Fanfics Brasil - CAPÍTULO 12 DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: CAPÍTULO 12

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CAPÍTULO 12

Annie abriu os olhos devagar. E por um breve segundo, sua mente pregou-lhe uma peça das mais estranhas, dando-lhe a impressão de que apenas agora estava despertando de seu coma, de que tudo o que acontecera fora um sonho.
Mas, se tivesse sido o caso, ela não saberia que estivera num coma, certo?
Seus pensamentos estavam confusos, assim como sua visão. Sentia-se entorpecida, a cabeça girando. De repente, pensou em Alfonso e as lágrimas afloraram em seus olhos. Deixou-as fluir livremente. Ele não a amava. Não saíra atrás dela, não fora procurá-la. Desejara que o fizesse, mas aquilo não acontecera.
Não. Não podia acreditar. Talvez não tivesse ido procurá-la porque não pudera. Oh, e se Barlow o tivesse ferido?
- Vamos, não é assim tão ruim - disse o médico de algum ponto daquele... quarto. Pela primeira vez, Annie perguntou-se onde estava. Olhou ao redor do quarto estranho e suas lágrimas cessaram abruptamente ao som daquela voz.
O homem de seus pesadelos estava sentado numa cadeira do lado oposto da cama, apenas observando-a sob a luz acesa.
- Está se lembrando do que houve, não é?
- Você me... drogou e me... sequestrou.
- Medidas desagradáveis, mas necessárias, eu lhe asseguro. Porém, não precisa se preocupar. O trauma disto tudo logo será uma coisa do passado, Anahí. Em breve, não vai se lembrar de mais nada do que houve.
Ela sentou-se na cama, lutando contra o torpor em sua mente.
- Deixe-me ir, dr. Barlow. Por favor, tem que me libertar.
- O que conseguiu contar a eles? - Ele se levantou e aproximou-se da cama. - Não que importe realmente. Você está em meu poder outra vez. E mesmo que os Rodriguez saibam exatamente quem levou você e por quê, não conseguirão encontrá-la. Além do mais, assim que o Senitrato chegar, vou injetá-lo em você e passará a cooperar. Tive que mandá-lo vir de Londres. Mas deverá chegar aqui no começo da tarde e, então, poderemos nos pôr a caminho.
Annie engoliu em seco, alarmada.
- O q-que é esse... Senitrato? Por que quer dá-lo a mim?
Dr. Barlow franziu o cenho.
- Você não respondeu minha pergunta, e é imperativo que o faça; Logo não se lembrará do que contou aos Rodriguez. Então, é melhor me dizer agora. O que sabem?
- Nada! Eles tem tentado descobrir onde eu estava e por quê, mas... eu não pude me lembrar e...
- Está mentindo.
- Não. É a verdade! Por que não pode me deixar ir? Jamais contarei nada a ninguém sobre você ou o que está fazendo. Eu juro...
- Parece que seu tranqüilizante está perdendo o efeito, não é? Bem, vamos dar um jeito nisso agora mesmo. - Barlow tirou uma seringa preparada do fundo do bolso.
- Não! - Annie tentou se esquivar, mas ele segurou-lhe o braço e aplicou-lhe a injeção abruptamente. Ela gritou de dor, mas logo um novo torpor começou a tomar seu corpo e sua consciência.
- Não é tão eficaz quanto o Senitrato - ouviu-o resmungando. - Mas resolve.



A chuva começou logo depois das quatro da madrugada. Torrencial, combinava perfeitamente com o turbilhão que Alfonso sentia dentro de si. Ele perdera Annie. Mais uma vez.
Pior, deixara-a sair da academia na noite anterior sem lhe dizer quanto a amava. Mas tornaria a encontrá-la.
Seu cavalo estava tão molhado quanto ele, mas seguia obediente, enquanto cavalgava entre Kuno e Dulce até um matagal próximo à estrada principal.
- Parece que foi por aqui - disse, elevando a voz por causa do vento. - Um dos residentes contou a Christian que havia um carro parado aqui por alguns minutos ontem à noite. Talvez tivesse sido Barlow com Annie.
- Isso é tudo o que temos? - perguntou Kuno, ajeitando melhor o capuz da capa de chuva. - Poderia ter sido qualquer um. Não consigo acreditar que ninguém viu algo mais concreto!
- Christian colocou vários policiais pela cidade fazendo perguntas - disse Poncho, num tom frustrado que espelhava o do irmão. - Sei que está fazendo o melhor que pode.
Dulce desceu primeiro do cavalo e começou a examinar o mato molhado com uma das potentes lanternas que haviam levado. Alfonso achou improvável que encontrassem alguma coisa. A chuva encharcando o solo e as rajadas de vento soprando no capim teriam apagado qualquer possível pegada ou rastro. Mas ele e Kuno seguiram o exemplo da irmã, verificando o terreno com suas lanternas, à procura de qualquer coisa incomum.
- Aqui! - gritou Dulce, enfim.
Poncho sentiu um súbito nó obstruindo-lhe a garganta Teve certeza de que depararia com o corpo sem vida da esposa quando correu para o trecho de capim alto onde a irmã estava ajoelhada. Soltou um suspiro de alívio quando viu que ela apenas encontrara um relógio de pulso dourado.
- Não é de Annie.
- É claro que é! Maite o deu de presente a ela na festa. Eu sei porque a ajudei a escolher. - Dulce indicou-lhe o trecho onde o encontrara, iluminando-o com a lanterna. - Estão vendo estas marcas aqui? Apesar da chuva, dá para ver que o capim está bastante amassado, num trecho alongado, como se uma pessoa tivesse se deitado aqui, ou algo assim.
Adam examinou o lugar, assentindo.
- Pode ser que ele a tenha deixado aqui para ir devolver o carro e, depois, voltado para buscá-la, levando-a a algum outro lugar. Devia estar drogada, considerando aquela seringa que encontramos.
Poncho passou a mão pelos cabelos num gesto de desespero. Não queria pensar em Annie, indefesa, nas mãos de um maníaco.
- De qualquer forma, esse relógio é um bom sinal - acrescentou Kuno depressa. - Isso é típico de Annie. Está nos deixando pistas, percebe? Devia estar bem se anda pôde pensar em tirar o relógio.
- Eu não deveria tê-la deixado sair da academia sozinha. Devia tê-la impedido. Droga, não seio que eu estava fazendo, mergulhando tanto na minha dor que a coloquei em risco. E, depois, aquele pneu furado...


- Sabemos que não foi ao acaso - declarou Kuno. - Ele devia estar à espreita e planejou isto. Tudo indica que a deixou aqui e, depois, levou o carro de Maite de volta à fazenda, na certa esperando que não déssemos conta do sumiço de Anahí até de manhã. Então, voltou aqui.
- Deve ter havido outro carro - supôs Dulce. - Ele deve ter deixado algum num ponto qualquer entre este lugar e a fazenda.
Os três, enfim, voltaram à estrada e, nesse instante, viram a caminhonete de Christian acabando de parar, os faróis cortando a chuva.
- Encontraram algo?
- O relógio dela - respondeu Dulce, erguendo-o.
Ele se virou para o velho médico no banco de passageiro.
- Doc quis vir falar com Alfonso com urgência. Por que você e Kuno não me mostram onde encontraram isto, enquanto eles conversam? - sugeriu à irmã.
Enquanto os três entravam no grande terreno, Alfonso retirou a capa de chuva depressa, sentando-se ao lado do médico na cabine.
- Eu já tenho os resultados dos exames de sangue de Annie.
Poncho respirou fundo, preparando-se para o que tivesse de ouvir e sustentou o olhar de Doc.
- E então?
- Não há mesmo nenhum sinal da Síndrome de Hillman-Waite.Ela está curada, meu rapaz, mais saudável do que nunca. Eu diria que é um milagre. Esse tal dr. Barlow é um... gênio.
- É também um criminoso.
- Eu sei. E desconfiei que fosse antes mesmo de Christian ter me contado sobre o desaparecimento de Annie. Algo mais ficou evidente através dos exames de sangue. Pensei que poderia ser isso quando ela me falou sobre aquelas dores de cabeça, mas eu precisava ter certeza...
- Certeza do quê? - A fisionomia de Alfonso tornou a mostrar ansiedade, temor por mais más notícias.
- Havia vestígios de uma droga chamada Senitrato no sangue dela. É uma droga que foi banida da maioria dos países. Houve artigos a esse respeito em todas as publicações médicas não muito tempo atrás. Trata-se de uma substância que certos cientistas e pesquisadores do governo desenvolveram para uso militar.
Poncho franziu o cenho, enquanto digeria o novo dado.
- E o que faz? Cura a síndrome?
- Não. Ainda não sabemos como Barlow conseguiu encontrar a cura. - Respirando fundo, Doc prosseguiu: - O Senitrato causa amnésia. Se dado em doses altas o bastante, o efeito pode ser permanente.
Poncho ficou lívido.
- Está querendo dizer que aquele maníaco tirou a memória de minha esposa propositadamente?
- Sim. Não há dúvida de que ele deve ter começado a administrar-lhe o Senitrato tão logo Anahí entrou em coma. Se ela tivesse se lembrado de você, jamais teria ficado naquela clínica. E se for uma das poucas pessoas... talvez até a única... que Barlow já curou com êxito, é provável que irá querer mantê-la em seu poder. Talvez até estudá-la também...
- Estudá-la? Pelos céus, ela é minha esposa, não uma cobaia de laboratório!
Doc assentiu, dando-lhe um tapinha gentil no ombro.
- Eu sei, meu rapaz. Só estou lhe contando o que pude descobrir. E, ouça, se Barlow a tiver em seu poder agora e conseguir ter acesso a mais Senitrato...
Poncho lançou um olhar desesperado ao médico.
- Ele poderia apagar-lhe a memória outra vez?
- Receio que sim...
- Não! - Poncho bateu o punho cerrado no volante. - Não, droga! - Escancarando a porta da caminhonete desceu e correu pela estrada lamacenta sob a chuva forte, até que o fôlego quase lhe faltasse e o coração disparasse em seu peito. Parando, ofegante, jogou a cabeça para trás e gritou o nome dela na direção do céu escuro e tempestuoso, como num apelo desesperado. E quando o som de sua agonia foi tragado pelo temporal, caiu de joelhos na lama, a cabeça baixa, um sussurro torturado escapando-lhe dos lábios:
- Oh, Annie, onde está você?
Uma mão forte pousou em seu ombro.
- Antes de virmos procurar você, Doc me contou a respeito da droga - disse-lhe Christian , ajudando-o a se levantar.
- Eu não posso perdê-la outra vez. Não posso!
- E não vai. Esse tal dr. Barlow não iria se arriscar, acha? Chamaria demais a atenção. Sem mencionar embarcá-la num avião rumo a Europa. Depois que Doc me contou sobre o tal Senitrato, ocorreu-me que ele deve tê-la escondido em algum lugar por perto. É provável que tente mantê-la sedada até poder dar-lhe a tal droga para apagar-lhe a memória outra vez. Depois disso, poderia lhe contar uma história qualquer e ela acabaria acreditando, concordando em acompanhá-lo até onde lhe dissesse sem lutar ou ter que ser sedada. E acho que há um jeito de o apanharmos. Barlow deve ter um fornecedor em algum lugar fora do país para esse Senitrato de que Doc esteve falando.
Poncho ouvia atentamente, mas sabia que Christian estava apenas tentando lhe dar algum tipo de esperança em que se agarrar, embora tênue.
- Admito que essa sua teoria faz sentido. Mas eu poderia criar uma dezena de outras perfeitamente possíveis, com base nos poucos dados que temos.
- Tenho uma forte intuição quanto a isto, no entanto.
- Mas como acha que poderíamos apanhá-lo? Ainda pode ser que até tenha essa droga em mãos e que já a tenha administrado nela.
- Talvez. Mas se não a tiver em seu poder, terá que consegui-la de algum jeito. E, francamente, eu não acredito que Barlow teria se arriscado a entrar no país portando uma droga ilegal. Por que o faria? Nem sequer sabia se encontraria Anahí ou não.
Um tênue brilho de esperança passou, enfim, pelo olhar de Alfonso.
- E se não trouxe a droga consigo, terá que pedir que alguém a envie.
- Exatamente, e não se arriscará a solicitar que e enviem para o lugar onde está escondido, caso a droga seja descoberta. Agentes federais cercariam todo o esconderijo se isso acontecesse.
- Então, receberia a remessa de que maneira... através de uma caixa postal?
- Provavelmente, sob nome falso. Já fiz vários contatos e terei policiais investigando em todas as agências de correios da região. Quaisquer pacotes suspeitos remetidos do exterior e endereçados a usuários novos de caixa postal serão verificados.
- E se o Senitrato for encontrado?
- Será colocado na caixa postal e nós ficaremos de tocaia. Quando ele for apanhar o pacote, vamos segui-lo até onde estiver mantendo Annie.
Poncho soltou um longo suspiro.
- É um tiro no escuro.
- Mas não é a única linha de ação. Consegui vários reforços e toda a ajuda que pude reunir através dos meus contatos. Policiais estarão indo a hotéis e hospedarias, mostrando cópias das fotos de Barlow e de Annie aos recepcionistas, além de barreiras de estrada e vigilância nos aeroportos mais próximos. Mas acho que o Senitrato é a nossa melhor chance.
- Espero que sim. Temos que encontrá-la. Ele não pode lhe dar mais desse veneno. Não posso perdê-la outra vez.
- Eu sei, Poncho. Eu sei.






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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 373



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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:51

    AAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* QUe final mais perfeito *-* Tudo certo no final *-*

  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:50

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:49

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:47

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:46

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:44

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