Fanfics Brasil - 17 Laços de vingança - AyA

Fanfic: Laços de vingança - AyA | Tema: RBD


Capítulo: 17

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Mas Vivien era a mãe da esposa de Christopher, e isso a deixava ainda mais confusa. Não sabia nada sobre a família Herrera . Dulce falara pouco sobre o clã, e não havia visto Alfonso nas três semanas entre sua decisão de aceitar o casamento e a cerimônia, algumas horas antes. Agora entendia por que o marido ficara tão abalado ao ver a madrasta. Naturalmente temia que a esposa revelasse toda a verdade assim que se visse sozinha com a sogra.


Androula andava abatida... Perturbada, Anahí compreendeu subitamente o quanto havia resistido diante da verdade. Negara-se a ver as coisas a partir do outro lado da cerca. Ficara ultrajada ao saber que Christopher ca­sara-se com outra mulher enquanto Dulce carregava seu filho no ventre, e considerara Androula como uma espécie de rival triunfante.


Mas como uma mulher recém-casada poderia sentir-se triunfante ao saber que outra mulher daria à luz o filho de seu marido, ou ao ser chamada a assumir a responsabilidade por essa criança e tratá-la como se fosse sua? Em que momento Androula fora informada sobre a situação de Dulce? Antes ou depois do casamento?


De repente era novamente forçada a reconhecer que não era a única vítima. Androula também estava sofrendo, apesar de não ter feito nada para merecer tal sina. Christopher espalhava a infelicidade por onde passava.


A bagagem foi levada ao quarto por um criado, e uma empregada surgiu pouco depois para avisar que o jantar seria servido em uma hora. A criada desfez suas malas, e depois de um banho relaxante e prolongado, Anahí usou seu francês rudimentar para perguntar onde ficava o quarto do bebê.


A babá havia realmente erguido barricadas. Nicky estava acomodado num grande berço de bronze, alimentado e limpo, pronto para a noite.


— Ele sossegou... finalmente. — a sra. Brown comentou antes que Anahí pudesse entrar.


— Ótimo.


— Não seria uma boa idéia perturbá-lo. Estou muito cansada, e não gostaria de ter de passar a noite acordada.


— Cuidarei das mamadeiras noturnas — Anahí ofereceu sem hesitar.


— De jeito nenhum, senhora. Eu mesma o alimentarei esta noite, e amanhã haverá uma jovem para alimentar o bebê durante a noite e ficar ao lado dele em minhas horas de folga.


Nicky passaria as vinte e quatro horas do dia sob vigilância!


Anahí desceu apressada, os olhos verdes falseando de raiva.


— Odeio falta de pontualidade — Alfonso disparou ao vê-la entrar na sala de jantar.


Estava apoiado na lareira, saboreando um drinque, e sua aparência formal a fez perceber que cometera seu primeiro erro social. Devia estar usando o único vestido de noite que trouxera na bagagem.


Intimidada, Anahí foi sentar-se na ponta da enorme mesa iluminada por candelabros.


— Sua madrasta é muito gentil — ela comentou. — Vivien me fez sentir em casa.


Alfonso sorriu e fez um sinal para que o criado acendesse as luzes da sala.


— Os empregados acreditam que temos algo a celebrar — ele disse, apontando para a entrada de ostras que acabara de ser servida.


Anahí já ouvira falar sobre a propriedade afrodisíaca do prato, mas não estava preocupada. Era alérgica a frutos do mar, e não pretendia sequer aproximar-se das ostras.


— E então, como é ser minha esposa?


— Não me sinto sua esposa, o que significa que não deve preocupar-se com isso. Só desejo ser uma excelente mãe para Nicky. Não pretendo interferir em sua vida.


— Palavras amenas. Parece ter acalmado desde que colocou essa aliança no dedo.


— Não sei de onde tirou essa impressão.


— Você disse que eu merecia uma esposa capaz de transformar minha vida num inferno. Uma verdadeira cadela... se não estou enganado quanto ao termo utilizado. Mas agora parece estar mudando seu plano de ação representando a mãe dedicada, apesar de sua limitada habilidade artística.


— Não estou representando! Eu amo Nicky!


— Ele foi seu passaporte para outro mundo. Você o usou para conseguir o que neguei à sua irmã.


— Isso não é verdade! Tudo bem, reconheço que queria vingança, mas nunca imaginei que fosse concordar. Depois, quando aceitou a idéia, percebi que esse casamento era a melhor solução para as necessidades de Nicky.


— Você me obrigou a aceitá-la. Nunca pensei que uma mulher pudesse ser tão desavergonhada. Trocou seu sobrinho por riqueza e status.


— Como se atreve a me acusar?


— Não devia esperar nada melhor da mulher que invadiu meu escritório há cinco meses.


— Eu não invadi seu escritório! Marquei hora com a secretária, lembra-se? Foi você quem agiu como um bárbaro.


— Você e sua irmã nunca se preocuparam com Androula. Que tipo de recepção esperava? Christopher já tinha uma esposa e uma família, e você sempre soube disso! Desde o início daquele caso sórdido!


— O que está dizendo? — Anahí sussurrou, o rosto subitamente pálido. — Quer que eu acredite que há cinco meses Christopher já era casado há tempo suficiente para ter um filho? Isso é absurdo!


— Fingir ignorância não vai ajudá-la em nada. Sua irmã conheceu Androula e minhas sobrinhas antes de esgueirar-se até a cama de meu irmão. Ela era a babá.


— Isso é mentira! Está inventando essa história para profanar a memória de minha irmã! Dulce não pode ter conhecido sua cunhada... Não sabíamos que Christopher era casado!


— É claro que sabiam.


— Christopher a pediu em casamento! Ele até comprou um anel de noivado!


Alfonso pronunciou um impropério para manifestar sua incredulidade, e Anahí reagiu de imediato.


— Não se atreva a usar esse tipo de linguagem em minha presença! Não sei onde está querendo chegar com todas essas mentiras. Minha irmã jamais teria se envolvido com um homem casado, a menos que ignorasse seu estado civil.


— Sua irmã conheceu Androula antes de ser apresentada ao resto da família.


— Dulce não pode ter conhecido a esposa de Christopher! Ela jamais esteve na Grécia! — Anahí soluçou, aflita com as próprias emoções. Christopher havia jogado toda a culpa sobre as costas de Dulce para redimir-se aos olhos do irmão.


— Eu tenho provas.


— Que provas?


Alfonso levantou-se e dirigiu-se à porta.


— E então? Vem comigo, ou tem medo de não conseguir sustentar a farsa diante das evidências?


— Não tenho medo de nenhuma evidência que possa ter produzido! — ela devolveu, seguindo-o com passos nervosos até a biblioteca.


Alfonso pressionou o último livro de uma estante e, espantada, Anahí viu o vão revelado pelas prateleiras que se afastavam.


— Mantenho a prova em local seguro — ele comentou com um sorriso sarcástico.


Anahí respirou fundo, tentando dominar a tensão. Não estava com medo... não, não temia que ele pudesse abalar a confiança que sempre tivera na irmã!


Alfonso espalhou algumas fotos sobre a mesa, diante dos olhos arregalados de Anahí.


— Foram tiradas em Oxford. Androula e as crianças foram passar algumas semanas com Christopher.


Anahí tinha a impressão de que alguém a havia atingido no estômago. Na foto, Dulce posava ao lado de uma jovem morena, cada uma delas segurando a mão de uma garotinha de cabelos negros, uma delas com cerca de um ano, e a outra com quatro ou cinco. Todas sorriam.


Alfonso foi mostrando as fotos numa sucessão lenta e sádica. Dulce aparecia em todas elas. Brincando com as meninas num parque, sorrindo ao lado delas... Na última ela sorria ao lado de Christopher, cada um deles segurando uma criança.


— Andy perdeu uma das meninas num shopping e sua irmã a encontrou. Foi assim que elas se conheceram. Andy cometeu o engano de convidá-la para jantar em sua casa, e depois ela ficou com as crianças uma ou duas vezes para que meu irmão e a esposa pudessem sair. Minha cunhada voltou para a Grécia e sua irmã viu-se com o campo livre.


A verdade sobre Dulce atingira Anahí com tamanho impacto, que ela manteve-se em silêncio por alguns instantes, vítima da dor e da culpa. Deus, onde errara na criação de Dulce?


— Ela tinha apenas dezoito anos... e o amava. — Anahí não estava falando com Alfonso, mas consigo mesma. Tentava convencer-se de que a irmã que amava fora vítima, e não algoz. — E Christopher a encorajou. Quando o conheci, ele disse que a amava e pretendia casar-se com ela.


— Christopher insiste em negar qualquer tipo de discussão sobre casamento.


— Então ele está mentindo. E ela também mentiu — Anahí admitiu com tom pesaroso. — Há quanto tempo Christopher é casado?


— Desde os dezenove anos. Andy tinha dezoito. Tentei convencê-los a esperar, mas Vivien os apoiou, e meu pai não viu razões para negar seu consentimento. Se quiser, pode ficar com isso — Alfonso ofereceu, estendendo um pacote de cartas em sua direção. — Não foram abertas, como pode ver.


— Então ele nunca as recebeu.


— Não acreditei na gravidez de sua irmã.


— Não tinha o direito de interceptar essas cartas! Dulce não era nenhuma mulher fatal que seduziu seu irmão e afastou-o do lar e da família. Era uma adolescente, e Christopher era muito mais velho! Independente do estado civil de seu irmão, ela ainda era responsabilidade dele!


— Não posso ser acusado pelos erros de meu irmão.


— Mas você interferiu...


— Duas crianças estavam envolvidas nessa trama, sem falar na paz e na estabilidade de toda minha família. Sempre acreditei que é prerrogativa da mulher dizer não...


— Seu hipócrita!


— Sua irmã sabia que Christopher era casado. Ela fez uma escolha... e meu irmão fez a dele. Voltou para a esposa. E como não há mais nada a fazer, acho que devemos terminar nosso jantar.


— Perdi o apetite. Acho que vou para a cama — Anahí murmurou, lutando contra as lágrimas que queimavam seus olhos.


— Sozinha... em nossa noite de núpcias?


Anahí encarou-o e sentiu-se como um fantoche sob a força daqueles olhos. Seu corpo respondia com energia assustadora, como se tivesse vontade própria, e de repente era como se o mundo girasse mais depressa.


— Subirei mais tarde — Alfonso informou com voz suave. — Mal posso esperar para vê-la deitada, pensando na grande glória da Grécia.


— O que foi que disse? Mas ele já havia saído.


 




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Autor(a): theangelanni

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CAPÍTULO VI   Anahí ficou deitada de costas na cama, os olhos fixos na porta. Alfonso estava brincando, provavelmente para privá-la de uma boa noite de sono. Um homem precisava sentir-se sexualmente atraído por uma mulher para pensar em fazer amor com ela, e Alfonso não a considerava atraente. Não era sua esposa de verdade. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • a_somic___ Postado em 22/12/2011 - 00:14:26

    Estou lendo e amando , posta mais , a e quero saber se a Anahi se casou ?

  • sobrenatural Postado em 19/12/2011 - 00:38:47

    posta mais pf... amando a web... o Alfonso e u fdp meu da vontade de bate nele tadinha da Any...

  • sobrenatural Postado em 14/12/2011 - 22:20:18

    siim so nao comentei antes pq estava dando erro. possso ate nao comentar mas vou estar lendo. posta mais bjs


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