Fanfics Brasil - 76 DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: DE VOLTA AO AMOR - AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 76

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Tomando o cuidado de não fazer o menor ruído, estendeu com dificuldade o braço até a mesinha-de-cabeceira. Se fosse mesmo um hotel, haveria um bloco de papel e caneta ali. Sim, avistou-os. Puxou-os em silêncio na sua direção.
Dr. Barlow insistia em lhe dizer que se esqueceria de tudo muito em breve. Se fosse verdade... havia algumas coisa que precisava anotar... coisas que queria se lembrar. Assim, escreveu, no escuro do quarto, com uma mão trêmula e fraca. Escreveu sobre as coisas que lhe importavam mais e rezou para poder ver essas anotações outra vez caso sua memória fosse apagada e suas lembranças mais recentes também sumissem.
Estivera escrevendo por cerca de uma hora quando viu Barlow se mexendo e teve que agir depressa. Escondeu o bloco de papel debaixo do colchão e manteve-se imóvel na cama.
Mas não importou. Despertando, ele verificou o relógio de pulso e tornou a injetar-lhe mais tranqüilizantes. De qualquer modo, fizera-o pensar que ainda estava adormecida. E se estivesse seguindo o relógio e sedando-a a intervalos regulares, significava que estaria acordada outra vez antes da injeção seguinte.
E talvez, então, surgisse alguma oportunidade de escapar.
Muitas horas depois, presumiu ela, acordou novamente. Continuava chovendo lá fora, mas a claridade cinzenta do dia filtrava-se pelas janelas do quarto e banhava-lhe o rosto. Entreabriu os olhos e tentou espiar ao redor sem mexer muito a cabeça. Viu-o movendo-se pelo quarto, bebendo algo de um copo e deixando-o de lado.
Tornou a fechar os olhos ao perceber que ele se aproximaria.
- Como vai minha paciente hoje? - Pegando-lhe o braço, tomou-lhe o pulso e, quando o soltou, ela deixou-o cair na cama, inerte. - Ótimo. Bem, logo seu Senitrato estará aqui. Remessa expressa e garantia de chegada por volta do meio-dia. - Barlow deu-lhe tapinhas no rosto, sem dúvida querendo se certificar de que estava realmente inconsciente.
- Não vou demorar. E já que parece tão devotada a um marido de quem nem sequer se recorda, fiquei pensando e tomei uma decisão. Depois que tiver apagado a sua memória desta vez, direi a você que é minha esposa. Ficará comigo, então, não é, Anahí? - Barlow riu, enquanto se adiantava até a porta. - Imagine. Posso criar uma vida inteira para você, e acreditará em cada palavra. Oh, por que não pensei nisso antes?
A porta se abriu e foi fechada outra vez. Anahí permaneceu imóvel, atenta. Ainda podia ouvir a respiração dele ali dentro. Ora, se aquele não era o truque mais velho do mundo... Manteve os olhos fechados e continuou fingindo que dormia. Da segunda vez que a porta se fechou, ele realmente saiu.
Annie ainda aguardou um pouco antes de abrir os olhos para ter certeza. Então, sentou-se na cama, zonza e fraca, mas determinada. Seu coração disparou ao pensar em Alfonso e em quanto sentia sua falta, mesmo que as coisas ainda precisassem se resolver entre ambos.
Para tanto, porém, tinha que sair dali primeiro e não desistiria sem lutar. Olhando em torno do quarto, tudo pareceu sair de foco, a tontura se acentuando. Onde estava o telefone? Tinha que haver um aparelho em algum lugar, não era?
Acabou avistando-o na mesinha-de-cabeceira da outra cama. Foi-lhe necessário um tremendo esforço para se levantar, mas logo acabou caindo de joelhos. Bem, se não podia caminhar, iria se arranjar como pudesse.
Lentamente, foi engatinhando pelo quarto até chegar ao telefone. Agarrando-se à outra cama, conseguiu sentar-se e teve que esperar um momento antes que tudo parasse de girar ao redor. Ansiosa, então, tirou o fone do gancho e discou o número da polícia. Mas nada aconteceu. Tentou outra vez. O telefone estava mudo. Puxou, então, o fio que desaparecia atrás da mesinha-de-cabeceira e entendeu o motivo. Estava cortado pelo meio.
- Não! - sussurrou, desesperada.
Não havia escolha agora. Tinha que sair dali.
Mas, primeiro, precisava tomar precauções. Dar a Alfonso algum meio de encontrá-la, caso não conseguisse fugir. Lutando como estava para se manter acordada, tinha quase certeza de que acabaria desfalecendo antes de ter conseguido chegar ao saguão, e não era difícil prever que dr. Barlow a encontraria. Com certeza, não iria deixá-la sozinha por muito tempo.
Aflita, olhou em torno do quarto. Primeiro, os papéis, pensou. Engatinhando de volta à sua cama, tirou o bloco debaixo do colchão, destacou as primeiras folhas que preenchera com seus pensamentos e tornou a escondê-las ali por segurança.Com a mão trêmula, então escreveu uma mensagem rápida no bloco, com seu nome e o endereço da fazenda, destacou-lhe a folha e meteu-a no bolso do jeans. Em seguida, escreveu duas mensagens idênticas que diziam: “Chamem a polícia. Fui Raptada. Anahí Rodriguez”. Destacando a primeira folha, jogou-a debaixo da cama. Se não conseguisse escapar do hotel, talvez alguém visse a mensagem antes que Barlow voltasse ao quarto. Uma arrumadeira, que talvez chamasse a polícia. Arrastou-se, em seguida, até a janela. Foi custoso abrir o vidro, mas conseguiu. Atirou o bloco com o timbre do Holiday Inn para fora. Com a segunda mensagem idêntica na frente, rezando para que alguém o achasse e visse seu pedido de socorro.
De repente, teve a idéia de pegar o cobertor da cama e jogou-o para fora também, segurando-o pelas pontas. Com esforço, baixou o vidro da janela para prendê-las, de modo que o cobertor ficasse esvoaçando ao vento como uma bandeira. Mas aquilo foi só até que ficasse pesado demais com a chuva e pendesse junto ao canto do prédio. Era provável que ficasse quase invisível para quem olhasse da rua, mas deixou-o ali assim mesmo. Fechou as cortinas para que Barlow não o visse de imediato.
Seu corpo tremia com todo o esforço que lhe fora necessário, mas continuou travando aquela batalha consigo mesma, precisando quase se arrastar agora. Achara que ficaria um pouco mais forte, mas não conseguira. Na verdade, a sensação de vertigem se acentuava.
Malditos tranqüilizantes...
De repente, algo lhe ocorreu. Os tranqüilizantes. Devia se livrar deles, caso não conseguisse escapar.
Vasculhando a mente entorpecida, lembrou-se de dr. Barlow agachando-se... junto à parede, do outro lado da cama daquela em ela estivera. Um gabinete. Via-o agora do meio do quarto e engatinhou até lá, abrindo as portas.
Deparou com uma caixa contendo uma porção de ampolas do tranqüilizante que ele estivera lhe administrando. Foi tomada pela raiva. Como aquele covarde se atrevia a fazer aquilo? Apanhando a única caixa, virou-a, derramando as ampolas no chão. Estendeu os braços até o alto do gabinete, precisando de ambas as mãos para pegar dali um pesado cinzeiro. Bateu com ele acima das ampolas como o máximo de força que pôde reunir, espatifando-as.
Engatinhou, então, até a porta, numa última tentativa desesperada. Conseguindo se erguer um pouco mais, girou a maçaneta. A porta não fora trancada e aquilo era mais um indício de que Barlow não demoraria a voltar. Ao abri-la, viu que dava para um corredor, onde várias outras portas com números se enfileiravam, todas fechadas. E havia um homem dobrando o corredor na extremidade oposta, aproximando-se. Outro hóspede... ajuda, enfim! Annie ergueu a mão e quis gritar para pedir-lhe ajuda, mas sua voz soou baixa, pastosa:
- Ajude-me. Por favor, ajude-me...
Ele ergueu a cabeça depressa. Avançou, então, pelo corredor, e a visão anuviada de Anahí clareou e pode ver-lhe o rosto.
- Não... - sussurrou, desesperada, enquanto Barlow a agarrava pelos braços. - Não!
Sem a menor gentileza, ele empurrou-a de volta na direção da porta. Annie conseguiu arrancar a aliança de seu dedo, enquanto tentava se debater contra o médico. Largou-a no corredor acarpetado antes que Barlow a arrastasse de volta ao quarto. Seu cativeiro... E pôde apenas rezar para que ele não tivesse levado o Senitrato consigo.






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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 373



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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:51

    AAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* QUe final mais perfeito *-* Tudo certo no final *-*

  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:50

    AAAAAAAAAAAAAAA que lindo *-* QUe final mais perfeito *-* Tudo certo no final *-*

  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:49

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:48

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:47

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:46

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:45

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  • jl Postado em 06/02/2012 - 14:01:44

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