Fanfic: Barriga de aluguel - D&C-Completa!!!

A casa de Blanca não era tão distante da casa de Christopher e Dulce.

- Filha querida! – disse Blanca abrindo a porta.

Dulce abaixou-se e deu um beijo na mãe. Mariana apareceu atrás de Blanca vestindo um avental de cozinha.

- Vejo que minha mãe arranjou uma substituta definitivamente neh!? – disse Dulce abraçando Mariana.
- É... – disse Mariana sorrindo – agora que você não está sou eu e sua mãe apenas né!?
- Como você está querido? – perguntou Blanca à Christopher.
- Estou bem Dona Blanca. – disse ele sorrindo.
- Entrem. Vamos, o almoço esta quase na mesa. – disse ela virando a cadeira e entrando dentro da casa. – espero que não se importe Christopher, a comida aqui é bem simples.
- Claro que não. – disse ele sorrindo – faz muito tempo que eu não sei o que é comida de verdade.
- Minha filha nunca cozinhou para você!? – perguntou indignada.
- Não. – disse Christopher olhando para Dulce corada. – acho que faltou oportunidades..
Mais uma vez Dulce viu o menino Christopher nos olhos do homem que estava a sua frente. seu olhar estava tranqüilo e sereno, não tinha nenhum vestígio da mascara de indiferença que sempre trazia neles. Mariana colocou a comida na mesa e sentou-se.

- O que eu te falei Chris!? – disse Dulce colocando arroz no seu prato.
- É verdade. – disse ele se servindo de feijão. – esse cheiro está muito bem.
- Espero que gostem. – disse Blanca já comendo. – eu não sei nem como lhe agradecer Christopher.
- Não tem o que me agradecer Dona Blanca. – disse ele sincero – eu faço isso porque é importante para Dulce e para a senhora. – ele olhou para Mariana – a senhora ganhou mais uma filha.
- É... Mariana foi um anjo que caiu na minha vida. – disse Blanca. – ela me lembra quando eu era mais nova.
- A senhora me disse uma vez isso. – disse Mariana pela primeira vez. – como está a gravidez Dulce?!
- Está bem! É um menino! – disse Dulce exultante.
- Eu vou ter um netinho então!? – perguntou Blanca sorrindo.
- Sim Dona Blanca. – respondeu Christopher. – é um menino.

- Parabéns filha, parabéns Christopher. Isso é uma noticia maravilhosa. – disse Mariana sorrindo. – fico muito feliz por vocês dois.
- É um menino lindo mãe... depois eu trago o ultra-som do bebe para a senhora ver. – disse Dulce animada.
- Eu quero muito ver o meu neto. – disse ela sorrindo. – soube que a Any também está grávida é verdade querida?
- Sim mamãe... ela está de 4 meses também. Assim como eu. – disse Dulce. – mas ela como sempre está magra né!
- Você não engordou nada Dulce. – disse Mariana.
- Eu já disse isso a ela. – disse Christopher – mas ela não acredita.
- Estão todos contra mim. – Dulce riu. – vocês estão fazendo complô.

Mariana/Raquel encarava Christopher discretamente. Ele a tinha cutucado no almoço quando disse que Blanca tinha ganho mais uma filha.

- O que achou da comida Christopher? – perguntou Blanca.
- Uma das melhores que eu já comi. – disse ele sincero. – fazia muito tempo que eu não comia desse jeito.
- Filha! – exclamou Blanca.
- O que foi mamãe? – perguntou Dulce.
- Você tem que cozinhar para o Christopher pelo menos uma vez querida. Faça a macarronada.
- Pode deixar que eu farei.
- O que achou da comida Christopher? – perguntou Blanca.
- Uma das melhores que eu já comi. – disse ele sincero. – fazia muito tempo que eu não comia desse jeito.
Passaram uma tarde agradável na casa da mãe de Dulce. Christopher sentia-se amado naquela casa, era como se aquelas fossem sua verdadeira família. Fazia muitos anos que não se sentia querido daquela maneira, a casa onde Blanca morava era pequena, mas aconchegante e acolhedora. E em muitos anos tinha comido uma comida de verdade, comida caseira, como apenas a sua mãe sabia fazer.

- Chris... espero que essa tarde não tenha lhe entediado. – disse Dulce o observando enquanto ele dirigia.
- Muito pelo contrario. Foi uma das melhores tardes que eu já tive.
- Que bom! Fico tão feliz em saber que você se sentiu assim. – disse ela sincera.
- Brigado por hoje Dul.
- Você não tem o que me agradecer. – disse ela séria – eu acho que selamos uma paz não!? – ela riu.
- Acho que sim. – disse ele sorrindo – e eu não quero que isso acabe.
- Nem eu. – disse desabafando.

O sol já se punha quando eles colocaram os pés novamente no apartamento de Christopher. Germana estava na porta a espera deles.

- Aconteceu alguma coisa por aqui Germana? – perguntou Christopher.
- Nada. Tudo como sempre. – disse Germana.
- Alguém ligou? – perguntou Dulce.
- Maite e Anahí – disse Germana. – pediu para que você retornasse assim que chegasse em casa Dulce.
- Ligarei para elas. – disse Dulce.

Dulce ficou horas conversando com Anahí, ela contava tudo sobre a outra menininha que estava esperando. Ela falava sem parar e Dulce apenas sorria. Ela e Anahí fizeram planos para seus filhos.
- Somos duas idiotas. – disse Dulce rindo.

- Ah Dulce... – disse Anahí com voz de bebe – não é assim tão impossível.
- Any... olha o que a gente tava falando. Os nossos bebes se casando.
- Vai saber o dia de amanha.
- Ta ta... – disse Dulce rindo – essa é nova! Uma barbie filósofa.

Dulce desligou o telefone, sua orelha estava quente. Não tinha idéia de quanto tempo havia falado com Anahí e com Maite depois. Já era tarde e Christopher ainda não estava no quarto. Ela estranhou o horário, já haviam jantado e normalmente o marido não demorava tanto tempo para subir. Colocou um camisolão, sentou-se na cama e ligou a tv. As horas passaram e nada de Christopher, suas pupilas estavam pesadas, acabou dormindo sentada enquanto assistia televisão.

Christopher olhava os extratos bancários da empresa com atenção, estava tudo sobre controle. Olhou as planilhas, os planejamentos. Estava andando tudo corretamente, a empresa funcionava muito bem sem ele. Anotou na agenda eletrônica os compromissos para a manhã seguinte. Olhou para o canto esquerdo do leptop e assustou-se com o horário, estava trabalhando desde que haviam chego da casa de Blanca. A imagem de Raquel surgiu em sua mente, uma hora ou outra toda essa história viria a tona, a única coisa que não entendia era o motivo de Sol ter mencionado-a. Espreguiçou-se na cadeira, saiu do escritório e encontrou todas as luzes apagadas, as escadas estavam iluminadas por luzes fracas vindas do topo. Entrou no quarto e encontrou Dulce sentada adormecida e um programa sobre partos passando. Christopher desligou a tv e aproximou-se de Dulce, teria que ajeita-la sem que à acordasse.
Pegou-a com cuidado e deitou-a no travesseiro. Ela mexeu-se até estabilizar-se, sua camisola havia subido consideravelmente deixando sua barriga inteirinha à mostra. Christopher sentou-se ao lado dela e pousou a mão sobre a barriga de Dulce. O bebe mexeu-se levemente fazendo com que um sorriso bobo aflorasse no rosto de Christopher.

- Você demorou para subir. – disse uma voz sonolenta.

Christopher viu que Dulce estava com os olhos semi-serrados, pois a luz vinha forte em direção a eles não permitindo que abrisse-os completamente.

- Te acordei? – perguntou ele sussurando.
- Não... – disse Dulce – toda vez que o bebe mexe eu acabo despertando... mas acho que a culpa é sua por ele ter mexido. – disse ela sorrindo olhando para a mão de Christopher.
- Me desculpe... – disse ele sincero – não queria te acordar, mas eu não resisti...
- Não tem porque se desculpar Christopher. Esse bebe não é só meu filho, é seu também. E você tem todo direito de sentir ele mexer. – ela sorriu.
- Obrigado Dul... é fantástico poder sentir ele mexendo.
- Sem duvida nenhuma. É mágico. – ela sorriu.
- Ele se mexe todo momento? – perguntou ele passando as mãos pela barriga de Dulce.
- Não... tem horas que ele fica quieto. Mas quando escuta a sua voz, ou você coloca a mão na minha barriga como agora ele se mexe bastante. – disse ela colocando a mão de Christopher mais para o lado. – ele chuta bastante quando você chega perto. Ele reconhece e voz do pai.
- Ele está se mexendo... – disse ele com os olhos brilhando – quando você faz cinco meses?
- Daqui a duas semanas... – disse ela. – ainda está longe...
- É melhor dormimos...
- Sim... – disse ele ajeitando-se no travesseiro – amanha temos que ir trabalhar.
Christopher confirmou com a cabeça, deitou-se ao lado de Dulce que já dormia pesadamente ao seu lado. Ele olhou para o teto pensando nas coisas que aconteciam rapidamente em sua vida, sentiu que o sono enfim estava chegando, deitou-se ficando cara a cara com Dulce e adormeceu.