Capitulo Um

NOVEMBRO DE 2.015

Eu: Não acredito que está indo embora.

Vinícius: Eu tenho que ir. Mas eu volto logo. Vai me esperar?

Eu: Sim. (Sorri.) Vai me ligar?

Vinícius: Sempre.

Eu: Olha lá hein se esquecer de mim te mato. (Ele riu.)

Vinícius: É só por um ano.

Eu: Muitas coisas podem acontecer em um ano.

Vinícius: O meu amor por você não vai mudar. (Me sentei e o olhei.)

Eu: Sério que me ama?

Vinícius: Sim.

Eu: Você? O maior galinha da face da terra?

Vinícius: Pra você ver. Fui me apaixonar pela baixinha mais linda que eu já vi. (Sorri.) Vai ao aeroporto comigo?

Eu: Não posso. Minha mãe chega amanhã.

Vinícius: Pior. Então deixa eu me despedir direito. (Me jogou na cama e me encheu de beijos.) Te amo.

Eu: Eu te amo. (Sussurrei.)

Um Mês Depois

Júlia: Você nunca tem tempo e agora do nada resolve viajar. E o seu trabalho?

Laura: Consegui uns dias de folga. Só isso.

Eu: Há. (Foram às únicas palavras que trocamos a viajem inteira até a casa da minha tia. Tá na cara que eu e minha mãe não nos damos bem, nem sei como ela lembra ainda de me chamar de filha, pois somos completas estranhas, nunca tive uma figura materna pra me dar conselhos, ajudar sei lá o que as mães fazem. As únicas que sempre estão do meu lado são minha tia e minha babá Joana, pois meus pais só me colocaram no mundo e acham que fizeram demais. Mas mesmo assim eu sou ``feliz``.)

Claudia: Está linda querida, você mudou tanto (Sorri).

Eu: Tia não faz nem seis meses que me viu não deu nem tempo pra que mudasse.

Claudia: Mas pra mim parece um século. E além ta ruiva. Ficou linda meu amor. (Nós rimos) venham, o almoço está pronto. (Indo até a sala de jantar onde estava à empregada terminando de por a mesa.)

Eu: Tia meus priminhos estão lindos. (Dei um beijo neles.)

Claudia: Eu sei, não estou querendo me gabar, mas eles são as crianças mais lindas que já vi, depois de você, eu e seu tio trabalhamos muito pra eles saírem assim (Disse em um tom de malícia, nós duas rimos e, minha mãe continuava séria.). Rir às vezes não faz mal Laura.

Laura: Há gracinha. (Há mais um fato, minha mãe e minha tia não se dão muito bem não sei por quê? Talvez minha mãe seja amargurada demais.)

Claudia: Você é muito amargurada mesmo. ( Eh,vai dar briga)

Eu: Cadê meu tio Fábio? Ele vai demora pra chegar tia? (Tentei descontrair o ambiente, mas minha mãe quando entra em uma briga não sai tão cedo coisa de advogada. Sabe como é né?)

Claudia: Não querida, logo, logo ele chega.

Laura: Por que você não cuida da sua vidinha?

Claudia: Não tenho culpa se seu marido não se importa com você minha querida. (Eh bem no ponto fraco)

Laura: Do que você esta falando? Claro que ele se importa comigo. Você esta ficando louca?

Claudia: Ele quase nunca esta em casa. Quer que eu dê mais exemplos? Julia tampa os ouvidos.

Eu: Há, não. Vocês não vão ficar brigando né? Se for assim eu vou embora e deixo vocês duas se matarem. Que saco toda vez é a mesma coisa. Vocês não podem se ver. Que inferno. Quando meu tio chegar me chamem, por favor. (Sai e pude ouvir do corredor)

Laura: Tá vendo, culpa sua.

Claudia: Culpa minha? Você põe a filha no mundo depois não lembra nem que ela existe e ainda a culpa é minha? Se enxerga né Laura.

Laura: Do que você esta falando?

Claudia: Como do que Laura?Você e o Pablo não estão nem ai pra ela. (Bom não escutei mais nada, pois fui para o meu quarto e me tranquei lá. fiquei lendo até minha mãe bater na porta.)

Laura: Filha vem almoçar.

Eu: To indo.

Laura: Abre à porta a mamãe quer falar contigo. (Mamãe?)

Eu: Tá. (Abri a porta, ela entrou e se sentou na minha cama.) Pode falar.

Laura: Você está bem?

Eu: Tô. Por quê?

Laura: Eu e sua tia conversamos e bom...

Eu: Se entenderam né?

Laura: Bom sim, mas...

Eu: Ótimo. Olha mãe tenta não brigar com minha tia ta. Por favor, não quero estragar minhas férias por briguinhas bestas.

Laura: Tá, e sobre meu trabalho...

Eu: O que tem ele?

Laura: Pedi demissão.

Eu: Por quê?

Laura:Bom o motivo só vou poder contar quando seu pai chegar.

Eu: E quando vai ser isso?

Laura: No fim das férias.

Eu: Típico de vocês só aparecerem quando eu estou muito ocupada.

Laura: Filha olha não é assim.

Eu: É como então?

Laura: Bom...

Claudia: Gente vem comer.

Eu: Vamos, eu estou com fome. (Levantei e fui para a sala de jantar. Dei um beijo no meu tio e me sentei á mesa. Até que no almoço correu tudo bem minha tia e minha mãe conversando civilizadamente, meu tio com palhaçadas como sempre. Adoro ele é como um pai pra mim. E assim foram minhas férias minha mãe e eu estávamos nos dando bem, até me diverti pra caramba com ela. Voltei com meu guarda roupas renovado pois minha mãe me dava presentes minha tia me dava presentes e meu tio pra não ficar em desvantagens nos levava pra sair. Só foi um porre na despedida pois minha mãe e minha tia tinham ficado mais próximas nesse mês, e pra ir embora foi aquela choradeira dos infernos, digno de novela mexicana.