Fanfic: Pure Love (D&U)

— Hey, pequenina! — Ele conversava com a menina, que dormia ainda em seus braços, agora, já dentro de casa, sentado no sofá. — O que eu farei com você? 

Era algo confuso demais. Estranho demais. Rápido demais. 
Christopher possuía trabalho, obrigações; uma vida! Ele não poderia simplesmente se responsabilizar por algo tão... Dependente dele. Era um bebê, e... Céus! Apesar de tudo aquilo, ele já sabia que não possuía coragem para abandoná-la. Ele, melhor do que ninguém, sabia como era ser sozinho em um mundo e para alguém tão pequenino, era algo infinitamente pior. Se ele, talvez, optasse por levá-la à um orfanato, ele não saberia como ela seria cuidada, se lhe dariam amor... Se seria feliz!
Passaram-se minutos, talvez horas, ele não sabia ao certo; e ele ainda estava lá, na poltrona, com a menina em seus braços. A mente vagava por hipóteses diferentes, cogitando suas melhores e piores conseqüências. 
No entanto, de repente, Christopher decidiu privar-se de seus próprios pensamentos e, com uma segurança na qual ele não sabia ao certo de onde viera, ele por fim, se decidiu: Ficaria com a menina. Sua menina. Sua filha.

Alguns dias se passaram e, depois de tanta correria da parte do homem, por fim, Christopher havia conseguido arrumar um quarto e comprar, ao menos, um pouco das coisas necessárias para a bebê. 
A verdade era que Christopher estava se surpreendendo com tamanha esperteza da menina e melhor ainda, era o fato de que a garotinha não lhe dava tanto trabalho; não como ele imaginava que seria, claro!
As noites mal dormidas e a dificuldade, muitas vezes, em preparar uma simples mamadeira, no fim das contas, não importava. Bastava ver o sorrisinho da garotinha quando ele brincava com ela, e todos as dificuldades pareciam não terem existido. 
Aproveitando que ele não se dava o direito de algumas férias fazia algum tempo, ele decidiu conversar com seu chefe, explicou toda a situação que, prontamente entendeu, e o liberou. Seriam 40 dias e ele precisava, urgentemente, dar um jeito em toda aquela situação. Teria de conseguir a guarda da menina para poder registrá-la; não poderia deixar a filha com uma babá, quando voltasse a trabalhar. E, diante a esse e muitos outros “pequenos” problemas, ele percebeu que, definitivamente, teria que começar a pensar como um pai. – Fácil era dizer, agora, fazer sua mente agir como tal, era demais! 
O trem havia saído de sua linha completamente, e isso, Christopher não poderia negar, lhe causava medo.

Era quase mês de Julho, quando por fim, depois de tanta luta e dificuldades ultrapassadas, o Juiz batera o martelo a favor de Christopher. Ele havia ganhado o direito de registrar sua menina! 

— Em que posso ajudá-lo? — A moça sorriu, gentil. 
— Eu queria registrar minha filha. — Ele sorriu, mirando rapidamente a menina em seus braços.
— Eu precisarei de seus documentos e de sua esposa. — Ela dissera, casualmente; Christopher ficara um tanto quanto confuso. 
— Eu não... Não tenho esposa. — Pausa. — Mãe desconhecida.