Fanfic: A dança da sedução adaptada Vondy terminada

Uma hora mais tarde, Dulce subiu para seu apartamen­to. Precisava compartilhar com alguém sua vitória do dia, e Christopher fora o eleito. Tinha duas novas alunas, a primeira dupla de mãe e filha! E isso era um novo ângulo para a publicidade da escola.

Entrou como um raio na pequena sala de estar e parou. Em seguida começou a fazer um círculo, vagarosamente. Estava tudo pronto. Andara tão ensimesmada que nem percebera o progresso da obra. Tudo brilhava e exalava um aroma de verniz novo.

Atônita, encaminhou-se para a cozinha que reluzia. Os armários esperavam, prontos, pela louça e os mantimentos, e as prateleiras, junto à janela, clamavam por alguns vasos de flores.

Deslizou os dedos sobre o balcão que Christopher insistira em colocar, dizendo que seria perfeito para o café da manhã. Sim, ele e ela haviam contribuído, juntos, para deixar o apartamento maravilhoso. Como a obra e todo o prédio, fora um trabalho de equipe.

Dulce apressou-se a entrar no dormitório onde Christopher agachado, instalava as fechaduras nas portas dos armários. Sentado no chão, de pernas cruzadas, Jack concentrava-se em desatarraxar um parafuso com uma pequena chave de fenda. Mike ressonava feliz, no meio dos dois.

— Não há nada mais interessante do que observar dois homens trabalhando. Olá, meus lindos!

Ambos ergueram o olhar, e Jack disse:

—  Vim ajudar o papai porque Rod e Carrie precisavam ir ao dentista. Eu já fui na semana passada e não tenho ne­nhuma cárie.

—  Que bom! — Dulce olhou para Christopher. — Tenho anda­do tão envolvida com o andar de baixo que não reparei no prodígio que fez aqui em cima. Está maravilhoso! Tudo certo!

—  Ainda faltam alguns detalhes. Arremates na parte de fora do prédio. Mas já pode ocupá-lo.

Entretanto, não havia o costumeiro entusiasmo na voz de Christopher, que sentia-se deprimido havia vários dias.

—  Adorei. — Dulce agachou-se ao seu lado, enquanto Mike, cambaleando, vinha saudá-la, abanando o rabo. — E acabo de conseguir mais duas alunas. Agora, se conseguis­se arrumar dois belos rapazes para me acompanharem em uma comemoração, o dia seria perfeito.

—  Vamos! — gritou Jack entusiasmado.

—  Filho, tem deveres de casa a fazer.

—  Estava pensando em jantar cedo — disse Dulce. —Hambúrgueres e fritas em uma lanchonete.

Jack agarrou os ombros do pai.

— Por favor, vamos?

Encurralado de novo, pensou Christopher, resmungando:

—  E difícil recusar um convite tão elegante.

—  Ele concordou — disse Jack, voltando-se para Dulce, e segurando-a pelo braço. — Podemos ir agora?

—  Preciso terminar algumas coisas aqui em cima — res­pondeu Christopher, passando a mão nos cabelos e olhando para Dulce.

Fazia muito isso nos últimos tempos, ela observou para si mesma. Desde que voltara de Nova York. Ficava olhan­do para o seu rosto, mas de um modo diferente, como se a analisasse.

Dulce sentiu um mal-estar invadi-la.

—  Dentro de uma hora está bem? — perguntou Christopher.

—  Perfeito. Importa-se se roubar seu ajudante? Quero contar as novidades para minha mãe. Poderemos exercitar Mike.

—  Claro. Jack, comporte-se.

-- Ele quer dizer que não devo pedir brinquedos — explicou o menino para Dulce, com ar confidencial. — Pai...
— Debruçou-se ao ouvido de Christopher e cochichou algo

—  Sim, pode.

—  Voltaremos em um hora — gritou Dulce da porta.

—  Ótimo.

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