Fanfic: Laços de vingança - AyA | Tema: RBD
— Está tão embriagada com o doce sabor da vitória que deixou de enxergar à sua volta.
Exasperada, Anahí jogou os cabelos para trás e desejou tê-los cortado. Não gostava da maneira como Alfonso olhava para eles.
— Não gosto de ser ignorado — ele disse.
— Se precisa mesmo falar, devia tentar entabular uma conversa mais normal — ela retrucou, irritada com seus comentários misteriosos.
— Quer falar sobre o tempo. Seria bem adequado ao seu nível intelectual.
— A chuva na Espanha é mais constante nas áreas de planície — ela provocou.
— Quantos anos tem?
— Por que não lê a certidão de casamento?
— Não seja infantil.
— Farei vinte e cinco dentro de um mês... o que significa que ainda tenho algum tempo antes de chegar aos trinta.
— Isso a magoou, não?
— Nada do que diga ou faça poderá me magoar. Com relação a você, sou inatingível.
— Você é muito confiante.
— Tenho razões para ser.
Anahí havia pensado em tudo com antecedência. O que ele poderia fazer? Deixá-la sem dinheiro? Isso não a aborreceria. Poderia ignorá-la. Isso a satisfaria. Poderia ser rude. Reagiria à altura. Poderia deitar-se com uma mulher a cada noite, entregando-se à promiscuidade diante de toda a sociedade... e isso não a incomodaria, exceto pelo fato dele não ser um exemplo para Nicky seguir no futuro. E se fosse violento, divorciaria-se dele... ou do que restaria dele quando terminasse de fazer o que considerava adequado à situação. Ao menor sinal de abuso físico, Alfonso seria um homem morto!
Embarcaram no jato que os levaria a casa dele na França. Quando a sra. Brown subiu a escada, Anahí ouviu os gritos de Nicky e aproximou-se com os braços estendidos, perturbada e aflita.
— Está tudo bem, senhora — a babá afirmou com um sorriso frio. — Nikos vai precisar de algum tempo para aprender a me reconhecer. Cuido de crianças há trinta anos, e garanto que ele logo estará acostumado comigo.
— Podemos tentar ir aos poucos. Ele tem medo de estranhos — Anahí explicou.
— Talvez ele não esteja bem — Alfonso intercedeu, os olhos perturbados fixos no rosto congestionado do sobrinho.
— Não há nada de errado com ele, exceto uma boa dose de manha — a babá respondeu. — Os bebês precisam habituar-se a uma determinada rotina.
Incapaz de suportar tal discurso por mais tempo, Anahí simplesmente arrancou a criança dos braços da sra. Brown e aninhou-o junto ao peito, murmurando palavras doces enquanto dirigia-se ao fundo da aeronave. Nicky abriu os olhos inchados e cheios de lágrimas e fitou-a, pronto para mais um ataque de choro. Ao reconhecê-la, o pequeno acalmou-se e recostou a cabeça em seu peito. Anahí sentou-se, satisfeita, e Alfonso estudou-os com expressão surpresa.
— Ele a conhece...
— É claro que sim... não é, meu benzinho?
Por que Alfonso a observava com aquele ar intrigado, como se estranhasse seu comportamento? Independente de sua opinião, estava desempenhando o papel que assumira recentemente e, a menos que a babá adotasse uma atitude mais suave e carinhosa, não tinha a menor intenção de deixar o sobrinho aos seus cuidados.
Enquanto alimentava o bebê, Anahí ouviu os comentários de desaprovação da sra. Brown, que fora sentar-se numa poltrona próxima.
— Está tentando me impressionar? — Alfonso perguntou irritado.
— Do que está falando? — Anahí espantou-se.
— De toda essa falsa atenção com Nikos. Por que acha que contratei uma babá?
— Não há nada de falso no que sinto por meu sobrinho. E prefiro não comentar a contratação da babá, embora deva dizer que não gostei do que vi até agora.
— Ela apresentou excelentes referências.
— Não quero parecer crítica ou injusta, mas você fez exatamente o que eu esperava, interferindo num assunto sobre o qual sabe muito pouco... algo que, imagino, costuma fazer com regularidade. É um desses homens que acredita saber tudo...
Alfonso ficou vermelho, visivelmente perturbado. Não podia ouvir uma ou duas verdades sem perder a calma e explodir. Devia ter sido excessivamente mimado quando criança. Rico, inteligente, bonito. Ambicioso, obcecado por trabalho e dominador, certamente encorajado por uma família amorosa, empregados servis e mulheres estúpidas a acreditar-se a mais perfeita das criaturas em todos os campos.
— Você é lésbica?
Depois de uma pausa ultrajada, Anahí encarou-o e riu. O ego do sujeito! Não era capaz de aceitar que uma mulher não o considerasse atraente.
— Eu imaginava que não. — Longe de estar constrangido, Alfonso a observava com interesse, a boca distendida por um sorriso divertido. — Devia perguntar-se por que sente tamanha compulsão para me agredir.
Anahí arregalou os olhos verdes numa encenação de ingenuidade.
Autor(a): theangelanni
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— Eu faço isso? E está querendo dizer que percebeu? Francamente, não gosto muito de você, Alfonso... — Gostar não é necessário. Mas exijo respeito. — Um homem deve ter sempre um objetivo a alcançar. Mesmo que esse objetivo seja quase inatingível... — Está correndo um risco que n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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a_somic___ Postado em 22/12/2011 - 00:14:26
Estou lendo e amando , posta mais , a e quero saber se a Anahi se casou ?
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sobrenatural Postado em 19/12/2011 - 00:38:47
posta mais pf... amando a web... o Alfonso e u fdp meu da vontade de bate nele tadinha da Any...
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sobrenatural Postado em 14/12/2011 - 22:20:18
siim so nao comentei antes pq estava dando erro. possso ate nao comentar mas vou estar lendo. posta mais bjs