Fanfics Brasil - Capitulo 5 - parte 3 A dança da sedução adaptada Vondy terminada

Fanfic: A dança da sedução adaptada Vondy terminada


Capítulo: Capitulo 5 - parte 3

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Os dois se separaram, com a rapidez de crianças pegas em flagrante roubando biscoitos da lata.


Cinco segundos transcorreram no mais profundo e enervante silêncio.


— Preciso... vou ao escritório — gaguejou Fernando, por fim.


Deu meia-volta e se afastou com passos apressados. Christopher passou a mão pelos cabelos louros.


— Céus! Tudo o que eu queria agora era que o chão se abrisse para me engolir!


— Estamos pisando em granito. — Dulce tentou brincar, enquanto se apoiava nas costas de uma cadeira, esperando que a cozinha parasse de rodar. — Tudo bem. Meu pai sabe que já beijei homens antes.


— Estava prestes a fazer muito mais do que apenas bei­já-la, e na mesa da cozinha de sua mãe!


— Sei disso. — Dulce não conseguia controlar as batidas do coração, enquanto observava o olhar de Brody, ainda cheio de desejo. — Que pena! Papai precisava entrar justo agora...


— Isso não teria acontecido se você não me provocasse.


Christopher respirou fundo e procurou por um copo que en­cheu de água gelada. Desejava atirá-la no rosto, para esfriar o ânimo, mas acabou bebendo.


—  Provoquei? — Dulce desejava continuar sentindo a maciez dos lábios dele. — Quando?


— Fez com que eu a tocasse, massageasse, e você ge­meu de modo sensual...


— Não gemi. Foram murmúrios de alívio, não de excitação. Estava com dor nas costas. Dê-me uma xícara, por­que agora foi você quem me provocou.


— Eu?! Foi para Nova York durante uma semana e nem me avisou.


— Desculpe — replicou Dulce com ironia. — Meus pais sabiam onde me encontrar. — Aceitou a xícara que ele lhe entregou e serviu-se de café. — Eu não sabia que tinha de dar satisfações a você.


— Contratou-me para executar um trabalho, não foi? Uma tarefa grande e complicada, e deixou claro que pre­tendia supervisionar tudo, passo a passo. Entretanto, muita coisa foi feita na última semana, e você nem deu o ar da graça!


Dulce tomou um grande gole de café, tentando controlar a irritação.


— Se teve problemas, meus pais poderiam ter-lhe dito onde encontrar-me. Por que não perguntou?


—  Porque... — Precisava haver uma razão, pensou Christopher, desesperado. — Meus clientes em geral são adultos o suficiente para deixar comigo o número de um telefone quando viajam, sem que eu tenha que recorrer a seus pais.


— Desculpa esfarrapada, Uckermann. Entretanto, no fu­turo, deverá consultar minha família durante minha ausên­cia. Fui clara?


— Certo. — Christopher enfiou as mãos nos bolsos. — Mi­mada...


— Mas sensata — retrucou Dulce.


Aquela era uma discussão tola, pensou. E embora gos­tasse de uma briga, tinha horror a se tornar ridícula.


— Tive de ir a Nova York — explicou, tentando acal­mar-se. — Quando deixei a companhia de bale, dei minha palavra ao diretor que, caso precisassem de mim, eu iria. Cumpri a promessa. Vários dançarinos, inclusive os princi­pais, estavam gripados e de cama. Dançamos machucados, doentes, mas há ocasiões em que não é possível levantar da cama. Dei-lhe uma semana. Fiz oito apresentações, enquanto as bailarinas doentes se recuperavam e outras adoeciam.


Encostou-se no balcão, tentando recuperar a serenidade.


— Meu parceiro de dança e eu não nos conhecíamos, por isso foram necessários longos e repetidos ensaios. Fa­zia meses que eu não dançava. Estava fora de forma e tive de redobrar os exercícios. Isso tudo não me deixou tempo e energia para me preocupar com um projeto que, achei, es­tava em boas mãos. Jamais me ocorreu que precisaria de mim nesse estágio da obra, quando tínhamos acabado de conversar a respeito. — Respirou fundo, tomando fôlego. — Espero ter esclarecido tudo.


— Sim. Posso pegar uma faca?


— Para quê?


— Cortar o pescoço por ter agido como um louco.


— Por que não espera até chegar em casa? — Dulce to­mou outro gole do café, sentindo-se mais tranqüila. — Mi­nha mãe detesta sangue espalhado na cozinha.


— E é provável que seu pai também não aprecie vê-la fazer sexo em cima da mesa.


— Não sei. Nunca conversamos a esse respeito.


— Não tive a intenção de agarrá-la daquele jeito.


— E de que jeito queria me agarrar? — perguntou Dulce, segurando a xícara.


— De nenhum jeito! — Christopher arrancou-lhe a xícara da mão e tomou um gole. — Percebeu que isso já está se com­plicando? O trabalho, eu, você...


— Sou muito organizada e sei colocar tudo nos devidos lugares. Alguns consideram essa a minha maior virtude, e a mais entediante também.


— Aposto que sim. — Entregou-lhe a xícara de volta. — Dulce...


Ela sorriu.


— Christopher...


Ele riu um pouco e, com as mãos de volta nos bolsos, começou a andar pela cozinha.


— Fiz muitas bobagens na vida. Com Connie, minha esposa, e com Jack. Me esforcei muito para mudar isso. Meu filho tem apenas seis anos. Sou tudo que ele possui, e não posso ter outras prioridades.


— Se pensasse diferente, não o admiraria tanto. Christopher voltou-se e a encarou.


— Não entendo você.


— Que tal organizar sua agenda para pensar um pouco nesse problema?


— Que tal irmos a um motel à tarde e fingir que não existe nenhum problema?


Para surpresa dele, Dulce riu.


— Bem, é uma alternativa. Por mim, podemos fazer as duas coisas. Mas vou deixar a decisão para você.


Christopher relanceou o olhar para o relógio na parede.


— Preciso acordar Jack. Talvez você possa ir até a obra amanhã na hora do almoço. Comprarei sanduíches e mos­trarei o que fizemos até o momento.


— Certo. — Dulce inclinou a cabeça de modo inocente. — Quer me dar um beijo de despedida?


Christopher olhou para a mesa da cozinha e de volta para Kate.


— Melhor não. Seu pai pode ter uma arma em casa.


 


Mas Fernando Saviñón não estava pondo balas em um re­vólver. Depois que Christopher saiu, Dulce foi encontrá-lo no es­critório, estudando o plano de aulas para o semestre. O que Dulce não sabia era que fazia dez minutos que ele não saía da mesma página.


Ela atravessou o aposento em silêncio e parou junto à janela. Depois pegou uma xícara de café e colocou-a ao lado


do pai, abraçando-o por trás e pousando o queixo em seu ombro.


— Tudo bem, papai?


— Tudo bem, obrigado.


Dulce esfregou o rosto no dele e contemplou pela janela o jardim bonito e bem-cuidado. Por um instante, refletiu que pediria à mãe que a ajudasse a arrumar o jardim da escola.


— Christopher ficou com medo que você atirasse nele.


— Não tenho armas.


— Foi isso que eu disse. Também disse que você sabe que já beijei homens antes. Sabe disso, não é, paizinho?


Dulce só o chamava pelo diminutivo quando queria con­vencê-lo de algo. Ambos sabiam disso.


— O que sei é que quando entrei na cozinha, ele estava com as mãos na sua... estava agarrando minha filhinha.


— E sua filhinha estava com as mãos nele também — replicou Dulce, rindo de leve, dando a volta e sentando-se no colo do pai.


— Não acho que a cozinha seja o lugar adequado para... — Fernando calou-se, sem saber como continuar.


— Tem razão, é claro — concordou Dulce com um tom de voz comportado. — A cozinha foi feita para se cozinhar. Por certo nunca vi você e mamãe se beijando lá. Teria fica­do horrorizada.


Fernando fez força para não rir.


— Cale-se.


— Sempre pensei que, se entrasse na sala e me parecesse que vocês estavam se beijando, na realidade estariam prati­cando respiração boca-a-boca. É preciso ser previdente.


—  É você quem vai necessitar de socorros médicos já, se não parar com isso.


—  Antes que isso aconteça, deixe-me perguntar-lhe: gosta de Christopher como pessoa?


— Sim, é claro, mas isso não significa que darei gritos de júbilo cada vez que entrar na cozinha e deparar com... o que vi há pouco.


— Bem, não acontecerá mais. Fernando apoiou a testa na da filha.


— Dulce...


— Fui ensinada a não esconder nada de você e mamãe. O que sinto e o que faço. Eu gosto de Christopher. Ainda não sei bem quanto, mas gosto.


— Seus atos sempre foram reflexo de seu íntimo, mas com uma boa dose de bom senso.


— E neste caso também não será diferente.


— E ele, o que sente por você?


— Também não sabe. Vamos ter que descobrir juntos.


— Não sabe? — repetiu Fernando Saviñón, semicerrando os olhos. — Bem, então é melhor que se decida logo, ou...


— Papai! — Dulce piscou os olhos diversas vezes, fazen­do o papel da menina inocente e preocupada. — Vai bater nele por minha causa? Posso ficar olhando?


— Menina, é você quem vai precisar de respiração boca-a-boca logo, logo, porque estou perdendo a paciência...


— Adoro você. — Dulce beijou o pai na testa. — Durante anos criou sozinho uma filha, antes de conhecer mamãe. Sabe o que é isso?


Fernando pensou em sua Freddie, que fora um bebê e que já tinha seus próprios filhos. Suspirou, murmurando:


— Sei, sim.


— Como não me sentir atraída por essa faceta de Christopher Uckermann se me orgulho tanto de você por isso?


A expressão de Fernando foi cômica.


— Não dá para discutir com você! — Apertou Dulce de encontro ao peito. — Diga a Christopher que não pretendo com­prar um revólver... ainda.




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Autor(a): thaaavondy

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No dia seguinte Dulce foi até o prédio em reforma na hora do almoço, e depois disso as visitas diárias tornaram-se um hábito. Levava sanduíches, refrigerantes e café para Christopher e os operários. Isso podia ser considerado uma espécie de suborno, e era assim que Christopher pensava. Essas gentilezas tendiam ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 813



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  • stellabarcelos Postado em 11/09/2015 - 01:15:11

    Gente que história linda! Nunca ia imaginar que era tão linda assim! Quase chorei no final! Muito amor! Parabéns

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:42

    Pena Que A Web Chegou Ao Fim Adorei Essa Web É Uma Das Melhores Parabenssssssssssss

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:33

    Não acredito que acabou :\ Essa web foi tão linda, amei cada capítulo dela, foi uma história emocionante e envolvente. Eu também não me importaria se você postasse ela até o final de seus dias kkkk' com certeza estarei acompanhando suas outras webs (; beeijão.

  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:32

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