Fanfic: Pure Love (D&U)

Os proximos dias foram dolorosos e dificeis. – No dia seguinte, Christopher a levara ao hospital, para que começassem todos os procedimentos necessários. 

Para o outro dia, decidiram por marcar a primeira quimioterapia; e aquilo, Christopher sabia, significava muito mais sofrimento. 

— Você vai ficar comigo, não vai? — A voz da menina saíra baixinha; quase uma súplica.

— Sim, pequenina! Eu não vou sair daqui, fique tranqüila! — Ele dizia, segurando uma das mãos da filha, que tinha os olhos rasos d’água. 

— Eu estou com medo... — Ela confessou, quase sussurrando. 

— Não precisa ter medo, ok? Eu estou aqui, não estou? Vou te proteger... Seu super herói, esqueceu?

— Eu amo você, ta? — Ela disse, abrindo os bracinhos; pedindo um abraço. 

Aquele, fora o começo de toda agonia para Christopher. Ver sua menina sofrendo daquele modo, era algo que lhe causava tanta dor no coração, que, tal dor chegava quase a sufocá-lo. E a cada dia que se passava, certa pergunta não desistia de habitar sua mente: Por quê Deus? Por que justo sua menina?! 

Foram alguns dias de sessões de quimioterapia, para que logo os efeitos colaterais começassem a surgir. Dolorosos e violentos, como era de se esperar.

— Tudo bem, agora? — Ele dizia, enquanto segurava um pequeno balde, onde a menina acabara de vomitar. 

— Eu quero a nossa casa, papai. — Ela deitou-se novamente na cama; . 

— Eu sei, meu anjo. Eu sei... — Suspirou. — Logo voltaremos, ok? Eu prometo!

Os longos dias deitada em uma maca, era quase uma rotina para a pequena Samantha, que apesar de tudo aquilo, ainda se preocupava em dar um sorriso hora ou outra. E na verdade, cada pequeno sorriso dela, para Christopher, era como se a bateria da esperança dele, se recarregasse.

— Papai, o que está acontecendo com o meu cabelo? Ele está... Caindo? — Ela dissera enquanto penteava o cabelo. Um tufo do cabelo cor de chocolate estava preso ao pente.

E, diante a tal pergunta, o silêncio pareceu a melhor resposta para Christopher.

Alguns meses se passaram, os dias iam se arrastando e o relógio parecia correr lentamente, no entanto, a doença ia, aos poucos tomando conta de pequena Samantha, que agora, estava pior do que antes. 

As noites de Christopher se resumiam em não dormir, ou chorar; e com tudo aquilo, o homem optou por deixar de trabalhar. A cada dia que se passava, menos tempo ele tinha para a menina, que naquele momento, era sua prioridade. Vivia apenas com a gorda pensão da mãe, e que de fato, era a sua salvação todos os meses.

— Interná-la? — Ele perguntou, atônito.
— Sim. É o melhor que fazemos agora. — O médico dizia, mirando o histórico médico da menina. — Ela precisa ser cuidada melhor, e não há como fazermos isso, se não, internando-a.

E, mesmo com o coração pequeno, ele teve de fazer aquilo. Doía demais, no entanto, ele sabia que era o melhor pra ela. E, por mais que doesse, ele teria de encontrar forças; ele faria tudo para salvar a sua menina, e não importava o que fosse.