Fanfic: Laços de vingança - AyA | Tema: RBD
Ainda lembrava a experiência dolorosa e humilhante com o único rapaz por quem apaixonara-se, aos dezesseis anos. Ele a convidara para ir a um baile e ela aceitara imediatamente, mas sua felicidade terminara no banheiro feminino da escola, onde ouvira algumas garotas comentando sobre uma certa aposta... As palavras ainda permaneciam gravadas em sua memória.
— Anahí...
Anahí voltou ao presente com um sobressalto. Gina pousou a mão em seu braço com ar sério.
— Convidei Alfonso e Christopher Herrera para uma visita.
— Você o quê?!
— Bem, alguém tinha de fazer isso. Você agiu como se eles não estivessem lá!
— Se eles entrarem, eu saio — Anahí prometeu veemente.
— Anahí, o que deu em você nesses últimos meses? Parece possuída por um estranho...
— Não há nada errado comigo — ela respondeu enquanto descia a escada.
— Você costumava ser bondosa, gentil, mas vem mudando desde que Calhe revelou que estava grávida. Sei o quanto a amava, e posso entender o que está sentindo...
— Não pode.
— O rapaz deve querer ver o filho.
— Se Christopher quiser ver Nicky, ele que providencie uma ordem judicial. Lutarei contra eles com todas as armas possíveis.
— Mas eles virão até aqui!
— Pois que venham!
A campainha tocou um minuto depois, e Gina encarou-a com ar de súplica antes de ir para a cozinha. Anahí ergueu os ombros e foi abrir a porta. Alfonso Herrera estava parado na soleira, sozinho.
— Não o convidei para vir aqui. Você não é bem-vindo — Anahí disparou.
Uma poderosa mão a impediu de fechar a porta, e a violência do gesto a surpreendeu. Aproveitando a hesitação momentânea, Alfonso entrou e fechou a porta.
— Agora vamos conversar — ele anunciou.
Como não era fisicamente capaz de expulsá-lo da casa, Anahí preferiu dirigir-se à sala de estar antes que ele tomasse a iniciativa.
— Francamente, sr. Herrera , não temos nada a discutir. Onde está o pequeno canalha?
— Pequeno canalha?
— O irmão caçula, o fantoche.
— Você é a mulher mais venenosa que já conheci. Não sabe como gostaria de cortar essa sua língua ferina.
Anahí riu pela primeira vez em dias. Christopher sempre havia dito que o irmão era um bloco de gelo, mas agora era como se estivesse diante de um vulcão prestes a entrar em erupção.
— Meu Deus! — ele exclamou. — No dia do funeral! Não tem nenhum sentimento decente?
— Os mesmos que você teve quando chamou minha irmã de prostituta barata há cinco meses.
— Não empreguei esse vocabulário ofensivo.
— Você disse que ela estava interessada no dinheiro de seu irmão e que dormia com todos os homens que conhecia. Qual é a diferença?
— Não acreditei que ela estivesse grávida.
— Quero que saia daqui imediatamente. Você não tem nada a fazer nesta casa.
— Meu irmão está muito envergonhado para encará-la...
Anahí estava começando a divertir-se. As duas últimas admissões pareciam ter sido arrancadas de Alfonso a ferro, tal a angústia estampada em seu rosto. O caçula era um fracote, um canalha desonesto, e isso o ofendia infinitamente. Alfonso estava sendo obrigado a lidar com uma mulher que desprezava numa situação sobre a qual não tinha controle, e isso a fazia sentir-se muito mais segura. Ele estava em sua casa para comprar silêncio.
Para comprar o silêncio dela. Talvez tivesse medo de que ela fosse aos jornais para contar a história suja protagonizada por Dulce e Christopher. Uma jovem adolescente pobre e ingênua enganada pelo milionário grego que a abandona assim que consegue o que quer. E como se não bastasse, a jovem é ameaçada por advogados poderosos que lhe oferecem dinheiro para desaparecer e esquecer que um dia conheceu alguém chamado Herrera !
Anahí sentiu-se enojada. Era uma história terrível, que transformava-se em tragédia quando se descobria o quanto Dulce amara esse rapaz. Até o fim... Lágrimas queimavam seus olhos, mas ela conseguiu contê-las.
— Se Christopher pudesse trazê-la de volta à vida, sem dúvida ele a traria — Alfonso comentou com tom neutro, recuperando a postura com rapidez espantadora. — Mas isso é impossível. A única coisa que meu irmão pode fazer é cuidar de seu filho e dar a ele a vida a que ele tem direito.
— Dar a ele... — Anahí gaguejou incrédula. — O que está dizendo?
— Naturalmente, Christopher quer criar o filho em sua casa, onde é o lugar dele.
Autor(a): theangelanni
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CAPÍTULO II Anahí precisou de alguns segundos para vencer a incredulidade. Os Herrera queriam Nicky! Queriam o filho de Dulce! Alfonso interpretou o silêncio como encorajamento. — Christopher adora crianças. Nikos será muito amado. — Francamente... não acredito no que estou ouvindo — Anahí conf ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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a_somic___ Postado em 22/12/2011 - 00:14:26
Estou lendo e amando , posta mais , a e quero saber se a Anahi se casou ?
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sobrenatural Postado em 19/12/2011 - 00:38:47
posta mais pf... amando a web... o Alfonso e u fdp meu da vontade de bate nele tadinha da Any...
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sobrenatural Postado em 14/12/2011 - 22:20:18
siim so nao comentei antes pq estava dando erro. possso ate nao comentar mas vou estar lendo. posta mais bjs