Fanfic: Pure Love (D&U)

Dulce estava a acariciar as costas dele, enquanto ele mantinha a cabeça apoiada nas mãos e, aquelas miseráveis lagrimas não o dava trégua. A cada lágrima, parecia, no entanto, que a dor no peito dele apenas aumentava. 

— Deixe-me que eu arrumo isso. Você não precisa passar por isso, você sabe! — Ela dizia baixinho, enquanto o via ainda aos soluços. 

— Não... Eu quero. — Ele dizia, limitando-se as palavras. — Eu quero fazer isso, mas como você vê, preciso que fique comigo. — ele a mirou nos olhos, e ela levou uma das mãos ao rosto dele. — Ela gostava tanto de brincar com essas bonecas... — Ele mirava Sammer e Lune em suas mãos; as bonecas eram as que Sam segurava quando vira Dulce pela primeira vez. — Mas eu sei que outras pessoas precisam delas, e que ficarão tão felizes quanto Sam em tê-las em companhia. 

— Você tem um bom coração, meu amor; e eu sei que, apesar de toda dor você faz isso de boa vontade e eu sei também, que de onde quer que Sam esteja nos protegendo, ela está feliz por sua atitude. 

— Você acha que... — Christopher desviou seus olhos dos dela por alguns breves instantes. — Acha que fizemos o suficiente? 

— Você simplesmente a amou; amou-a apesar de qualquer coisa ou pessoa. Sim, você fez o suficiente! — Ela disse, regalando-o um sorriso de canto. — Você fez o que pode; a fez feliz e agora, ela quer ver-te feliz! 

— Eu preciso que você me ajude... — Ele dizia encostando sua testa a dela. — Fique comigo, por favor. 

— Eu estou aqui, vou sempre estar. — ela dissera, sentindo a respiração dele próxima à sua. 

A verdade era que todo o ocorrido a dias atrás havia sugado a alma de Christopher, no entanto, mesmo que ele estivesse se sentindo morto, o coração dele continuava bombeando sangue, como sempre fizera, e isso significava que ele também teria de seguir sua vida. Poderia lhe doer o quanto fosse, mas ele precisava; por sua menina, por sua Sam. Por Dulce!

— Eu amo você. — Ele disse assim que separaram os lábios. — E eu não sei o que seria de mim se não fosse por você. — Ele dizia acariciando uma das mãos dela, na qual ele segurava delicadamente. — Obrigada por estar aqui! 

Ela não disse nada. Sabia que não era preciso; não quando ela estava com ele. Bastava um olhar, um sorriso, um beijo e ambos se entendiam. Não precisavam se esforçar tanto, por que de uma forma desconhecida pelo casal, eles possuíam uma ligação tamanha, a quase lerem um, os pensamentos do outro. Algo quase surreal. Amor em uma medida infinita, inexistente; amor puro demais, amor, simplesmente. 
Horas depois, estavam fechando todas as caixas, e agora, o quarto parecera vazio demais. Christophe suspirou, enquanto pegava uma caixa, e levava para a sala, Dulce fez o mesmo.

— Você tem certeza que vai doar tudo isso, Chris? — Dulce o mirou, esperando a confirmação. — São lembranças e...

— As melhores lembranças são guardadas no coração. — Ele sorriu tristemente. — Eu quero fazer isso; estou seguro. 

— Certo. — ela deixou a ultima caixa perto das outras e foi até o namorado. — Quando você se muda? 
— Daqui a alguns dias, mas, preferi preparar as coisas de Sam primeiro. Acabar com essa angustia de uma vez. 

— Seu coração aos poucos vai se aliviar; pode ter certeza!

— Eu rezo a Deus por isso todos os dias.

Depois de mais alguns minutos terminando de arrumar os últimos detalhes, Dulce se levantou do sofá e Christopher a mirou desentendido. Logo ela voltara; um envelope branco nas mãos. 

— O que faremos com isso? — ela mirou ao papel, logo à Christopher. — Pensei em jogar fora, mas... 

— Abra-o. — Christopher disse, simplesmente. 

— Como? — Dulce se encontrava realmente surpresa. — Este é o exame de...

— ... Compatibilidade, eu sei. — ele suspirou, — eu quero saber se eu era compatível, se eu poderia fazer mais... Abra-o. — Ele pediu mais uma vez.