Fanfic: Laços de vingança - AyA | Tema: RBD
Chocada com os insultos, Anahí tentara defender o caráter e a reputação da irmã, mas Alfonso jogara a cabeça para trás e rira.
— Apesar de jovem, sua irmã não era nenhuma virgem. Soube que ela era bastante liberal antes mesmo de Christopher aparecer, e também não foi muito fiel enquanto esteve com ele.
— Como... como se atreve?
— Se vamos falar em atrevimento, srta. Puente, sua decisão de vir até aqui foi bastante impertinente. Um conselho: da próxima vez em que for ajudar sua irmã a caçar um grego milionário, não esqueça de dizer a ela para manter a boca fechada sobre seus ex-amantes. Os gregos são notoriamente antiquados no que diz respeito à liberação feminina. Eles gostam de serem os primeiros, ou pelo menos de poderem fingir que são.
— Você é grosseiro, rude e...
— E se ela quer uma aliança na mão esquerda, que mantenha as pernas bem fechadas até sair da igreja. Ir morar com Christopher foi seu segundo erro — ele concluiu, os olhos iluminados por um brilho triunfante. — E agora pode sair. Já disse tudo que tinha a dizer.
Anahí encontrara Dulce na recepção, igualmente trêmula e abalada, apertando entre os dedos um cheque de valor astronômico. Anahí o rasgara e atirara os pedaços no lixo, mas horas haviam se passado antes que ela conseguisse arrancar toda a história da irmã.
— Eles me fizeram sentir suja, Anahí, como se eu fosse uma chantagista!
Dulce fora ameaçada e amedrontada por dois advogados que prometeram repercussões desastrosas caso ela procurasse a Imprensa para falar sobre Christopher.
Dulce continuara escrevendo para Christopher, furiosa por não receber uma única resposta, mas ainda cheia de esperanças.
— Aposto que minhas cartas estão sendo interceptadas antes dele recebê-la — ela dizia. — Alfonso Herrera é capaz de qualquer coisa. Espere só até meu filho nascer. Então a história será muito diferente. Nada poderá manter Christopher longe de mim.
A lembrança odiosa daquele dia ainda resistia na memória de Anahí, dolorosa e viva. O ódio parecia ainda mais intenso, alimentado pela amargura e o desespero da perda. Ela parou na soleira do quarto de Nicky.
Uma cena inesperada a esperava do lado de dentro.
Alfonso estava recostado em sua cama de solteiro, o sobrinho aninhado de encontro ao peito. Falava com o bebê em grego, e Nicky havia parado de chorar.
Era estranho. Alfonso parecia tão humano! Mas a maneira como tratara Dulce fora desumana. E agora ele queria o filho dela, e esperava que o entregasse sem resistência. Por quê? Nicky também era Nikos, como todas as implicações trazidas pelo nome. Era um Herrera . Dulce acertara ao prever o valor de seu filho para a família Herrera .
Mas Anahí ainda estava atônita com a intensidade do interesse deles por Nicky. Ou deveria dizer do interesse de Alfonso por Nicky? Por que, aparentemente, o desejo de Christopher de criar o filho fora rapidamente silenciado e sufocado. Assim, até que ponto a oferta havia sido sincera? Anahí tinha a impressão de que Christopher oferecera-se para cuidar da criança apenas para impressionar o irmão mais velho.
Seria o medo de ser exposto publicamente que obrigava Alfonso a exigir a custódia do sobrinho? Algum tipo de obsessão paranóica? Sabia que não era uma questão de honra ou consciência. A experiência de Dulce com aquela família havia deixado claro com que tipo de gente estava lidando. Anahí olhou para o homem e o bebê e tremeu com a força da própria frustração.
Sim, queria vingança. Queria, precisava ferir Alfonso Herrera , mas não podia. Não tinha esse poder. Além do mais, tinha de considerar o bem estar de Nicky, sua principal preocupação. Num silêncio chocado, removeu a criança dos braços de Alfonso e foi sentar-se numa cadeira para alimentar o sobrinho.
Alfonso levantou-se repentinamente.
— Tem de aceitar o fato de que Nicky não pertence a este lugar.
Apesar de todo mise-en-scène, Alfonso ainda não conseguira convencê-la da honestidade de propósitos de sua família. Nem todo o dinheiro do mundo poderia compensar a falta de amor. De qualquer maneira, sentia-se dividida e confusa, e tinha medo de estar tomando uma decisão precipitada. Temia que seus sentimentos a impedissem de enxergar a melhor solução para o bebê que aprendera a amar como se fosse seu.
— Seria melhor para vocês dois se desistisse dele agora.
O que pretendia oferecer agora? Já havia tentado dinheiro. Também experimentara a intimidação. Fizera de tudo para pintar Christopher e Androula como os pais perfeitos. E finalmente oferecera-se. Mas se Nicky fosse para a Grécia, Anahí não teria mais qualquer influência sobre o futuro do sobrinho. Até onde podia confiar nos homens da família Herrera ?
— Não sou muito paciente — Alfonso suspirou.
— Diga algo que eu não saiba.
— Sou um inimigo perigoso. Vou tirar essa criança de você, custe o que custar.
Anahí havia terminado de alimentar Nicky, Tentando esconder o tremor das mãos, ela o colocou de volta no berço. Com que direito ele entrava em sua casa e a ameaçava? Não estava satisfeito com o sofrimento que já provocara? Os irmãos Herrera mataram sua irmã!
Christopher devia ter dito a Dulce que não a amava mais. Em vez disso fugira, deixara sua pobre irmã cheia de esperanças vãs. O que aqueles meses de angústia haviam feito com seu coração frágil? E qual teria sido o desfecho da história, se Christopher houvesse cumprido a promessa de se casar com ela? Dulce podia estar viva.
— Escute... — Alfonso exigiu com impaciência, segurando-a pelo braço.
Anahí soltou-se com um gesto violento e dirigiu-se à escada.
— Não ponha suas mãos imundas em mim! Não suporto a idéia de ser tocada por você!
— Mentirosa.
Furiosa, tomada por uma curiosa mistura de emoções, ela virou-se para encará-lo e o viu encostado na parede da sala, exalando uma aura de sensualidade impressionante.
— Acho que gostaria de ser tocada por mim — ele provocou.
Confusa, Anahí retrocedeu alguns passos, tentando livrar-se da tensão sufocante que penetrara a atmosfera.
— Você não passa de um animal — ela sussurrou, sem saber como interpretar o que sentia.
Alfonso sorriu arrogante. Julgava-se irresistível, mas o que realmente a irritava era o fato de estar conseguindo perturbá-la.
— Infelizmente, quando disse que estava disposto a pagar qualquer preço, não estava me incluindo na oferta — ele prosseguiu insolente. — Quando vou para a cama com uma mulher, tenho de gostar dela. É o mínimo que exijo.
Se Anahí tivesse uma faca na mão, ele estaria sangrando a seus pés. Além de insinuar que ela o considerava atraente, ainda tinha a ousadia de dizer que, caso estivesse disposto a recebê-la, ela teria se atirado em seus braços com entusiasmo! Francamente! Não conseguia sequer verbalizar o que estava sentindo!
De repente Anahí teve certeza de qual seria o pior castigo para Alfonso Herrera . O que poderia feri-lo profundamente. Ser obrigado a casar-se com ela para obter a custódia de Nicky. Ele não concordaria, é claro, mas seria uma vingança perfeita. Uma idéia insana, mas uma deliciosa fantasia. Pensando bem, por que tinha de ser uma fantasia? Se fizesse tal exigência, certamente conseguiria livrar-se dele.
Autor(a): theangelanni
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— Estou feliz por ter encontrado algo de divertido nessa situação — ele comentou, fitando-a com ar intrigado. — Confesso que ainda não sou capaz de rir. — Você disse que eu devia estipular o preço para entregar Nicky... certo? — Já estava imaginando quanto tempo levaria para desistir do ato da t ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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a_somic___ Postado em 22/12/2011 - 00:14:26
Estou lendo e amando , posta mais , a e quero saber se a Anahi se casou ?
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sobrenatural Postado em 19/12/2011 - 00:38:47
posta mais pf... amando a web... o Alfonso e u fdp meu da vontade de bate nele tadinha da Any...
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sobrenatural Postado em 14/12/2011 - 22:20:18
siim so nao comentei antes pq estava dando erro. possso ate nao comentar mas vou estar lendo. posta mais bjs