Fanfic: Casamento em Acapulco - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Anahi sentiu-se humilhada quando se deu conta da posição embaraçosa em que se colocara. Ela virou o rosto para a janela, a fim de ocultar o rubor de sua face.

Desciam a montanha e já estavam quase na metade do caminho, quando Alfonso interrompeu o silêncio.

- Você não deve beijar um homem desse jeito, Anahi.

 Ela sentiu o orgulho vindo à tona.

- Não é assim que as suas mulheres geralmente o beijam? apesar de manter a cabeça virada, percebeu que ele a olhava de lado.

- Você não sabe nada sobre as chamas de paixão que podem arder entre um homem e uma mulher, senão não flertaria assim tão perigosamente com eles. Você não mede os riscos que corre.

- Beijá-lo não significa que eu queira ir para a cama com você.

- Ah, mas quando você beija um homem desse jeito, é ele quem vai querer que a posse seja completa.

Um silêncio incómodo se fez entre eles. uma vez que Eriça não conseguia encontrar respostas. Alfonso não era homem de ser desafiado e tapeado por mentiras e argumentos infantis.

Quando ele parou o carro em frente ao hotel, Anahi sentiu vontade de sair correndo para dentro, mas se controlou e continuou sentada, até que Alfonso deu a volta no carro e abriu a porta. O sol estava quente. Annie estremeceu quando ele a segurou pelo cotovelo com educação e a conduziu até a porta do hotel.

Alfonso inclinou a cabeça para o porteiro que mantinha a porta de vidro aberta. A naturalidade e a imponência desse gesto impressionou-a. Ela parou poucos metros depois da porta, no hall.

- Você não precisa me acompanhar mais - disse.

O comportamento arrogante dele permanecia. Virou-se para ela com a cabeça ereta e os olhos semicerrados.

- Espero que, apesar de tudo, tenha achado agradável o passeio, senorita.

Ela sentiu uma pontada de raiva por ele ter voltado ao velho tratamento impessoal. Pelo canto do olho viu seu pai e Christian entrando no saguão. Franco lançou-lhe um olhar indagador ao vê-la com Alfonso.

- Foi muito instrutivo. Obrigada - seu tom de voz era condescendente.

O olhar dele se concentrou por um breve momento na boca de Annie, parecendo zombar da frieza que vinha agora dos mesmos lábios que tinham tremido debaixo dos seus.

- Adios - Alfonso afastou-se a passos largos.

Anahi hesitou durante um segundo, respirando fundo para acalmar as batidas de seu coração. Procurando sorrir com alegria, virou-se para o pai e para Christian.

Era improvável que Christian  tivesse se esquecido daquela primeira tarde em que viram Alfonso com a loira velhusca. Os olhos azuis de seu pai demonstravam que Christian havia lhe transmitido essa informação. Recusando-se a se intimidar pela expressão de censura dele, ela o beijou.

- Se me derem alguns minutos para me arrumar, daqui a pouco me reunirei a vocês para o aperitivo antes do jantar - procurava demonstrar um ar alegre e despreocupado para que eles não notassem que havia alguma coisa errada.

- O que estava fazendo com aquele homem? - o pai perguntou, com a facilidade habitual de ir diretamente ao ponto principal.

- Quem?Alfonso? - Anahi perguntou, com um falso ar de inocência. - Ele me levou para visitar a cidade esta tarde.

- Você quer dizer que o contratou? - Franco perguntou abruptamente.

- Sim - ela mentiu. Então deu de ombros para reforçar a mentira e acrescentou: - Você e Christian estiveram ocupados esta tarde, e eu não quis ficar sentada aqui no hotel.

Franco não era um homem fácil de se enganar. Voltou a cabeça leonina para ela, e sua expressão era de dúvida e preocupação.

- Você sabe a espécie de homem que ele é. É um aventureiro, um caçador

de dotes, que vive como um parasita às custas de mulheres ricas - havia um tom de advertência na voz grave dele.

- Eu sei o que ele é papai - Annie respondeu com calma.

Christian olhou para ela, como se quisesse se desculpar por ter contado, e

Annie sorriu para ele. Não ligava, ele só tinha feito o que achava melhor.