Fanfic: Laços de Amor - AyA {Terminada}

Fui para o banheiro e me despi enquanto a água esquentava. Tomei banho pensando o tempo inteiro em meus filhos e nos problemas que eu e Poncho teríamos. Fiquei imaginando se eram dois meninos, duas meninas ou um casal. Pense na mãe do Poncho também e na possibilidade dela se acostumar com a idéia e largar um pouco do meu pé, o que eu achava difícil.

Enquanto me secava, percebi o quanto minha barriga havia crescido. Não havia reparado, mas já estava bastante grande pra quase três meses. Passei minha mão sobre ela, um pouco desajeitada e sorri.

Era tão novo pra mim. As sensações, as emoções. Era um misto de preocupação e felicidade ao mesmo tempo. Sentia uma vontade enorme de tê-los em meus braços, de ouvir o chorinho deles.

Só de pensar eu esquecia tudo. Os problemas, a imprensa, a mão do Poncho, os enjoos. Parecia que nada existia.

Terminei o banho me vesti dentro do banheiro e voltei ao quarto. Poncho me esperava.

- Arrumei suas coisas. – Ele disse fechando a minha mala.

- Não precisava bebê. – O abracei de forma carinhosa.

- Bebê... Faz tempo que não me chama assim.

- Me deu vontade. – Sorri e lhe dei um selinho. – Vamos descer?

- Vamos... Todos já devem estar lá embaixo.

Descemos para tomar café da manhã e estavam todos lá, menos Dulce e Pedro. Nos sentamos e logo Pedro apareceu.

- Bom dia! – Ele nos cumprimentou e fizemos o mesmo. Ele olhou em volta e sentou. – A Dulce não vem?

- Está com dor de cabeça. – Christian respondeu. – Fui falar com ela antes de descer.

- Sei... Eu estou sentindo um clima estranho por aqui. Andou acontecendo algo que ainda não sei?

Maite baixou a cabeça pra disfarçar e resolvi me meter.

- Acho que isso é cansaço Pedro... Todos nós estamos muito cansados, sentindo falta da família. Isso está gerando alguns estresses entre a gente, mas nada demais. – Sorri e Maite levantou a cabeça.

- Fiquem tranquilos... Logo vocês terão um tempinho em casa com a família. Não briguem por besteiras.

Ao terminarmos voltamos aos nossos quartos. Pegamos nossas coisas e descemos mais uma vez. Só estávamos nós no hall.

Até nós nos surpreendemos por termos sido os primeiros a chegar, já que sempre nos atrasávamos. Pedro logo apareceu. Meu médico já havia ido no outro dia.

- Que milagre os dois aqui antes de todos. – Pedro comentou olhando no relógio. – Só espero que os outros não demorem.

- A Dul tá vindo. – Poncho disse indo ajudá-la com as malas.

- Ainda não está bem Dulce? – Pedro perguntou.

- Estou melhor. Mas isso passa. – Ela respondeu indo para meu lado.

- Eu fiquei preocupada amiga. – A abracei, sabendo o que se passava na cabeça dela.

- Eu já estou melhor Annie. – Ela retribuiu ao abraço. – Não se preocupe comigo.

- Que bom! – Eu disse soltando-a. – Quando precisar você pode vir falar comigo. – Eu disse baixo para Pedro não ouvir. – Eu sei como sua situação é complicada.

- Obrigada Annie. Você sim é uma amiga de verdade. – Ela disse em alto e bom som quando Maite passou por nós.