor largo e entraram no consultório.

- Dulce.
- Olá Dr. Lopes. – disse Dulce apertando a mão do médico. – esse é meu marido.
- Muito prazer. – disse Christopher – sou Christopher Uckermann.
- Já ouvi falar muito de você. – disse o médico.

Dr. Lopes era um senhor de meia idade, parecia muito sério e competente no que fazia.
Christopher ficou conversando com o médico enquanto Dulce trocava-se no banheiro.

- Eu gostaria de fazer algumas perguntas ao senhor. – disse Christopher.
- Já sei quais são... – disse o médico sorrindo – pode fazê-lo sem nenhum problema.
- Como o senhor sabe!?
- Todos os pais de primeira viajem fazem a mesma pergunta.
- Então não tem problema fazer sexo?!
-
Nenhum, mas você terá que ter mais paciência com ela, pois as mudanças
no corpo dela são muito grandes e a quantidade de hormônios também. -
Entendo. – disse Christopher.
- Mas não há problema algum. Pode
ficar tranqüilo. A única coisa mesmo é ter paciência com ela como eu já
lhe expliquei... ela ira ficar muito sensível até o final da gravidez e
um período depois que o bebe nascer.
- Obrigado.
- Não há porque me agradecer Christopher.

Dulce saiu do banheiro.

- Estou pronta. – disse ela.
- Nervosa? – perguntou Dr. Lopes.
- Um pouco. – respondeu Dulce.
- Querem saber o sexo do bebe hoje?
- Sim... – respondeu Dulce imediatamente.
- Algum palpite papai? – perguntou o médico a Christopher.

Christopher
assustou-se do modo com que o médico acabará de lhe chamar. Seria pai
dali a alguns meses apenas e não tinha acostumado com isso, na
realidade não tinha parado para pensar que aquele bebe que Dulce estava
esperando o chamaria de papai um dia.
- Hein papai?! – perguntou o médico novamente.
- Não... – disse ele fraco.

Dulce estava deitada ao lado da cama. Dr. Lopes passou o gel e ligou o pequeno aparelho. Um som alto invadiu a pequena sala.

-
É o coração do filho de vocês. – disse ele passando o transdutor – o
bebe está crescendo perfeitamente Dulce, será um bebe grande e
saudável.

Aquilo passando na barriga dela fazia cócegas e era um tanto gelado.

- Bem... – disse o médico olhando para a tela. – parabéns papai... é um menino.

Dulce
tinha os olhos mareados e Christopher estava ali parado. Não fazia
nenhum movimento, apenas encarava a tela que mostrava seu filho se
mexendo-se levemente. Ele não tinha palavras para descrever o que
estava sentindo naquele momento. Seus olhos encontraram com os de Dulce
e ela estava chorando.

- Dul... – disse ele fraco.

Ele deu um selinho estalado nos lábios dela, passando as mãos pelos cabelos das esposa.

- É o nosso menininho Chris... – disse ela limpando os olhos. – parabéns papai.

Christopher
estava abobado em ver o filho. No começo de toda a história com Dulce
nunca imaginaria que pudesse sentir algo assim ao ver seu filho no
ventre daquela mulher que tinha lhe trazido tantas coisas boas para sua
vida. Tinha jurado que não iria se envolver com ela e nem com o bebe,
mas isso já não mais possível. Estava apaixonado por Dulce e tinha
plena consciência disso e já queria essa criança mais do que tudo. Como
um serzinho tão pequeno podia ter tanto poder!? Apesar de saber o que
sentia por Dulce, nunca iria admitir isso, não poderia por tudo a
perder e acima de tudo não suportaria colocar a vida dela e de seu
filho em risco. Preferia tê-la longe dele protegida do que perto
correndo risco de morte.

- É o nosso menino Dulce. – disse ele fraco.

O
médico continuava a passar o transdutor pela barriga de Dulce. O nenê
aparecia em diversos ângulos. Estava todo formado. Podia se ver as
perninhas, os pezinhos, as mãozinhas. Dulce tinhas os olhos cheios de
água quando finalmente o médico desligou a pequena tela.

Os dois
se encontravam agora no consultório do Dr. Lopes. Pareciam perdidos,
cada um em seus pensamentos, mas ambos com o mesmo enfoque.

- Dulce... tirei algumas duvidas de seu marido. Vou repeti-las a você. – disse o médico.

Dulce olhou para Christopher sem entender, ele apenas fez um sinal com a cabeça sem nenhum sentindo.

-
Vocês podem manter relações normalmente... não terão problemas nenhum.
O bebe não será machucado – disso o médico sorrindo – esse é um medo
típico de pais de primeira viagem.

Christopher sorriu e Dulce
apenas afirmou com a cabeça. Ela não acreditava que Christopher pudesse
ter ido tirar essas duvidas com o seu obstetra. Ela apenas riu com seus
pensamentos.estava disposta a ficar com o homem que estava ao seu lado
o resto de seus dias, sabia que isso não era possível e que
provavelmente isso nunca aconteceria. Cada um seguiria seus passos
assim que o contrato acabasse.

- Você tem alguma duvida Dulce?
- Quanto a viagens de avião? Eu poderei fazê-las normalmente?
- Claro, peço apenas que você venha uns dias antes da viajem para fazer uma avaliação do estado do saúde de vocês dois Dulce.
- Ela fará. – disse Christopher.

Dulce
despediu-se do médico, sem antes tirar mais algumas duvidas que ela
julgava importante saber. Christopher apenas escutava, seus pensamentos
estavam na fita que se encontrava nas mãos de Dulce. Saíram do
consultório quase uma hora depois da consulta ter começado. Tinham
tirado algumas duvidas e o médico os tranqüilizou-os dizendo que as
perguntas iram vir com o tempo.

- Com fome Dulce? – perguntou Christopher após saírem do consultório.
- Estou... parece que faz um ano que não como. – disse sorrindo.
- Agora você come por dois... – disse ele rindo.

- Não vem como essas... você escutou o que o médico disse.
- Claro que escutei, apenas estou brincando um pouco. Você quer comer onde?
- Tanto faz. – disse ela – tem alguma sugestão?
- Podíamos ir naquele café perto da empresa... sei que você gosta de lá. – disse ele entrando no carro.
-
Pode ser, faz tempo que eu não vou lá. Agora me bateu uma vontade de
comer aquela empadinha de camarão que eles fazem que você não tem
idéia.
- Então vamos satisfazer a sua primeira vontade. – disse
ele sorrindo – não quero que meu filho nasça com cara de empadinha de
camarão.
- Isso definitivamente não teve graça Chris.

Ele a
olhou e corou. Sem duvida Dulce tinha jogado um banho de água gelada em
seu senso de humor. Todos os assuntos que tinham era de trabalho, mas
nenhum deles se encaixava naquele momento. Dulce olhava pela janela do
carro distraída, tinha uma das mãos pousadas gentilmente sobre a
barriga enquanto a outra enrolava uma mexa de cabelo. Essa uma das
manias de Dulce que Christopher mais gostava, a deixava com um aspecto
delicado de uma menina.

O café não era um lugar sofisticado,
muito pelo contrario. Era simples e aconchegante, o tipo de lugar que
Christopher nunca ia e que Dulce adorava. Sentaram-se numa mesa de
canto.

- O que vocês iram querer? – perguntou o garçom.
- Eu quero uma pizza enrolada e uma coca – disse Christopher – e você Dul?
- Eu vou querer uma empada de camarão. – disse Dulce – com um suco de maracujá.

O garçom se retirou deixando os dois novamente sozinhos.

- Um suco de maracujá!? – perguntou Christopher.
- É... tem sido um ótimo remédio para o meu nervoso. – disse ela rindo.
- Ah sim! Entendo. – disse ele olhando para a plaquinha da mesa. – obrigado Dulce.
- Pelo que? – perguntou sem entender nada.
- Por essa nova vida que eu estou levando.
- Licença?

Christopher
levantou o rosto e deparou-se com Kuno o olhando. Seu semblante fechou
e ele apenas mediu o homem que estava parado ao seu lado de cima
abaixo. Suas mãos fecharam instintivamente enquanto Dulce que estava em
sua frente não sabia ao certo que fazer.

- Como você sabia que estávamos aqui? – perguntou Christopher seco.
-
Me disseram que tinham visto vocês entrarem aqui. – disse Kuno sorrindo
para Dulce - acabei de sair da sua empresa Christopher. Tinha negócios
a tratar com o departamento de Relações Internacionais.
- Espero que tenha resolvido. – disse Christopher.
-
Sem duvida nenhuma. Seus funcionários são muito prestativos, mas do
mesmo jeito terei que ficar por mais algum tempo no México.
- Interessante. – disse Christopher seco. – só espero que cuide da sua vida nesse meio tempo.
- Christopher! – exclamou Dulce espantada.

Dulce estava no meio do fogo cruzado. Agora Christopher e Kuno tinham voltado a se medir de cima a baixo.
- Estou de saída. – disse Kuno ao ver a cara de Dulce. – só vim lhe ver Dulce.
- Fico muito agradecida. – disse ela gentilmente.
- Agora se me dão licença, tenho problemas a resolver. – disse ele olhando para Dulce.
- Lhe dando toda. – disse Christopher.

O
garçom se aproximou trazendo os dois pedidos. Colocou-os na mesa. Os
olhos de Dulce brilharam ao ver a empada que estava à sua frente.
Christopher sorriu ao ver a esposa comendo a empadinha com tanta
vontade. Ele tinha ficado incomodado com a presença de Kuno que chegava
a ter perdido a fome.

- Você não vai comer Chris? – perguntou Dulce.
- Ah... vou. – disse ele olhando para a pizza enrolada.