Fanfics Brasil - 53 DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 53

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Anahí não sabia por que reagira daquela maneira. O medo, com certeza, fora uma das razões. Aliado talvez a um desejo de se agarrar à vida, qualquer que tenha sido, pelo máximo de tempo que pudesse. Porque poderia terminar, muito em breve.
O que quer que lhe acontecesse, sabia de uma coisa. Não se arrependia do que acabara de se passar. Alfonso a fizera sentir-se mais viva do que já estivera desde que despertara daquele coma. E não havia como pudesse arrepender daquilo. Existia uma grande confusão de sentimentos em seu íntimo. Era tomada por profunda tristeza e desespero, mas também por uma obstinada urgência em negar a doença. E, acima de tudo, havia um sentimento intenso que acabara de nascer. Mas que também era antigo. Era como se seus sentimentos por Alfonso tivessem renascido em seu coração. Eram profundos e novos, mas contendo algo latente dos antigos que não conseguia lembrar.
E havia uma outra impressão. De algum modo, sabia que recorrer a Alfonso  quando em face de algum problema era-lhe tão natural quanto respirar.
Na verdade, havia um turbilhão em sua mente. Não podia acreditar que desconfiara dele, achando que tentara se livrar dela, tendo simulado sua morte e enviando-a para longe. Alfo nso jamais teria feito algo assim. Primeiro, porque não tivera nenhum motivo, sabendo que ela morreria de qualquer modo. E depois porque era evidente que a amara... adorara-a... no passado.
Aliás, dissera-lhe que ainda a amava.
Fechou os olhos e aninhou-se em seus braços fortes na pequena cama de solteiro. Sim, dissera que ainda a amava. Mas seria possível? Nem sequer a conhecia agora.
E talvez nunca conhecesse. Talvez não houvesse tempo...
- É tão estranho. Eu me sinto tão bem, exceto pelas dores de cabeça. Simplesmente não entendo como posso... - Ela omitiu a última palavra. Morrendo. Nem sequer queria pensar a respeito. Ergueu-se um pouco fitando Poncho, que lhe secava as lágrimas com beijos.
Jurou não derramar mais nenhuma. O que tempo que lhe restava era curto demais para ficar desperdiçando-o com lágrimas. - Qual era a minha condição física antes daquele acidente?
- Nada boa. - A súbita tensão no rosto de Alfonso evidenciava que esta se recordando da época.
- Você não podia andar pela casa sem ficar ofegante ou com tontura. Havia parado de cavalgar. E até de sair. Precisava repousar bastante, dormir algumas vezes ao longo do dia. - Seu semblante suavizou-se ao estudá-la. - Estava bastante diferente de agora.
- Em sentia dores.
- Sim, terríveis. O médico lhe administrava o máximo de remédios que podia, o que fazia você se sentir ainda mais cansada.
Annie assentiu, vasculhando a mente à procura das lembranças de tudo aquilo, mas não encontrou nenhuma.
- Não me sinto nem um pouco cansada agora. E não há nenhuma dor, exceto o latejo ocasional na cabeça. Mas você disse que era uma doença degenerativa.
- Sim. O coma devia ser o... estágio final da doença.
Um fio de esperança brotou no coração dela.
- Há alguma... chance de que tenha sido?


Os olhos verdes de Poncho diziam que se esforçava para não nutrir esperanças demais.
- O médico disse que não havia cura para a síndrome.
Annie soltou um longo suspiro, tornando a se deitar.
- Então... essa doença ainda está dentro de mim.
- Estaríamos nos iludindo se achássemos que não. Mas não podemos ter certeza de nada antes que o médico a examine. – Poncho tomou-lhe o rosto nas mãos. - Qualquer que seja o tempo que nos reste, estaremos juntos. Nós o aproveitaremos ao máximo. Quero lhe dar tudo que você já tenha desejado, levá-la a qualquer lugar que queira ir...
- Não quero ir a lugar algum. Quero estar aqui. E me lembrar.
- Eu sei - sussurrou ele, beijando-a nos lábios com doçura.
A batida à porta deixou-a tensa, mas Alfonso apenas disse calmamente:
- Vou num minuto. - Descendo da cama, vestiu suas roupas e tornou a virar-se para ela, ajeitando-lhe as cobertas.
Abriu, enfim, a porta, e Annie ouviu a voz de Christian no corredor:
- Preciso falar com você, Poncho. A sós.
Poncho lançou um olhar a ela e saiu para o corredor, fechando a porta atrás de si.
Franzindo o cenho, Annie levantou-se e apanhou o roupão do encosto de uma cadeira, vestindo-o. O que seria aquilo? Mais segredos?
Andando na ponta dos pés, parou junto à porta, encostando o ouvido na madeira. As vozes do outro lado soavam abafadas, mas conseguiu distingui-las.
- Por que está fazendo tanto mistério? - perguntava Poncho.
- Kuno me contou o que aconteceu. Ocorreu-me que Annie já tem o bastante com que lidar. Como aceitou a idéia?
- Como você acha?
- Posso imaginar. E quanto a você, Poncho?
- Estou arrasado. Mas tenho-a junto a mim e isso me dá o alento que preciso. É tudo o que me importa no momento, tê-la de volta.
As palavras emocionaram Anahí, mas esforçou-se para conter as lágrimas e concentrar-se na conversa:
- Achei que não havia razão para assustá-la sendo que já está enfrentando tanta coisa.
O coração de Annie disparou. Assustá-la?
E foi o mesmo que Poncho perguntou ao irmão.
- Acho que temos problemas - prosseguiu Christian. - Recebi um telefonema de Matt Bauer, do distrito policial de El Paso.Disse que um homem esteve lá à procura de Anahí.
- E como ele era?
- Devia ter uns quarenta e poucos anos, calvo, magro. Falava com sotaque britânico.
Dr. Barlow! O coração de Annie quase parou.
- Esse sujeito tinha uma foto dela. Disse que era esposa dele.
- Isso é absurdo.
- Foi o que Matt achou também. E falou que esse homem se recusou a dizer onde estava hospedado e até a preencher um formulário de pessoa desaparecida. Tratou de sair assim que Matt começou a fazer perguntas. E há outra coisa, Alfonso, tentei investigar, através das autoridades locais, essa tal Clínica Barlow em que Annie disse ter estado em Londres, e o médico de mesmo nome, mas ambos parecem ter desaparecido da face da terra.
- Como assim?
- O prédio onde era a tal clínica está vazio. Barlow vendeu-o a uma corretora de imóveis pela metade do que vale e desapareceu, junto com quaisquer pacientes que pudesse ter aos seus cuidados. Ninguém consegue encontrar nenhum registro. Não há absolutamente nada.
Annie franziu o cenho. A Clínica Barlow e seu proprietário haviam simplesmente desaparecido?
- E quanto a ex-funcionários?
- Aqueles que puderam localizar não sabem de absolutamente nada. Apareceram para trabalhar num dia, e o lugar estava trancado e vazio. Nenhum deles fazia a menor idéia sobre algo obscuro acontecendo lá dentro, mas tenho que lhe dizer, Poncho, tudo isso me soa suspeito. Eu sei que Annie costumava desconfiar até de garotinhas vendendo biscoitos, mas, desta vez, acho que deve ter deparado com algo muito sério.
- Sem dúvida, Christian. Você disse os funcionários que puderam localizar?
- Sim. Há também um punhado deles que desapareceu junto com o médico. Mas há uma pessoa que conseguiram encontrar, só que não poderá dizer mais nada. A enfermeira, Michele Kudrow... aquela de quem Annie roubou o cartão de crédito... foi encontrada no apartamento dela.
- Encontrada ? Quer dizer... morta?
- Sim.
- Assassinada?
- Suicídio.
Houve uma longa pausa.
Suicídio, pos sim!, pensou Anahí, do outro lado da porta. Michele sabia demais! Mordeu o lábio inferior. Talvez ela própria também soubesse demais... Apenas não se lembrava. Mas... e caso se lembrasse? E se dr. Barlow achasse que podia?
Céus, o que o homem estaria escondendo?
- Teremos que encontrar esse tal Barlow, Christian. Custe o que custar. Quem quer que seja responsável por ter me roubado dois anos com minha esposa vai ter de pagar. Eu deveria ter estado com ela, com ou sem coma. Deveria ter estado a seu lado. Alguém me privou disso. Pelos céus, quais teriam sido as razões desse homem para ter mantido Annie lá em segredo? Quero ficar cara a cara com esse sujeito para que me diga. E, depois, quero vê-lo pagando pelo que fez.
Annie tornou a se comover, seus olhos se enchendo de lágrimas com a força das emoções que Alfonso ainda parecia nutrir por ela.
Também ansiava por aquelas mesmas respostas. E havia duas pessoas que talvez pudessem fornecê-las... Claudia e dr. Barlow.
Apenas de uma podia se aproximar. Claudia. Talvez fosse uma inimiga, mas poderia lidar com ela. A outra pessoa devia ser evitada a todo custo.
Ou temia acabar como Michele Kudrow.



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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:51

    AAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* QUe final mais perfeito *-* Tudo certo no final *-*

  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:50

    AAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* QUe final mais perfeito *-* Tudo certo no final *-*

  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:49

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:47

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:46

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:44

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