Fanfics Brasil - Capitulo 4 - parte 4 A dança da sedução adaptada Vondy terminada

Fanfic: A dança da sedução adaptada Vondy terminada


Capítulo: Capitulo 4 - parte 4

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— Não duvido. — Suspirou e enxugou as lágrimas. — Não sei o que acontece comigo. Nos últimos tempos ando muito chorosa.


— Está mudando de vida. É uma época de emoções. E tem muito tempo livre para pensar e se preocupar. Por que não sai com suas amigas? Ainda tem tantas na cidade... Por que não vai a uma festa hoje à noite com um belo rapaz, em vez de ficar em casa, na véspera do Ano-Novo, assando ten­der com sua mãe?


— Gosto de ajudar você na cozinha.


— Dulce...


—  Está bem. — Levantou-se para terminar a massa, porque precisava ocupar as mãos. — Pensei em ir a uma festa hoje, mas a maioria de minhas amigas já se casaram ou estão namorando. Não sei com quem sair, nem estou à procura de companhia.


— E por que não, Dulce?


— Porque já conheci quem me interessa.


— Oh! E quem é?


— Christopher Uckermann.


Blanca tomou um gole de chá para ganhar tempo.


— Entendo.


— Sinto uma grande atração por ele.


— Christopher é mesmo um homem muito atraente. — Os olhos de Blanca brilharam. — Sim, sem dúvida é lindo e eu gosto muito dele.


Um pensamento cruzou a mente de Dulce.


— Mãe, não o mandou me procurar de propósito, man­dou?


— Não, mas teria feito se tivesse pensado nisso. Então, por que não sai com Christopher Uckermann na véspera do Ano-Novo?


— Christopher tem medo de mim. — Dulce riu ao ver o olhar espantado da mãe. — Bem, sente-se desconfortável, quero dizer. Acho que fui muito agressiva.


— Você? — A mãe fingiu não acreditar. — Minha filha tão tímida?!


Dulce soltou um risada e deixou a massa de lado.


— Está certo. Confesso que tentei seduzi-lo de qualquer modo. Mas ao esbarrarmos um no outro na loja de brinque­dos, quando ele comprava um caminhão para Jack, come­çamos a flertar, e pensei que estivéssemos na mesma sintonia.


— Na loja — repetiu Blanca em voz baixa, como se so­nhasse.


Ela e Fernando haviam se visto pela primeira vez ali, onde ele comprava uma boneca para a filha Freddie, do primeiro casamento. Destino, voltou a pensar. Ninguém escapava dele.


— Então — prosseguiu Dulce —, quando percebi que o brinquedo era para o filho dele, concluí que era casado, é claro. E fiquei aborrecida por ter correspondido ao flerte.


Blanca sorriu, deliciada com o rumo da história.


— É claro.


— Em seguida descobri que era viúvo e vi o caminho desimpedido. Ele também está interessado. — Dulce voltou a dar um soco na massa. — Só que teima em negar.


— É um solitário.


Dulce ergueu o olhar e sua expressão suavizou-se.


— Sim, sei disso. Mas insiste em não se aproximar. Tal­vez faça isso com todos, menos com Jack.


— Comigo ele é muito comunicativo e amigável. Entre­tanto, quando o convidei para vir aqui em casa amanhã, deu uma desculpa. — Blanca encarou a filha, enquanto levan­tava-se de modo decidido, para voltar ao trabalho. — Deve fazê-lo mudar de opinião. Se fosse você, iria à casa dos Uckermann mais tarde, levaria uma travessa de lentilhas para dar sorte no ano novo, e tentaria convencê-lo a vir nos visitar.


— É um tanto presunçoso aparecer na casa de um ho­mem na passagem do ano. — Dulce sorriu. — Mas é um pla­no perfeito. Obrigada, mamãe.


— Ótimo — retrucou Blanca, experimentando o mo­lho da panela. — Então eu e seu pai teremos nossa festinha particular de réveillon.


 


Christopher serviu-se de cerveja, desejando não ter comido o último pedaço de pizza. Estava esparramado no sofá com Jack, em meio ao caos na sala de estar. Um filme de segun­da categoria sobre monstros e alienígenas se desenrolava na tela da televisão. Admitiu para si mesmo que adorava fil­mes assim, despretensiosos, feitos apenas para divertir e ser esquecidos em seguida.


Dali a pouco mudaria de canal para ver a contagem re­gressiva da entrada do novo ano na Time`s Square, Nova York. Jack queria assistir e insistira em ficar acordado até tarde, entretanto, naquele instante, parecia lutar de modo feroz para manter as pálpebras erguidas, o que explicava o estado da sala, pois se esforçara para demonstrar que esta­va bem desperto. Por fim, adormeceu, encostado ao ombro do pai.


Christopher resolveu deixá-lo dormir até dois minutos antes da entrada do Ano-Novo. Bebericou a cerveja e ficou assis­tindo ao monstro de um só olho, invasor da Terra.


Quase pulou ao ouvir uma batida na porta. Resmungando, deitou o menino no sofá e levantou-se. A probabilidade de alguém ir visitá-lo depois das dez horas da noite era igual à de uma invasão de monstros, pensou, curioso.


Com cuidado, circundou brinquedos, tênis e meias es­palhados no chão, e dirigiu-se à porta. Devia ser alguém perdido ou que ficara com o carro enguiçado na estrada, pensou. Todos que conhecia na cidade estavam celebrando o Ano-Novo em suas casas ou na de amigos e parentes.


Entretanto, parecia que nem todos, concluiu com um so­bressalto, ao deparar-se com Dulce Saviñón.


— Olá. Achei que estaria em casa. Minha mãe mandou-lhe isto.


Christopher segurou a pequena vasilha com tampa de plás­tico.


— Sua mãe?


— Sim. Magoou-a quando disse que estava muito ocu­pado para ir lá em casa amanhã.


— Não disse que estava ocupado, eu... — Christopher inter­rompeu-se, porque não lembrava qual a desculpa que dera.


— As lentilhas são para dar sorte — explicou Dulce. — Mamãe espera que mude de idéia e apareça. Haverá mui­tas crianças para Jack brincar. Ele está acordado? Quero dizer olá.


Sem esperar pela resposta nem por convite, esgueirou-se para dentro da casa, pegando Christopher desprevenido, que saiu correndo atrás e alcançou-a na sala desarrumada com a tele­visão ligada. Sem jeito, começou a recolher alguns brinque­dos e objetos no caminho, empurrando outros com o pé.


— Ora! Pare com isso. — Dulce gesticulou, impaciente. — Conheço as casas que têm crianças. A nossa foi assim. Que árvore de Natal linda!


Com as mãos ocupadas, Christopher seguiu-lhe o olhar. Vira a dos Saviñón na sala de estar. Era maravilhosa, luxuosa e imponente. A dele e de Jack parecia ter sido decorada por um bando de duendes bêbados.


— Certa vez fizemos uma igual a essa — disse Dulce. — Eu, Freddie e Brandon infernizamos minha mãe até que ela nos deixou enfeitar a árvore. Fizemos uma tremenda bagun­ça. Foi maravilhoso!


O fogo crepitava na lareira, e ela aproximou-se para es­quentar as mãos. Passara mais de uma hora vestindo-se, de modo a parecer calculadamente natural. O suéter vermelho-escuro estava enfiado dentro da calça cinza, e ela usava um delicado par de brincos de ouro. Deixara os cabelos soltos, após muita hesitação, e eles desciam-lhe pelas costas, até a cintura.


Um tanto ressentida, pensou com seus botões que Christopher não precisara se esforçar para estar lindo com seu jeans velho e camiseta.


— Que casa bonita! — exclamou. — É um lugar tão tran­qüilo, aqui na colina! Deve ser ótimo para Jack ter uma casa espaçosa como esta. Precisa comprar-lhe um cachorro.


— Sim, ele está louco para ter um. — Enquanto falava, Christopher imaginava o que fazer com a visita. — Agradeça a sua mãe pelas ervilhas.


— Lentilhas — corrigiu Dulce com um sorriso. — Agra­deça você mesmo.


Voltou-se e deparou com Jack, o rostinho enterrado no sofá e um braço esticado para fora.


— Foi nocauteado. — Aproximou-se devagar do meni­no e recolocou o braço na almofada, cobrindo-o com a manta do sofá. — Queria ficar acordado até a meia-noite?


— Sim — resmungou Christopher.


Dulce refletiu que ele parecia perdido. Perdido, perplexo e engraçado, ali de pé, lutando para segurar a tigela de len­tilha e os brinquedos do filho.


— Adoro esse filme — comentou ela com displicência, olhando a tela da televisão. — Em especial quando o herói abre a porta e depara com centenas de olhos e tentáculos gigantes. — Olhou para Christopher. — Por que não me oferece uma bebida como um bom anfitrião?


— Só tenho cerveja.


— Quantas calorias! Bem, farei uma exceção porque é Ano-Novo. — Caminhou até ele e pegou a tigela. — Onde fica a cozinha?


Dulce usava um perfume que o deixou zonzo por um instante. Nunca antes sentira coisa igual, tão feminino e sedutor. Christopher olhou para a esquerda, indicando a cozinha, e deixou cair um brinquedo.


— Pode deixar que eu encontro — disse Dulce. — Quer mais cerveja?


— Não, eu... — Christopher deixou cair o resto dos brinque­dos e seguiu-a. — Olhe, Dulce, pegou-me em uma má hora.


— Nossa! Que teto lindo! Fez a reforma sozinho?


— Quando tive uma folga. Ouça...


Mas Dulce continuava a percorrer a cozinha espaçosa com os balcões de granito, portas corrediças, armários nas pare­des e um encantador aquecedor antigo. Tudo estava cober­to por pratos, panelas, cadernos escolares, jornais e emba­lagens descartáveis.


— Nossa! — voltou a exclamar, olhando para a bagun­ça. Dirigiu-se ao balcão com migalhas de biscoito e pegou um farelo. — Gostoso.


— Em geral não sou tão desarrumado — desculpou-se.


— Fez uma festa particular com seu filho. Pare de pedir desculpas. A cerveja está na geladeira?


— Sim. Por que não foi a uma festa de réveillon?


— Eu vim. Só cheguei um pouco atrasada. Esta é a mi­nha festa. — Dulce entregou-lhe a cerveja. — Pode abrir para mim? — Farejou o ar. — Estou sentindo cheiro de pipoca.


— Terminamos de comer há pouco.


— Bem, azar meu por ter chegado tarde. — Encostou-se no balcão e tomou um gole de cerveja. — Vamos voltar à sala e ver o resto do filme?


— Sim... Não.


— Para qual das perguntas? — brincou Dulce.


Com os olhos cravados nela, Christopher venceu a pequena distância que os separava e tomou-lhe a garrafa da mão, colocando-a sobre o balcão. Era Ano-Novo, época de desvencilhar-se do passado e... quem sabe...


Dulce começou a deslizar as mãos trêmulas pelo tórax rijo, mas Christopher a deteve.


— Não. É minha vez.


Inclinou a cabeça e beijou-a de leve.


— Papai?


Christopher deu um passo atrás, quase gemendo:


— Meu Deus...


Jack surgiu na soleira da porta, esfregando os olhos.


— O que está fazendo aqui?


— Nada — respondeu Christopher.


— Na verdade — disse Dulce —, seu pai ia me beijar. Christopher a encarou com a expressão que reservava para quando o filho fazia algo muito grave.


Jack, em seu pijama de Power Rangers, analisou-os com olhos arregalados, os cabelos despenteados e as bochechas rosadas.


— Não pode ser.... Papai não beija moças.


—  Verdade? — Antes que Christopher tivesse tempo de re­cuar, ela o segurou pela camisa. — E por que não?


— Porque são... garotas. — O menino enfatizou a expli­cação, levantando os olhos para o alto. — E elas são chatas.


—  Entendi. — Dulce largou Christopher e fez um sinal para Jack. — Venha cá, menino.


— Para quê?


— Vou beijá-lo.


— Não vai, não! — respondeu Jack, sorrindo e pressen­tindo uma brincadeira.


—  Muito bem. — Dulce tirou o casaco, atirou-o para Christopher e arregaçou as mangas do suéter. — Foi você quem pediu. É o seu fim.


Fez uma careta divertida, dando tempo para que Jack saísse correndo, e seguiu-o para a sala, deixando Christopher admirado por vê-la passar por todos os objetos no chão sem pisá-los. Jack gritava pedindo socorro, encantado com a farra inesperada.


Por fim Dulce o pegou, lutou com ele no sofá e o imobi­lizou enquanto gritava e ria.


— Agora, a punição final. — Começou a beijá-lo no ros­to, de modo ruidoso. — Diga que está gostando.


Jack ria tanto que nem conseguia respirar direito.


— Não!


— Diga que está gostoso, senão vou continuar por mais um século!


— Gostei! — berrou o menino, entre risadas.


—  Certo. — Dulce afastou-se, recobrando o fôlego. — Minha missão acabou.


Mas Jack aboletou-se no seu colo. Ela não era macia e fofa como a avó, pensou, nem rija como o pai. Era diferen­te, e os cabelos tinham um cheiro muito bom, concluiu.


— Vai ficar aqui até a meia-noite, Dulce?


— Eu adoraria, Jack. — Dulce relanceou um olhar para Christopher, por cima do ombro. — Se seu pai deixar, é claro.


Christopher sentiu-se derrotado.


— Vou pegar outra cerveja — disse com um suspiro re­signado.


 


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Autor(a): thaaavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 813



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  • stellabarcelos Postado em 11/09/2015 - 01:15:11

    Gente que história linda! Nunca ia imaginar que era tão linda assim! Quase chorei no final! Muito amor! Parabéns

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:42

    Pena Que A Web Chegou Ao Fim Adorei Essa Web É Uma Das Melhores Parabenssssssssssss

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:33

    Não acredito que acabou :\ Essa web foi tão linda, amei cada capítulo dela, foi uma história emocionante e envolvente. Eu também não me importaria se você postasse ela até o final de seus dias kkkk' com certeza estarei acompanhando suas outras webs (; beeijão.

  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:32

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