Fanfics Brasil - Capitulo 1 - parte 5 A dança da sedução adaptada Vondy terminada

Fanfic: A dança da sedução adaptada Vondy terminada


Capítulo: Capitulo 1 - parte 5

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— A mãe de Jack morreu há quatro anos. Mas, sim, ele me ocupa bastante. Cuidado para não cometer mais aciden­tes de trânsito, Dulce — advertiu, pondo a betoneira debaixo do braço e afastando-se.


— Belo começo... — murmurou Dulce por entre os dentes.


 


Uma das melhores coisas em ser seu próprio patrão, na opinião de Christopher, era poder elaborar sua própria agenda de compromissos. Por outro lado, havia muita dor de cabe­ça, responsabilidades, papeladas, clientes caloteiros... sem mencionar os períodos em que nem havia clientes. Mas a liberdade de ação compensava todos os aborrecimentos.


Nos últimos seis anos, sua prioridade tinha um nome: Jack.


Depois de esconder a betoneira sob um pedaço de lona, no banco de trás da picape, foi até um canteiro de obras para ver o andamento dos trabalhos, telefonou para um fornece­dor para alertar sobre uma entrega especial e parou em outra obra para dar a um cliente em potencial uma estimativa sobre o preço da reforma de um banheiro. Depois foi para casa. Às segundas, quartas e sextas-feiras, fazia questão de estar em casa antes que o ônibus escolar apontasse no final da rua. Nos outros dois dias de escola e, de vez em quando, por um atraso imprevisto, Jack ficava na casa dos Skully, onde podia passar algumas horas com seu melhor amigo, Rod, sob a vigilância de Beth Skully.


Christopher devia muito a Beth e Jerry Skully, em especial pelo fato de proporcionarem um ambiente seguro e feliz quan­do Jack não podia ficar na própria casa. Fazia dez meses que Christopher voltara a Shepherdstown e lembrava-se, quase todos os dias, como as cidades pequenas podiam ser agradáveis.


Com trinta anos, ficava surpreso ao pensar como aban­donara aquela cidade sem olhar para trás, dez anos antes. Bem, ponderou, ao fazer a curva na esquina de casa, nada era por acaso. Se não tivesse deixado o lar, determinado a abrir caminho para o sucesso, não teria aprendido tanto na vida, não teria conhecido Connie, nem tido Jack.


Quase fechara o círculo, e estava acabando de transpor as barreiras para reconquistar os pais. Ou, corrigiu em pen­samento, Jack estava. Seu pai podia ter ressentimentos em relação ao filho, mas não resistira ao neto.


Fizera bem em voltar para casa, refletiu, olhando para os bosques que cresciam de cada lado da estrada. Finos flo­cos de neve começavam a cair do céu cinzento.


Era um bom lugar para se educar uma criança, concluiu Christopher com satisfação. Era melhor viverem em uma cidade pequena, onde Jack tinha uma família, e começarem a co­nhecer um ao outro de verdade.


E os parentes teriam que amá-lo pelo que era, e não como uma lembrança do passado.


Christopher  manobrou e estacionou o carro. O ônibus chega­ria em poucos minutos, e Jack desceria correndo e entraria na picape, preenchendo o espaço com as exclamações e novidades do dia. Era uma pena que não pudesse compar­tilhar com o filho certas confidencias também, pensou. Di­zer a ele que conhecera uma mulher que fizera seu sangue se agitar de novo. Não apenas um ligeiro interesse, mas um verdadeiro terremoto...


Fazia tanto tempo que não tinha esse tipo de sensação... E, que mal havia, afinal? Uma moça atraente que, percebe­ra, era desinibida e não se importava em demonstrar o in­teresse que sentira por ele.


Mas um aperto no coração o fez perceber que alguém podia sair magoado. Entretanto, o risco poderia valer a pena... se não se tratasse da filha de Blanca e Fernando Saviñón.


Conhecia muita coisa a respeito de Dulce Saviñón. Baila­rina, socialite e amiga das artes. Christopher preferia ir ao dentis­ta do que assistir a um espetáculo de bale e já se fartara de cultura na época de seu breve casamento.


Mas Connie fora especial. Uma pessoa simples e natu­ral em um ambiente pomposo e arrogante. Mesmo assim, fora difícil para os dois, lembrou Christopher. Jamais saberia se continuariam a percorrer o caminho juntos, se ela continuas­se viva, porém gostava de pensar que sim.


Por mais que a amasse, o casamento lhe ensinara que era mais fácil viver ao lado das pessoas de sua terra natal.


Voltando ao presente, felicitou-se por ter resistido à ten­tação de convidar Dulce Saviñón para sair. Ainda bem que descobrira quem ela era antes de flertar abertamente. A paternidade apagara de seu caráter a arrogância e a temeri­dade dos tempos de rapaz, transformando-o em um homem amadurecido.


Naquele instante, ouviu o motor do ônibus que se apro­ximava e aprumou-se no assento da picape, todo sorriden­te. Não havia lugar no mundo, pensou, onde gostaria de estar, além de Shepherdstown.


O grande ônibus amarelo parou com um gemido, os faróis brilhando. O motorista acenou, da maneira atenciosa e alegre das cidades pequenas. Christopher cumprimentou tam­bém, e viu seu filho vir correndo.


Jack era um menino forte. O rosto era redondo e alegre, os olhos verdes como os do pai, e a boca ainda mostrava a inocência da infância.


Observando o filho, sentiu uma onda de carinho e amor inundar-lhe o coração. Então a porta da picape se abriu, e o menino entrou, estabanado como um cãozinho novo.


— Olá, papai! Está nevando! Talvez a neve cubra tudo e não tenha aula amanhã, e a gente possa ficar fazendo bonecos de neve. Que tal?


— Se isso acontecer, prometo que faremos os bonecos e andaremos de trenó.


— Verdade?


— Sim. Sem dúvida.


— Oba! Adivinhe!


Christopher ligou o motor do carro.


— O quê?


— Faltam só quinze dias para o Natal. A vovó diz que o tempo voa, portanto o Natal praticamente já chegou.


— Praticamente — repetiu Christopher, estacionando em fren­te à casa de três andares.


— Então — continuou Jack entusiasmado —, se é quase Natal, posso ganhar um presente?


Christopher franziu o cenho e cerrou os lábios, como se esti­vesse pensando muito no assunto, depois disse:


— Sabe, Jack? Foi uma boa tentativa.


— Ora! — exclamou o menino, desapontado. Christopher riu, abraçando o garoto.


— Mas se me der um abraço, farei a famosa Pizza Mági­ca dos Uckermann para o jantar.


— Certo! — replicou Jack, passando os braços pelo pes­coço do pai.


Christopher sentiu-se em casa.


 




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Autor(a): thaaavondy

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Mesmo, nao tendo novos comentario, e eu ter fica triste por isso, eu vou postar um capitulo especial pra voces, por que estou feliz demais. Finalmente as coisas estao dando certo e eu consegui passar na primeira fase de um dos vestibulare q fiz. bjss Tamires ____________________________________________________________________________________________   ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 813



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  • stellabarcelos Postado em 11/09/2015 - 01:15:11

    Gente que história linda! Nunca ia imaginar que era tão linda assim! Quase chorei no final! Muito amor! Parabéns

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:42

    Pena Que A Web Chegou Ao Fim Adorei Essa Web É Uma Das Melhores Parabenssssssssssss

  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • kmusica Postado em 08/01/2012 - 02:32:41

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  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:33

    Não acredito que acabou :\ Essa web foi tão linda, amei cada capítulo dela, foi uma história emocionante e envolvente. Eu também não me importaria se você postasse ela até o final de seus dias kkkk' com certeza estarei acompanhando suas outras webs (; beeijão.

  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:32

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  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:31

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  • dulyuckervondy Postado em 08/01/2012 - 00:11:31

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