Fanfic: Why Only Now? | Tema: Naruto

Why Only Now?

Capítulo 2

Amizade... O dicionário da editora  Ediouro, define essa palavra assim:

1: Sentimento de apreço, camaradagem e afeição entre as pessoas, em geral não apresentadas, ou entre entidades ou grupo.

2: o relacionamento estabelecido por eles.

3: Pessoa amiga.

Palavras meio vagas para definir o quão grande é esse sentimento. Uma verdadeira amizade ultrapassa todos os limites. Sejam eles, étnicos, culturais, ou de qualquer outro tipo. Os verdadeiros amigos conseguem superar todos os obstáculos que encontraram na frente. E mesmo que um dos dois desvie-se do caminho, ainda existe o outro lá para mostrar ao  que desviou, onde se deve andar.

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Não conseguia se lembrar a quanto tempo se sentia tão feliz. Felicidade era o que experimentara naquele momento caminhando ao lado dele. Hinata sorria o tempo todo – não só por ele ser engraçado – mas também por que o simples fato de estar caminhando ao lado dele era tudo o que ela precisava naquele momento. Ainda não conseguia acreditar que ele tinha a chamado para ir ao Ichiraku’s. Cogitou a possibilidade de se auto- beliscar, mas não fez aquilo, seria muita infantilidade. Tentava controlar a respiração, que provavelmente, estaria fora de controle há alguns anos atrás. Mas graças a Kami, ela tinha amadurecido.

Ele nunca tinha sentido o que estava sentindo naquele momento. Ali começava a se arrepender de não ter passado mais tempo em companhia dela, aquela garota tão meiga e gentil, que sabia sorrir perfeitamente. Havia sido uma ótima idéia convidá-la para ir comer ramem junto com ele. Agora, além de poder se deliciar com o maravilhoso sabor do macarrão instantâneo, poderia desfrutar da presença de Hyuuga Hinata. Conversou com ela durante todo caminho, cada vez mais ficava surpreendido em como ela sabia conversar sobre qualquer assunto. E achava incrível o fato dela não quer matá-lo toda vez que ele dizia alguma bobagem( provavelmente Sakura tentaria tirar sua vida ). Na verdade, ela até ria das bobagens dele.

As ruas continuavam vazia, poucas pessoas passavam por aonde eles iam. O vento tinha aumentado o seu furor, agora já causava um pouco de frio. Hinata começava a sentir um pouco a temperatura diminuir, como Naruto estava com seus livros, não podia usá-los para, pelo menos, bloquear o vento. Só que isso não estava incomodando nem um pouco a jovem, estava mais concentrada em Naruto ao seu lado. Ele, naquele momento, contava mais uma missão que havia executado.

— Foi incrível Hinata! — Naruto exclamou — Os ninjas não paravam de chegar, toda vez que eu acabava com um, apareciam outros. Até que o Kakashi-sensei conseguiu encontrar o esconderijo deles e a luta acabou. Só que enquanto ele procurava junto com a Sakura-chan e o teme, eu tive que ficar lutando.

— E você não se machucou? — Perguntou ela preocupada. Ele achou muito gentil o jeito dela, nem sempre as pessoas demonstravam que estavam preocupadas com ele.

— Só alguns arranhões, mas nada mais grave. —Ele respondeu sorrindo — Veja! Já chegamos.

Eles chegaram ao Ichiraku’s, ficaram satisfeitos por ter lugares disponíveis para que eles pudessem comer. Naruto puxou a cortina da barraca e permitiu que Hinata entrasse primeiro. Sentaram-se um ao lado do outro, e não demorou muito para que Ayame viesse os atender.

—konbanwa! — Cumprimentou a atendente do Ichiraku’s — Não está sozinho desta vez Naruto.

— Não. — respondeu Naruto — Essa é a Hinata, Ayame-nee-san

— É um grande prazer conhecê-la Hinata-san. — Disse Ayame sorridente

— Para mim também. — Falou Hinata com um sorriso.

— O que vão querer?  — Perguntou a atendente.

— Eu quero um lámem de porco. — Disse Naruto. — E você Hinata?

— Para mim um de legumes.

— Daqui a pouco estarão prontos. — Informou a moça entrando para a cozinha do pequeno restaurante.

— Eu só falei de mim — Disse Naruto fitando a Hyuuga — Fale um pouco de você Hinata.

— Bom... como eu já lhe falei, estou trabalhando na Academia Ninja. — Ele tentava ser o mais coerente possível. Ficava feliz por o loiro está interessado no que ela tinha feito — Antes de começar a dar aulas, fiquei um tempo afastada das missões.

— Por quê? Ficou doente?— Perguntou o Uzumaki.

— Não Naruto-kun — ela sorriu — Tive que me dedicar mais ao clã.

— Ah!... Eu tinha esquecido aquela história de você ser herdeira e coisa e tal. — Explicou ele sorrindo.

— Tudo bem. Tive que passar um tempo fazendo as coisas lá em casa. Meu pai quer que eu adquira mais experiência.

— Que legal ! E quando você assume a liderança?

— No meu aniversário de dezoito anos. — Respondeu ela com a face ficando, ligeiramente, angustiada.

Naruto percebeu aquela súbita mudança na expressão da jovem. Só não conseguiu entender o porquê de ela ter ficado daquele jeito de uma hora para outra. Será que havia alguma coisa que Hinata estava passando, e aquilo a deixava mal? Teria perguntado se Ayame não tivesse voltado trazendo os pedidos prontos.

— Aqui estão. — Disse a atendente sorrindo.

— Itadakimasu! — Exclamou Naruto já passando a atacar a tigela de lamém.

— Itadakimasu. ! — Disse Hinata, ela conseguiu controlar a preocupação que tinha sentido ao pensar que em menos de dois meses seria nova líder do clã Hyuuga.

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Duas horas e quinze tigelas de lamem depois, os dois saíram da barraca e começaram andar pela vila. Hinata não queria ir embora, mas o tempo já avança e ela tinha que estar em casa. Aquela foi uma das melhores noites da sua vida, tinha passado ao lado de Naruto, e mesmo que a repreendessem iria ficar conversando com Naruto o tempo todo que ele quisesse.

— Você já tem que ir para casa Hinata? — Ela ficou muito feliz com aquela pergunta, deduziu que ele queria que ela ficasse mais algum tempo com ele.

— Não! — Respondeu ela sorrindo.

— Ótimo. — Ele também sorriu — Vamos andar mais um pouco?

— Sim! — Disse ela.

Por que havia pedido que ela ficasse? Devia ter deixado que ela fosse embora, só que não conseguiu fazer isso. Estava adorando passar aquele tempo com Hinata, há muito tempo não se sentia tão bem. Ficou feliz quando ela disse que não precisava ir para casa, agora poderia desfrutar um pouco mais da companhia dela e daquele sorriso maravilhoso.

— Ei Hinata? — Chamou ele.

— Sim Naruto-kun... — Ela passou a fitá-lo.

— Como vai o Neji? Tem muito tempo que eu não o vejo.

— Ele anda muito ocupado com os assuntos do clã. — Respondeu ela — Não sei se você sabe, mas ele vai se tornar o líder da família secundária daqui algum tempo.

— Nossa!  — Exclamou o loiro — Vocês dois vão ser muito importante. Vê se não se esquece dos amigos quando virar a líder, hein Hinata?

— Não vou esquecer Naruto-kun — Ela respondeu, o que ela não sabia é se permitiriam que ela continuasse com os amigos, principalmente com Naruto, tinha medo que não pudesse seguir sua vida como antigamente.

Toda vez que pensava naquilo entristecia-se profundamente. Pensar que não poderia ver Naruto, mesmo que de longe, a deixava angustiada. Tinha certeza de que não suportaria tamanho sacrifício. Mesmo que só fosse amiga dele, precisava estar com ele. Mesmo sem poder ser algo a mais, necessitava da presença dele par continuar a viver. Se o tirassem de perto dela, seria a mesma coisa que a impedissem de respirar. Todos a taxavam de fraca, diziam que ela não era digna de herdar o clã, e às vezes ela acreditava nisso.

Naruto notou que Hinata se entristecera novamente, e ele também notou, que como da outra vez, ela ficou assim depois dele ter tocado no assunto do clã. Sempre soube que os Hyuugas eram rígidos e disciplinados, mas não entendeu o porquê de Hinata ficar daquele jeito, sabia que não seria muito legal se perguntasse, mas a curiosidade, e a preocupação, falaram mais alto.

— Hinata. — Chamou ele — Por que toda vez que falo no clã você fica triste?

— Triste? — respondeu fitando os próprios pés — Acho que a palavra certa seria angustiada.

— Se quiser não precisava falar sobre isso. — Ele colocou a mão no ombro dela delicadamente.

— Não, tudo bem. Acho que preciso mesmo desabafar.

— Só que você não vai poder falar enquanto anda. — Ele disse sorrindo — Estamos perto da praça, vamos para lá.

— Hai. — Ela respondeu

O trajeto até a pequena, porém bela, Praça de Konoha foi feito em silêncio. Naruto estava mesmo com a razão, alguma coisa estava bem escondida entre as palavras e expressões da morena ao seu lado. Ele queria muito descobrir o que era para poder ajudá-la. Um sentimento de que precisava proteger Hinata começou a crescer dentro dele, e ele atribuiu aquilo a amizade que sentia por ela.

Depois de uns cinco minutos chegaram ao local, Naruto guiou Hinata até uma arvore que ele sempre usava para dormir quando estava com bastante sono depois dos longos períodos de treinamento. Sentou-se com as costas apoiadas no troco e ela sentou-se ao lado dele. Alguns minutos se passaram antes dela começar a falar.

— Espero que esteja preparado. — Falou ela com um sorriso melancólico— A história é bastante longa.

— Prometo que não dormirei. — Respondeu ele com um sorriso.

— Espero que sim. — Ela suspirou pesadamente antes de começar. — Meus problemas começaram no dia que nasci — Ele pareceu chocado quando ela falou isso — Minha mãe ficou muito fraca depois do meu nascimento, ela não podia ter filhos, e o esforço que fez para me ter acabou deixando ela doente. Meu pai me culpava por isso, ele achava que eu ter nascido foi a causa de tudo. Quando Hanabi nasceu, mamãe não sobreviveu. Eu tinha cinco anos.

— Você deve ter sofrido muito. — Disse ele tentando confortá-la.

—Sim. — Ela concordou — Principalmente por que papai se afastou de mim. Na minha infância foram raros os momentos em que estive perto dele. Só o via quando ele me chamava para treinar. E isso acontecia muitas vezes, meu pai sempre me obrigou a passar horas e horas praticando o controle do meu doujutsu.

— Pera aê. — Ele respirou — Você não brincava quando era criança?

— Não... — respondeu ela com um sorriso melancólico — Desde o dia que eu tive a capacidade de segurar uma kunai que venho sendo treinada sem parar.

— Não consigo entender. — Murmurou Naruto

— O que? A quantidade de treinamento que eu tive?

— Não.— Respondeu ele — Você nunca se divertiu quando era menor. Como não carrega nenhum trauma disso? Eu sempre fui sozinho, isso é verdade, mas em compensação sempre fiz o quis, você não.

— Eu sempre tentei dar o melhor de mim Naruto-kun. —Falou a Hyuuga — Mas você está enganado, eu carreguei, por muito tempo, consequência desse meu isolamento do mundo.  Você deve lembrar que eu não conseguia me comunicar muito bem.

— É mesmo. — Disse ele sorrindo ao se lembrar de todas as vezes que Hinata desmaiava ou corava perto dele. —Você sempre desmaiava quando eu chegava perto de você. —Ela teve vontade de falar que ela só desmaiava perto dele, mas não se sentia preparada o suficiente para aquilo.

— Somente depois de muito trabalho conseguiu reverter isso. — Ela sorriu para ele — Quando conseguiu virar uma guennin as coisas pioraram. Meu pai passou a me cobrar muito mais, e cada vez que eu fracassava ficava pior. Eu sempre me senti inferior, e sempre desisti.

—Mas você não parecia nada que acabou de dizer quando lutou com Neji.

— Isso foi porque encontrei uma pessoa que me ensinou como deveria agir. — Isso foi o mais perto de uma declaração que ela esteve. Naruto ficou curioso sobre essa pessoa, mas achou melhor não perguntar quem era. — Desde então tento fazer o melhor que posso. Consegui conquistar um pouco de respeito do meu pai. Antes ele achava que eu não tinha condições de liderar os Hyuugas. Hoje ele já acha que eu tenho alguma chance, mas mesmo assim...

— Não é o suficiente...? — Arriscou o loiro

— Nada do que eu faço basta. — Ela olhou para ele — Não faz idéia do trabalho que tive para convencê-lo a me deixar dar as aulas na academia. Só deixou depois que Tsunade-sama disse que não fui eu que pedi, e que foi uma ordem dela.

— E foi uma ordem dela? — Indagou Naruto

— Não. Ela disse isso para me ajudar. Eu nuca gostei da vida de um ninja. Nunca consegui colocar na minha mente que deveria matar pessoas para completar uma missão. Cada vez que tenho que fazer isso me sinto a pior pessoa do mundo — Ela deixou uma lágrima solitária escorrer de seus olhos — Quando estou com as crianças d aacademia sinto-me verdadeiramente feliz. Gosto de ensiná-las, é uma das únicas coisas que tenho prazer de fazer.

— Você é incrível Hinata. — Ele falou aquilo e a fez corar.

— Eu já tenho que ir agora. — Ela colocou-se de pé.

— Antes me responde uma coisa. — Ele fez uma pausa — Por que você nunca desistiu?

Ela caminhou afastando-se, ficando de costas para ele antes de responder.

—Por que meu nome é Uzumaki Naruto e eu não desisto nunca. — Ela sorriu — Esse também é meu jeito ninja de ser Naruto-kun. — Ela olhou para ele — Seu sorriso me salvou, eu não podia desistir enquanto você continuava em frente. Eu só queria alcançá-lo de alguma forma. Queria um dia poder andar ao seu lado, e não lá atrás. Você me ensinou a nunca desistir, muito obrigado por isso. — Ela voltou a andar — Boa noite, Naruto-kun!

Ele ficou parado, de baixo daquela arvore, com os olhos arregalados de surpresa. Não esperava ouvir aquilo de ninguém, muito mais de alguém como Hinata. Então ela tinha seguido em frente seguindo os passos dele. Não conseguia acreditar que ela tinha dito que o sorriso dele o salvou. Isso era impossível, ele nunca fora próximo dela, e mesmo assim... Mesmo assim ela tinha dito que ele a havia ensinado a nunca desistir. Dissera que só queria alcançá-lo

Ela queria andar ao lado dele? Isso era incrível, ninguém quisera andar ao lado dele. Sempre fugiram com medo da raposa de nove caldas. E Hinata, aquela menina que ele achava estranha, sempre teve vontade de alcançá-lo, mesmo tendo consciência do que habitava dentro dele. E recebeu agradecimentos sem ter feito nada. Ele não ajudara de nenhuma forma, e ela sofrera tanto sozinha, sem ter ninguém ao lado. Como ele, Hinata era parecida com ele. E se tinha uma coisa de que Uzumaki Naruto entendia era solidão, podia imaginar o quanto ela havia sofrido calada.

Levantou-se decidido, iria fazer por merecer aquele agradecimento dela. Tentaria ajudar Hinata de alguma forma, não sabia como, mas teria uma idéia, afinal:

— Eu sou Uzumaki Naruto e não desisto nunca!

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— Aqui não Sasuke-kun! — Pedia Sakura tentando se livrar das investidas do namorado.

— Pare de ser irritante Sakura. — Ele resmungou — Só um beijo.

— Não Sasuke-kun! — Ela fugiu para longe dele — Naruto pode chegar a qualquer momento.

— Prometo que vai ser rápido. — Ele conseguiu capturá-la com seus braços e juntou seus lábios. No começo ela tentou resistir, mas depois se entregou ao beijo e relaxou.

Naruto tinha acordado animado aquela manhã. Teria treino logo cedo, e quando acabasse iria até a academia ver Hinata. Passou a noite perguntando-se o porquê daquele desejo de ajudá-la. Concluiu que  era por que os dois tinham algum tipo de amizade. Afinal, amigos ajudam amigos não é? Olhou para o céu e pela posição do sol viu que já estava atrasado. Se demorasse muito aquele teme maldito ia encher a paciência. Apertou o passo e logo pode ver o campo de treinamento em que estavam acostumados a se encontrarem.

— TTTTTTTEEEEEMMMMMMeeeeeeeeeeeeeeeeeee... — A voz morreu na garganta quando ele viu aquilo.

Sasuke e Sakura estavam se beijando pertos do tronco que ele ficou preso no dia que conheceu Kakashi. Assim que ouviram o berro de  Naruto , o casal de namorados se separou assustado e olharam para o amigo.

— Naruto eu... — Sakura não conseguia falar, as coisas não eram para ter acontecido daquela maneira.

— Vá embora Sakura — Disse Sasuke sem olhá-la — Eu converso com o Naruto.

Sakura sabia que não adiantaria nada ficar. Aquela era uma conversa que só dizia respeito à Naruto e Sasuke, aos dois irmãos de consideração. Pegou a mochila que estava jogada no chão, olhou mais uma vez para Naruto que ainda estava petrificado, e saiu com algumas lágrimas chegando aos olhos. Não queria que o amigo sofresse, mas pelo visto aquilo seria impossível.

— Vamos conversar Naruto.— Disse Sasuke aproximando-se do Uzumaki.

— Acho que palavras não serão necessárias —  Falou Naruto passando a encarar Sasuke — O que eu vi já esclarece tudo.

— Naruto... Eu gosto da Sakura de verdade e não queria que você descobrisse assim. Sei que ainda sente algo por ela, mas foi algo que eu e ela não pudemos controlar.

— Acho que você ganhou novamente de mim teme — Naruto sorriu melancólico

— Dobe...— O Uchiha falou se sentido triste — Eu não mereço, de verdade, tudo o que você e a Sakura fazem por mim. Nunca serei capaz de agradecer. Eu a amo Naruto. E nunca pensei que poderia me sentir desse jeito. Só espero que você compreenda.

Naruto viu que o Uchiha falava a verdade. E foi incrível perceber que Sasuke amava Sakura de verdade. Ele notou uma coisa também, ele não sentira tanta dor como esperava sentir. Eu nunca a amei dessa forma, pensou ele. Fechou os olhos para controlar os batimentos do coração.

— Só me dê um tempo para assimilar tudo Sasuke. — Disse Naruto após alguns segundos

— Tudo bem. Quando estiver pronto apareça lá em casa.

O Uzumaki balançou a cabeça e saiu daquele local o mais rápido que pode. Queria somente esquecer aquilo que estava sentindo. O pior foi descobrir que ele mesmo estava se enganando esse tempo todo dizendo que amava Sakura. Nunca a amou, não do jeito que o Uchiha disse que amava. Agora podia compreender tudo, mas mesmo assim aquilo doía muito. Tinha que arranjar algo para fazer e esquecer tudo aquilo por algum tempo. Mudou de trajetória e foi para o prédio da Hokage entrando pela janela.

— Me dê à maior missão que você tiver vovó. — Ele falou assim que estava na frente da loira — Uma  que dure bastante.

— Não vê que estou ocupada Naruto. — Disse Tsunade apontando para trás dele. Naruto se virou e reparou que Hinata estava ali.

— Oi Hinata. Desculpe-me pela intromissão.

— Tudo bem Naruto-kun — Respondeu ela sorrindo

— Você disse que quer uma missão Naruto? — Perguntou Tsunade

— Isso mesmo. — confirmou ele — A mais longa que você tiver.

— Tem uma, mas acho que você não vai gostar muito.

— Quanto tempo dura?

— Pelo menos duas semanas — Disse ela o fitando

— Eu aceito. —Respondeu ele — Só quero a missão.

— Ótimo. — Falou ela sorrindo — Eu estava passando essa missão para Hinata fazê-la sozinha, mas já que você se ofereceu vai poder ajudá-la.

— O que teremos que fazer? — Ele perguntou.

— Vocês tem duas semanas para organizar todo o arquivo da vila.

Parece que pedi uma missão não foi assim uma idéia tão boa.