Fanfic: Laços de Amor - AyA {Terminada}

Fui para minha casa. Joguei no chão o primeiro vaso que vi na minha frente. Estava com raiva da minha mãe. As palavras que ela me disse não saíam de minha cabeça. Eu não acreditava na ignorância dela. Meu celular tocou e vi que era meu pai. Esperei tocar mais algumas vezes e atendi.

- Oi pai! – O cumprimentei tentando me mostrar calmo.

- Fiquei sabendo que já está na cidade filho

- É eu cheguei faz pouco tempo. Será que pode passar aqui pai? Preciso conversar com alguém.

- Claro Poncho. Só espere um pouco que eu já saio de casa.

- Ok. Eu fico esperando.

Precisava desabafar com alguém. Não queria que fosse com Annie e nem com meus amigos. Não demorou pra ele chegar em casa. Logo atendi a porta. Nos abraçamos e fomos até a cozinha.

- E aí meu filho? – Ele sentou em uma cadeira, enquanto eu colocava água na cafeteira. – Como foi no Brasil.

- Ah foi bom. – Eu disse sem ânimo. – Nos divertimos muito apesar de termos trabalhado muito também.

- Que bom. Você está chateado com algo? – Ele me perguntou.

- É... Já deve imaginar. – Eu disse me sentando na frente dele.

- Sua mãe andou te azucrinando? – Eu assenti. – Sua mãe e a mania dela de se meter na vida dos outros.

- Ela teve a coragem de dizer que os filhos não são meus. Juro que tive vontade de bater nela. Só não fiz isso porque ela é minha mãe e é mulher.

- Agiu certo. Você sabe como ela é.

- Eu sei... Mas não sei se agüento por muito isso.

- Ela é sua mãe... Tenha paciência. Um dia ela acaba aceitando.

- Eu não tenho tanta certeza. Mas eu espero que sim. Acredita que ela veio falando que a mulher certa pra mim é a Dul ou a Mai? – Ele riu indignado.

- Nem dê ouvidos. Sabe que ela nunca superou a sua separação com a Dulce. Ela sofreu mais que você.

Ficamos conversando sobre esse assunto por um tempo. Até ele precisar ir embora. Liguei para meu irmão mais novo, Oscar e conversamos um pouco também.

Cheguei em casa após a visita ao meu pai e me joguei no sofá. Alisei minha barriga, que já parecia bem maior.

- Boa tarde dona Anahi. – Ana a empregada entrou na sala.

- Dona... Eu me sinto tão velha. – Ela riu e eu me sentei. – Bom dia Ana. Algum recado?

- Seu namorado lhe ligou. Pediu pra você ligar quando chegasse.

- Só isso? – Ela assentiu. – Então eu vou ligar mais tarde. Não quero mostrar desespero pra falar com ele.

- E como vão os seus bebês?

- Estão bem. – Sorri. – Dando um pouco de trabalho, mas isso é o de menos.

- É normal. – Ela sorriu e foi indo pra cozinha. – Qualquer coisa grita.