Fanfic: Laços de Amor - AyA {Terminada}

Senti que ele ficou um pouco chateado. Mas não queria assumir publicamente o nosso relacionamento.

Ouvimos batidas na porta. Olhei para Poncho desesperada e ele me olhou com o mesmo olhar.

- E agora? - Ele me perguntou num sussurro.

- Se esconde! - Disse escondendo as roupas dele embaixo da cama.

- Pode ser embaixo da cama? - Ele me perguntou.

- Sim, sim. Mas anda logo.

Corri pra debaixo da cama e ela abriu a porta.

- Que demora, hein? - Era a voz da May. - Nossa, mas que bagunça! Um furacão passou por aqui?

- Ah... Você sabe como eu sou né May. - Ela fechou a porta e May se aproximou da cama. - O que faz aqui tão cedo?

- Cedo? - May perguntou se jogando na cama. Arregalei os olhos. - Já são quase onze horas. Todo mundo já levantou. Menos você e... o Poncho. Sabe onde ele está? O cara sumiu.

- E como eu vou saber se acordei agora? - Respondi me segurando pra não rir. - Tá, e qual o motivo da visita?

- Só vim avisar que vamos embora mais cedo. Então comece arrumar suas coisas que às três horas vamos pro aeroporto.

- Ah... Mas que saco! Odeio fazer as coisas correndo. Na certa vou esquecer de algo. Vamos pro México depois?

- Sim. Vamos ter alguns dias de folga. Graças a Deus. Bom na verdade eu não vou ter. Tenho que gravar a novela, nem vou pra Argentina eu acho.

- Que ótimo. Obrigada por me avisar.

- Eu nem devia ter te avisado. Quem manda acordar tarde. - Disse levantando da cama. - Bom, agora a garota de recados vai procurar o mané do Poncho. Se você ver ele, diz que vamos mais cedo.

- Pode deixar. - Abri a porta, fazendo sinal pra ela sair.

- Ui, que grossa! Isso é falta de macho!

Annie riu e fechou a porta. Saí debaixo da cama e me sentei nela.

- Essa foi por pouco! - Disse pegando o resto das minhas roupas.

- Nem preciso dizer o que ela falou, não?

- Não, já ouvi tudo. - Disse rindo. - Eu vou pro meu quarto arrumar minhas coisas. Mais tarde nos falamos.

- Aham... - Ela foi catando suas roupas sujas pelo quarto. - Mas antes de sair deixa eu ver se tem alguém no corredor.

Ela jogou as roupas em cima da cama e abriu a porta, colocando somente a cabeça de fora.

- Tá limpo. Se quiser pode ir.

- Tá me expulsando é? - Ele se levantou e veio em minha direção. - Tudo bem então.

- Não! - Eu disse com voz de bebê.