Fanfic: A dança da sedução adaptada Vondy terminada
Hesitante, Christopher relanceou o olhar na direção de Mikhail, pedindo ajuda, mas apenas reviu o sorriso caloroso.
— Sem dúvida.
— E tem bons ossos também — disse Yuri, dando outra gargalhada sonora e piscando o olho para o filho no que devia ser uma brincadeira.
Começaram a subir as escadas.
Christopher não sabia como acontecera. Apenas planejara fazer uma visita rápida aos Saviñón. Entretanto, fora sugado pela família. Não se lembrava de já ter visto antes tantas pessoas reunidas no mesmo lugar e à mesma hora. E todos eram parentes entre si.
Já que sua família era constituída apenas por ele, Jack, seus pais, três casais de tios e seis sobrinhos espalhados no sul do país, o volume de gente no clã Stanislaski era espantoso. Ele não compreendia como sabiam quem era quem. Eram todos bem-apessoados, simpáticos, extrovertidos e inflamados. A casa estava tão apinhada de gente, comida, bebida, música, que, apesar de ter ficado até as oito horas da noite, mal conseguira trocar duas palavras com Dulce.
Fora arrastado para a obra e interrogado sobre seus planos. Por certo não era tão tolo para pensar que as perguntas só diziam respeito à reforma. A família de Dulce fizera uma verdadeira investigação sobre sua vida. A de Connie fizera o mesmo, lembrou-se. É claro que não com tanto bom humor e simpatia, concluiu Christopher, mas o objetivo era o mesmo.
Será que esse sujeito é bom o suficiente para nossa princesa? No caso de Connie a resposta devia ter sido um redondo "não". O ressentimento de ambas as partes sempre empanara o relacionamento feliz do casal, como uma sombra nefasta.
Porém, a impressão de Christopher era de que, no caso dos Stanislaski e Saviñón, o veredicto ainda não fora dado. Nada do que fizera para provar que não tinha a intenção de raptar a bela dançarina os impedira de interrogá-lo sobre todos os aspectos de sua vida.
Christopher felicitou-se por ser sozinho. Pretendia continuar assim, pensou com seus botões.
A festa terminara, graças a Deus, os feriados de fim de ano também. Poderia voltar ao trabalho e tratar Dulce Saviñón apenas como cliente. Nada de intimidades entre eles, pensou com determinação.
Durante uma semana Christopher trabalhou na reforma, consertando paredes e encanamentos. Dulce não apareceu.
Todos os dias, quando chegava na obra, imaginava que a veria surgir para acompanhar o progresso da reforma. E a cada final de tarde, quando recolocava as ferramentas na picape, perguntava-se por que ela não viera.
Por certo estava ocupada, concluiu, e tinha outras coisas com que se preocupar. Não estava tão interessada no acompanhamento dos trabalhos como o fizera acreditar. E... era claro que também perdera o interesse pelo empreiteiro, matutou consigo mesmo.
Era por isso mesmo que evitara qualquer tipo de envolvimento com ela, falou para si, tentando convencer-se. Provavelmente, passava metade das noites se divertindo em festas e jantares e a outra metade com algum alto executivo de uma cidade grande que estivesse de passagem por ali. Não ficaria surpreso se isso fosse verdade, pensou. Tampouco ficaria surpreso se descobrisse que ela já estava fazendo planos para vender a propriedade e dar um basta na vida pacata de cidade pequena.
Mas ficou surpreso consigo mesmo quando se deu conta de que se dirigia para a casa dos Saviñón e batia na porta. Afinal, justificou-se, não fora Dulce quem dissera que queria acompanhar a obra? O mínimo que podia fazer era fingir um pouco de interesse, pensou, tentando justificar-se.
Voltou a bater na porta. Nada. Andou de um lado para o outro na frente da casa. O que, afinal, estava fazendo? Era um tolo, pensou, aborrecido. Não era da sua conta o que Dulce fazia ou deixava de fazer, contanto que pagasse por seu serviço.
Christopher deu um suspiro profundo, e já se virava para ir embora, quando a porta abriu.
Lá estava ela, com ar sonolento, os cabelos despenteados e os olhos pesados, como se tivesse acabado de sair da cama e desejasse voltar logo.
— Christopher...
— Desculpe-me por tê-la acordado. Afinal, ainda são quatro horas da tarde.
Com o cérebro muito embotado para perceber a ironia, Dulce sorriu sonolenta.
— Tudo bem. Entre. Vou fazer um café. — Deu as costas, presumindo que ele a seguiria, e dirigiu-se para a cozinha. — Como vai a obra? — Enquanto começava a preparar o café, exercitou os músculos dos ombros.
— Pula do interesse à apatia com facilidade?
— O que disse? — murmurou Dulce, ainda com dificuldade para raciocinar e concentrando-se para lembrar onde ficavam as xícaras.
— Há uma semana não aparece lá.
— Eu não estava na cidade. Houve um pequeno problema em Nova York. Gosta de café preto ou prefere com leite?
Imediatamente o aborrecimento de Christopher transformou-se em preocupação.
— Problemas com a família? — perguntou.
— Oh! Não! Estão todos bem. — Dulce arqueou as costas, tentando alcançar com a mão um músculo dolorido entre as omoplatas. — Poderia... estou com um ponto que... — Curvou o braço nas costas, tentando alcançar o ponto. — Aperte aqui com o polegar um minuto. Isso mesmo... mais forte. — Fechou os olhos e murmurou: — Que bom... não pare...
— Chega de massagem!
A exclamação de Christopher saiu em tom rouco. Com um gesto brusco, a fez encostar-se no balcão da cozinha e pressionou os lábios nos dela.
Um súbito calor invadiu o corpo de Dulce, enquanto seu cérebro finalmente despertava. Entreabriu os lábios, surpresa, e Christopher aprofundou o beijo. Dulce apoiou-se, com medo de cair. Estava presa entre o balcão e o corpo forte de Christopher. Toda a fadiga e a dor desapareceram na volúpia das sensações.
Desejo, frustração, raiva, todos esses sentimentos explodiram no íntimo de Christopher, depois de ficarem sufocando-o desde o dia em que conhecera Dulce. No momento em que o muro ruíra, a paixão manifestara-se. Beijou-a com fúria, sentindo-a tremer entre seus braços.
Quando, afinal, soltou-a, estavam ambos sem fôlego. Por um longo momento ficaram imóveis, olhos nos olhos, as mãos de Christopher enterradas nos cabelos de Dulce, que o enlaçava pelo pescoço.
E voltaram a beijar-se, ela desvencilhando-o da camisa, ele explorando a pele macia sob o suéter. Arrastou-a até a mesa da cozinha, e estava a ponto de fazê-la sentar-se sobre a madeira rija, quando...
— Dulce, senti cheiro de café fresco, e... Fernando Saviñón parou na soleira da porta, surpreso com a cena da filha agarrada ao empreiteiro.
Autor(a): thaaavondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 813
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stellabarcelos Postado em 11/09/2015 - 01:15:11
Gente que história linda! Nunca ia imaginar que era tão linda assim! Quase chorei no final! Muito amor! Parabéns
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kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:42
Pena Que A Web Chegou Ao Fim Adorei Essa Web É Uma Das Melhores Parabenssssssssssss
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kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41
Pena Que A Web Chegou Ao Fim Adorei Essa Web É Uma Das Melhores Parabenssssssssssss
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kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41
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kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41
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dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:33
Não acredito que acabou :\ Essa web foi tão linda, amei cada capítulo dela, foi uma história emocionante e envolvente. Eu também não me importaria se você postasse ela até o final de seus dias kkkk' com certeza estarei acompanhando suas outras webs (; beeijão.
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dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:32
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dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:32
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dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:31
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dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:31
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