Fanfics Brasil - Capitulo I (parte V) O amor é cego (adaptada vondy)-cancelada

Fanfic: O amor é cego (adaptada vondy)-cancelada | Tema: rebelde


Capítulo: Capitulo I (parte V)

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— Perdão, acho que estive tempo demais longe da sociedade. Nunca deveria...


— Ora, não se preocupe. – Dulce dispensou as desculpas e afundou na cadeira com um ar desanimado. — Está tudo bem. Sei o que as pessoas falam. Acham que, além de desastrada, eu sou surda, pois não se preocupam de falar na minha frente ou por trás de seus leques. Falam bastante alto para que eu ouça. — Ela imitou o modo como as pessoas falavam, fazendo caretas. — Oh, vejam, lá está a coitadinha, a estabanada Dulce.


— Peço desculpas — ele disse baixinho.


— Não precisa se desculpar. Pelo menos você disse na minha cara.


— Sim, mas... — O rapaz pareceu relaxar um pouco agora que as mãos dela não significavam mais uma ameaça. — Na verdade, era mais uma pergunta. Eu queria saber se você é mesmo como dizem.


— Bem, não sou tão cega assim. — Dulce sorriu tristonha. — Enxergo bem de óculos. Mas minha madrasta os tirou de mim. — Ela arriscou um sorriso na direção dele e esclareceu: — Alma parece acreditar que terei mais sorte de incendiar o coração de um bom partido sem os óculos. Embora a única coisa em que pus fogo até agora foi na peruca de lorde Prudhomme.


— Como? — Christopher perguntou, espantado. — Na peruca de Prudhomme?


— Sim — ela confirmou, recostando-se na cadeira e tentando afastar a lembrança. — Pois é. Mas, se quer saber, a culpa não foi inteiramente minha. Ele sabia que eu não enxergava bem sem meus óculos. Por que cargas d’água tinha de me pedir para levar a vela mais próxima a ele? — Dulce fez uma pausa e olhou de soslaio na direção do estranho. — Sem a peruca, ele é careca feito uma bola de bilhar, não é?


Pareceu-lhe que ele aquiesceu com a cabeça, mas era difícil dizer. Também percebeu sons abafados, como se ele estivesse lutando contra o riso.


— Vamos, pode rir — Dulce disse, sorrindo. — Eu também ri, só que não na hora.


Ele então relaxou um pouco mais e, como estivessem sentados lado a lado, Dulce pôde até sentir o vigor de seu braço e de sua perna que encostaram ligeiramente nela.


Dulce apertou os olhos, tentando fazer com que o rosto do estranho entrasse em foco. Queria muito ver como ele era. Gostava do som de sua risada e de sua voz, firme e macia. E, embora devesse se afastar um pouco para não permitir a proximidade do quadril dele roçando no seu a cada movimento, gostava da sensação que sentia, por isso fazia de conta que não percebia.


— Como Prudhomme reagiu a esse pequeno acidente?


— Nada bem. Me culpou, claro. Me disse um par de grosserias também. Acho que teria me agredido se os criados não o tivessem detido e tirado de casa — admitiu, suspirando. — É claro que depois minha madrasta não parou de fazer discurso sobre como devo e não devo me comportar daqui para frente.   


— Que tipo de discurso?


— Quase tudo é proibido. — Dulce sorriu. — Veja, não posso comer em público, não posso beber em público... De fato, não posso tocar em nada, como castiçais, vasos de flor, nada. Não posso nem sair para um passeio sem uma companhia para me guiar.


— Mas ela não disse nada quanto a dançar, não é?



— Não, mas isso nem precisava. — O sorriso de Dulce esvaneceu-se. Ela hesitou por um momento, depois tentou explicar: — Não enxergo nada direito. Dançando só vejo borrões de cor e luz ao meu redor, e acabo perdendo o equilíbrio. — Ela fez uma pausa, sentindo que começava a corar à lembrança da última alma corajosa que a havia tirado para dançar. Tropeçara nele e ambos acabaram caindo no chão. Deveras constrangedor.



— Então mantenha os olhos fechados.



— Como? — Dulce voltou o olhar para o vulto escuro a seu lado.



— Se mantiver os olhos fechados, você não perderá o equilíbrio — o rapaz lhe explicou e ela sentiu a mão dele aproximar-se da sua, para ajudá-la a levantar-se.



Estava pronta para recusar, mas o toque da mão dele provocou-lhe um frisson. Foi uma sensação estranha, excitante, que a fez sentir-se viva.



— Eu não... — começou a dizer, parando quando ele pôs a mão em seu queixo, levantou seu rosto e inclinou para olhá-la nos olhos.



Por um breve momento, ela contemplou claramente o mais lindo par de olhos castanhos aveludados que já tinha visto; ele então se afastou um pouco e saiu de foco.



— Confie em mim.



 



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Autor(a): thailavondy

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Não era bem um pedido, mas uma imposição. Dulce pensou naqueles olhos tão escuros e tão gentis, e concordou com a cabeça. Ele ajudou-a a se levantar e conduziu-a entre as pessoas até a pista de dança. — Agora... — A voz dele era calma e suave ao tomá-la nos braços. — Feche os olhos e r ...


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Comentários da Fanfic 364



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  • thailavondy Postado em 17/01/2012 - 20:52:20

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  • thailavondy Postado em 17/01/2012 - 20:52:15

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  • maarckos Postado em 08/01/2012 - 15:54:43

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